Para uns, o posto de vice não serve para coisa alguma, exceto aquelas substituições episódicas do titular do mandato. O vice é aquele costumeiramente esquecido e muitas vezes tripudiado, como acontece no esporte com os eternos vice-campeões, que são tão (ou mais) malhados quantos os “lanterninhas”.
Pois a Bahia (tinha que ser aqui), começa a por um fim na vida triste dos vices. A reação surge em Salvador, onde o vice-prefeito Edvaldo Brito inaugurou nesta terça-feira (04) a galeria de fotos de ex-vices. Estão lá as imagens daqueles que dividiram a chapa, mas não necessariamente o poder, com Antônio Imbassahy, Lídice da Mata, Mário Kertész, Fernando José, Manoel Castro e muitos outros. Gente de quem a maioria dos soteropolitanos nem se lembra mais.
Brito justifica a homenagem, destacando que a instituição do vice coincidiu com a redemocratização do país. O eminente tributarista e segundo de João Henrique declarou que “trazer essa galeria é para os que virão depois experimentarem a história da democracia na Bahia” e que “essa história não se resume às fotos, mas ao que eles fizeram mostrando o heroísmo baiano”.
E nesta galeria pode-se afirmar que foi revelado mais uma vez o insuperável pioneirismo baiano.