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Quem ouvisse alguém dizer que gosta de cristal, há alguns anos, bem que poderia imaginar um ser requintado, falando de taças finas e frágeis. Hoje, o ‘cristal’ mais famoso vem se tornando o terror da sociedade mundial. Itabuna não está de fora. Trata-se de uma droga muito mais poderosa e devastadora que o crack, que não apenas vicia mais rapidamente, mas que também destrói a pessoa tanto fisicamente – há relatos até de queda de toda a dentição do usuário – quanto psicologicamente.

É uma pedra cristalina, aparentemente inofensiva. É conhecida também como ice (gelo, em inglês). O nome técnico é metanfetamina, e seus efeitos são uma sensação de euforia e o aumento do desejo sexual, produzidos pelas altas doses de dopamina liberadas no cérebro. Só que logo essa sensação dá lugar ao pânico, alucinações, agressividade, convulsões, falta de apetite, risco de derrame, colapso cardiovascular, corrosão de dentes e gengivas entre outros males.

No final da década de 1990 foi considerada uma epidemia sem precedentes nos Estados Unidos. Em Itabuna, há informações de que a droga já circula em grandes quantidades, principalmente nas periferias. O bairro São Pedro – ele não sai do noticiário – estaria ‘empesteado’, segundo um voluntário que cuida de dependentes químicos em recuperação em um centro evangélico em Itabuna.

Enquanto tenta livrar os viciados em crack das amarras da dependência, o voluntário já prevê um aumento de dependentes do cristal nos próximos meses. “É uma droga muito mais devastadora que o crack. E olhe que este estava sendo tratado como a arma do diabo que chegou para destruir as famílias. O cristal é muitas vezes pior”, afirma o voluntário.

Sabendo dessa nova mercadoria em circulação nos bairros periféricos, não é de estranhar a guerra intensa entre os traficantes do Zizo e do São Pedro pelo controle dos pontos de tráfico nas duas vizinhas localidades. Como a Polícia não consegue brecar esse confronto, as pessoas de bem são obrigadas a se submeterem à extrema humilhação de se recolherem às casas em horário determinado pelo traficante que comanda o pedaço.

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