Tempo de leitura: < 1 minuto
Rodrigo Cardoso: questionamentos (Foto José Nazal).

Ainda não terminou a audiência pública que debate a ferrovia Oeste-Leste, em Ilhéus. De acordo com a organização, 824 pessoas participam do evento no centro de convenções Luís Eduardo Magalhães.

Dos presentes, 75 (isso mesmo!) se inscreveram para perguntas sobre o projeto que integra o Complexo Intermodal Porto Sul. A ferrovia integrará a região Centro-Oeste do Brasil ao Atlântico por Ilhéus, sul da Bahia, que ganhará um aeroporto privado.

Quem passa pela bateria de perguntas é a mesa: Célio Costa (Ibama), Josias Cardoso (Valec Engenharia) e Victor Belia (Oikos).

3 respostas

  1. Estive na noite de ontem no Centro de Convenções de Ilhéus, participando da audiência pública que discutiu a construção da Ferrovia Oeste Leste.

    Logo ao chegar, fiquei surpreso com o espaço escolhido para o evento: uma pequena sala nos fundos do auditório, cujo ar-condicionado não funcionava. Observei que o auditório estava sendo utilizado por outro evento. Por dedução, fui levado a imaginar que o evento que ocorria no auditório era mais importante do que a audiência pública em questão. Mas, que evento poderia ser tão mais importante para a cidade de Ilhéus e região do que a citada audiência pública?

    Mesmo entendendo a necessidade do desmembramento do processo de licenciamento dos diversos projetos em curso na nossa região – Gasene, Ferrovia, Complexo Porto Sul e Zona de Processamento de Exportação (ZPE) -, achei pouco ética e não transparente a tentativa de dissociá-los. Está muito clara a interdependência desses projetos. A magnitude desses projetos está exatamente nessa compreensão de que estarão operando de forma integrada e complementar.

    A “Máfia Verde” se fez presente por meio da manipulação de pessoas humildes – até crianças -, “uniformizadas” e de algumas de suas “lideranças” locais. Cometeram um equívoco paradoxal. Protocolaram um documento que, lido pela mesa, criticava dia e horário da audiência como fator de ausência dos moradores de Juerana e vizinhanças, áreas que seriam “afetadas” pelo Complexo Porto Sul. Que essas pessoas não puderam comparecer por conta da carência de transporte coletivo no horário de término da audiência. No entanto, verificou-se que as pessoas dessas comunidades estavam presentes. Que tipo de transporte utilizariam para o retorno? Se havia ônibus fretados, de onde veio o dinheiro? Que interesses movem as pessoas que fretaram esses ônibus?

    Enfim, o Complexo Intermodal Porto Sul, a Ferrovia Oeste-Leste, o GASENE, a ZPE, a duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna – e, quem sabe, até um Campus da UFBA -, compõem um conjunto de obras estruturantes que poderão melhorar sensivelmente a condição sócio-econômica de nossa região.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *