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Walmir Rosário | ciadanoticia@ciadanoticia.com.br
Os marqueteiros iniciaram a campanha eleitoral gratuita no rádio na Bahia de forma muito tímida e pouco criativa. Exceção à regra foi o Partido dos Trabalhadores (PT), que se apoderou da campanha publicitária do Governo do Estado e colocou no ar pessoas falando das obras realizadas pelo governo Wagner.
Fora disso, nada digno de registro, a não ser a fórmula utilizada nesta campanha, que obedece a de Lula na forma e conteúdo. Se acerta na forma, demonstrando obras, peca no conteúdo, despolitizando a campanha política, o que era alvo de constantes críticas pelos petistas sobre as campanhas do PFL, PSDB, dentre outros da “panelinha”.
A “panelinha”, aliás, mudou de lado e a carapuça está cabendo perfeitamente no PT. Um exemplo gritante pode ser ouvido quanto ao apelo feito para eleger “o time de Lula”, no caso “os deputados federais que vão aprovar todos os projetos do governo Dilma”.
Uma lástima para quem estava acostumado a um conceito bem mais politizado sobre as atividades e os deveres dos deputados federais. Agora, deixam a postura de representantes do povo para se tornarem os famosos “lagartixas”, como eram pejorativamente chamados os governistas de antes.
A repentina mudança de postura do PT macula políticos brilhantes do próprio partido, a exemplo do candidato ao Senado Federal, Walter Pinheiro, criticado por analisar o conteúdo de projeto antes de votá-lo e não “comer o prato-feito” a ele apresentado. Duvido que ele concorde com essa mudança conceitual.
O mesmo poderemos dizer de Josias Gomes, deputado atuante e que honrou seu mandato “brigando” pelas causas da região cacaueira. Agora, Josias está em campanha utilizando argumentos outros que condizem com o mister do deputado federal, legítimo representante do povo.
E tem mais. Na base aliada poderemos citar tantos outros deputados que não coadunam com esse tipo de opinião equivocada. Domingos Leonelli, um deles, aos 65 anos apresenta uma folha corrida digna de inveja. Um ficha limpa, apesar de todos os cargos que já ocupou em sua vida política.
Seria de bom grado perguntar aos marqueteiros da campanha baiana do PT se eles conhecem bem as atividades inerentes aos deputados, aos senadores e quem eles representam no Congresso Nacional.
Melhor seria, ainda, perguntar a esses senhores se eles conhecem a estrutura do Congresso Nacional. Enquanto o Senado representa as Unidades da Federação (os Estados), a Câmara representa o povo, a população brasileira. Por isso a proporção de deputados é definida a partir do número de habitantes de cada Estado e no Senado são três por unidade da federação.
Outra peculiaridade determinante na diferença entre as duas casas é a própria estrutura física de seus prédios. A Câmara dos Deputados tem a copa voltada para cima, aberta ao que vem de fora, por representar a população, ter um contato maior com o povo. Já o Senado tem a copa virada para baixo, uma vez que é um representante mais fechado apenas às Unidades da Federação.
Simples, basta apenas aplicá-la aos casos concretos.
Walmir Rosário é advogado, jornalista e editor do site Cia da Notícia.

7 respostas

  1. Quanto ao PT e os petistas, os objetivos continuam os mesmos. Afastar de vez o perigo da volta do neoliberalismo conservador no Brasil.
    O restante é pura bobagem!
    PAPA TANGO

  2. Acachacinha do beco do fuxico não é mais a mesma.
    O amigo Walmir Rosario ainda tá vendo PFL e não DEM.
    É melhor diminuir o consumo…se não o volta DEM volta a ser PDS.rsrsrs.

  3. Zelão diz: – Deus e o Diabo na Terra Brazilles
    Com medo de ofender a Lula, as oposições estão imobilizadas. Enquanto isso o PT deita e rola à sombra do prestígio do presidente.
    Igenuamente as oposições pelo país afora, acabam coroborando com o discurso do PT de que: – “Nunca nesse país…” Como se não tivesse existido mazelas, que se tornaram fatores impeditivos para que o Brasil alcançasse os mesmos níveis de desenvolvimento vivido pelos demais paises do bloco dos paises em desenvolvimento (BRID), que se elencadas a nível dos governos estaduais do PT, refleteriam a dubiedade dos governos petistas entre o discurso e a realidade administrativa.
    O próprio José Serra, optou na sua campanha à presidência da república, pela fantasiosa equiparação da sua biografia administrativa, em comparação com a da candidata Dilma Rousseff – como se Dilma, políticamente existisse, fora da sombra generosa de Lula e da máquina do governo.
    Ao invés de traduzirem para o povo, em linguagem clara (utilixando até o “lulês”), preferem adotar a linguagem “tecnisista” dos acadêmicos empolados. Mostrem ao povo, que o “diabo não é tão feio quanto dizem, e que Deus é único e não nomeou o presidente Lula, como seu sucessor.”

  4. Gosto da frase “curral”!
    Itabuna, se der ousadia, os radialistas, jornalistas… fazem o que querem! Vocês sabem disso! Pelo menos esses cabras têm que comerem calasos! Respeite, pelo menos, a Lei Eleitoral!
    Não querem cair em cana, né!?

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