Do jeito que o rio se encontra, um caldo preto e mal cheiroso, ao invés de água limpa, inodora e transparente, o pescador vai cometer suicídio, matar a ele próprio, não à sua fome, …!!!
Pela fotografia , assim como pela internet, só dá para ser romântico porque ambos não proporcionam às pessoas sentirem “cheiros”, odores, …!!!
Uma excelente foto! Gostaria que publicasse em entrada principal do site e até mesmo em alguns dos nossos jornais regionas como Agora, Diário do Sul, Diário de Ilhéus e A Região a fotografia e os Haicais de Felicíssimo, Gustavo. Parabéns, Zeka, por esse maravilhoso trabalho. Sugiro como fotografia, a saída dos estudantes de Itabuna do último ponto(altura do Alto dos Canecos) para Uesc, logo cedo pela manhã. O desafio de pegar carona é o primeiro obstáculo do dia do estudante uesquiano.
Parabéns pelo excelente trabalho desenvolvido pelo Portal Pimenta na Muqueca. A região sul baiana agradece!
Meu Deus!
Humildemente clamo a tua misericórdia!
Vê, Senhor, o meu estado!
Sou uma longa serpente agonizante,
Afogada no esgoto que o homem produz mais e mais.
Nem sou mais um rio, mas um esgoto a céu aberto,
Porque o homem não sabe lidar com o próprio lixo.
Quando chove, sou o lixo líquido em movimento apressado;
Quando é seca, sou um amontoado de costelas
Imersas em salmoura podre!
Vigilante, a vegetação seca das margens faz o velório,
Segurando numerosas embalagens plásticas
Tal velas imundas a denunciarem a insensatez humana.
Sinto saudades, sim (…)
Das cantigas solenes das lavadeiras;
Dos poetas a me saudarem orgulhosos.
Hoje, até eles, os poetas, me abandonaram.
Ingazeiras e cajazeiras de minhas margens
foram derrubadas e as poucas árvores que plantaram,
assistem resignadas a minha agonia.
Eu te pergunto agora, Senhor!
Onde está o programa de recuperação do Rio Cachoeira?
Onde está a Agenda 21?
Eu suplico a esses senhores:
Venham logo! Estamos morrendo!
Eu e todos vocês!
Nem sou poeta, mas o fiz em uma longa noite de tristeza pelo desprezo das pessoas pelos bens essenciais da vida. Também se fala tanto em Meio ambiente e nada se faz pela Educação ambiental. Está nas bancas, uma revista com o título Água para comer, lembrando que nada se faz sem água, nada!
5 respostas
Do jeito que o rio se encontra, um caldo preto e mal cheiroso, ao invés de água limpa, inodora e transparente, o pescador vai cometer suicídio, matar a ele próprio, não à sua fome, …!!!
Pela fotografia , assim como pela internet, só dá para ser romântico porque ambos não proporcionam às pessoas sentirem “cheiros”, odores, …!!!
ECA, …!!!
Alguns haikais meus sobre o Cachoeira.
HAICAIS PARA O RIO CACHOEIRA
I
madruguei chorando –
silenciou-se o grande rio
ao me ver nascer.
IV
puro em sua nascente
desce o rio cortando o campo –
espalhando vida.
VI
vai feroz e louco
abrindo as portas do peito –
galopando a dor.
VII
não é o rio da aldeia
mas o rio de todos nós –
Cachoeira o seu nome.
VIII
eu sigo o seu curso
sem lume, sem remo ou âncora –
triste e indignado.
X
não morre de vez
porque é valente esse rio –
tinhoso e audaz.
XIII
repousa agora
pousado em sua fortuna –
com febre e com frio.
XIV
lá vai o Cachoeira
faminto pelo caminho –
descendo pro mar.
XV
se querem um rio
para chamá-lo de seu
que o venham salvar.
_______________________________________
Gustavo Felicíssimo, poeta e ensaísta
gostei da foto.
e o poema no comentário.
Uma excelente foto! Gostaria que publicasse em entrada principal do site e até mesmo em alguns dos nossos jornais regionas como Agora, Diário do Sul, Diário de Ilhéus e A Região a fotografia e os Haicais de Felicíssimo, Gustavo. Parabéns, Zeka, por esse maravilhoso trabalho. Sugiro como fotografia, a saída dos estudantes de Itabuna do último ponto(altura do Alto dos Canecos) para Uesc, logo cedo pela manhã. O desafio de pegar carona é o primeiro obstáculo do dia do estudante uesquiano.
Parabéns pelo excelente trabalho desenvolvido pelo Portal Pimenta na Muqueca. A região sul baiana agradece!
SÚPLICA DO RIO
Meu Deus!
Humildemente clamo a tua misericórdia!
Vê, Senhor, o meu estado!
Sou uma longa serpente agonizante,
Afogada no esgoto que o homem produz mais e mais.
Nem sou mais um rio, mas um esgoto a céu aberto,
Porque o homem não sabe lidar com o próprio lixo.
Quando chove, sou o lixo líquido em movimento apressado;
Quando é seca, sou um amontoado de costelas
Imersas em salmoura podre!
Vigilante, a vegetação seca das margens faz o velório,
Segurando numerosas embalagens plásticas
Tal velas imundas a denunciarem a insensatez humana.
Sinto saudades, sim (…)
Das cantigas solenes das lavadeiras;
Dos poetas a me saudarem orgulhosos.
Hoje, até eles, os poetas, me abandonaram.
Ingazeiras e cajazeiras de minhas margens
foram derrubadas e as poucas árvores que plantaram,
assistem resignadas a minha agonia.
Eu te pergunto agora, Senhor!
Onde está o programa de recuperação do Rio Cachoeira?
Onde está a Agenda 21?
Eu suplico a esses senhores:
Venham logo! Estamos morrendo!
Eu e todos vocês!
Nem sou poeta, mas o fiz em uma longa noite de tristeza pelo desprezo das pessoas pelos bens essenciais da vida. Também se fala tanto em Meio ambiente e nada se faz pela Educação ambiental. Está nas bancas, uma revista com o título Água para comer, lembrando que nada se faz sem água, nada!