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Uma parceria entre o Instituto Fiocruz, a Faculdade Baiana de Medicina e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), está viabilizando uma pesquisa na região Sul da Bahia, para identificar o perfil regional do vírus HTLV. Várias regiões do estado estão reunindo dados para responder a essa questão, após a descoberta de que Salvador é o município com maior prevalência do vírus no Brasil. O vírus pode provocar doenças neurológicas, dermatites crônicas e até casos de desenvolvimento de leucemia.

A transmissão do HTLV é similar à do vírus HIV, causador da Aids (contato sexual e contaminação sanguínea), com o agravante da facilidade de transmissão materno-fetal, seja ainda na placenta, ou mesmo através da amamentação. O Brasil não possui um protocolo para realização obrigatória do exame que detecta o HTLV em gestantes durante o pré-natal.

A pesquisa vai fundamentar a argumentação para que o teste seja incluído no rol de exames financiados pelo SUS durante o pré-natal. A pesquisadora Sandra Rocha Gadelha diz que o interesse também é definir novos paradigmas médicos e do aleitamento materno “para se evitar que tantas crianças sejam contaminadas pelo HTLV”. O Hospital Manoel Novaes, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, vai coletar os dados das pacientes.

A pesquisa pretende investigar aproximadamente 2 mil mulheres, que fornecerão amostras de sangue para a realização do exame. Os testes serão realizados por um laboratório da própria Fiocruz, em Salvador. “Aquelas que tiverem o exame positivado serão acompanhadas pela Dires através do serviço de busca ativa, localização e controle, já que não existe vacina, tratamento, nem cura para o vírus”, destacou Sandra Gadelha.

Atualizado às 15h49

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