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Essa opção estratégica mudou a presença do Estado na economia. Fez com que o bolo crescesse mais porque está sendo repartido com os que mais precisam.

Robinson Almeida
Ao programa em curso no Brasil de ampliação dos direitos sociais, inclusão de milhões de brasileiros no mercado de consumo, consolidação das instituições da sociedade civil e elevação da participação popular nas decisões públicas, tem se chamado comumente no PT e em setores da esquerda de Revolução Democrática. Aqui na Bahia, a experiência do primeiro mandato do governador Jaques Wagner remete também a um acerto da mesma estratégia política e de modelo programático.
A Revolução Democrática na Bahia se afirmou pela inversão das prioridades, num estado marcado por profundas desigualdades sociais, entre as maiores da nação. Desenvolvimento, inclusão e democracia passaram a ser um todo, inseparável, partes de um mesmo projeto. A novidade, com os governos Lula e Wagner, é que agora incluir é desenvolver. Essa opção estratégica mudou a presença do Estado na economia. Fez com que o bolo crescesse mais porque está sendo repartido com os que mais precisam.
Uma análise das carências de água e saneamento, moradia, saúde e alfabetização, revela o quadro de injustiça social acumulado há décadas. É por isso, que as principais ações do governo focaram os pobres, que necessitam mais do Estado presente em suas vidas.
A Bahia se tornou referência em programas sociais, como o Água para Todos, Todos Pela Alfabetização (TOPA), Casa da Gente e na ampliação da saúde pública. Ao tempo que combateu a exclusão, o governo enfrentou os gargalos do desenvolvimento. Na infraestrutura, a restauração das estradas, as conquistas da Via Expressa, Ferrovia Oeste-Leste, Porto Sul e obras para a Copa 2014. Mais energia com o Gasene.
Nesse primeiro mandato, o PIB baiano cresceu acima da média nacional, alcançando a chinesa taxa de 10% no primeiro semestre de 2010. Foram batidos todos os recordes na geração de empregos. Em menos de quatro anos, mais postos de trabalho com carteira assinada gerados que a soma dos 12 anos anteriores. Não se pode deixar de creditar parcelas desse sucesso a estratégia da Revolução Democrática. É comum em toda a Bahia, inclusive em segmentos empresariais, a constatação da mudança do ambiente político e de negócios. Mais livres, as forças econômicas e sociais produziram mais em nosso estado.
A liberdade também chegou aos entes institucionais e federativos. O governador, ao firmar uma relação de autonomia e independência com os demais poderes, restabeleceu de fato a república na Bahia. Da mesma forma, pois fim à perseguição estatal aos adversários políticos, promovendo uma relação republicana com partidos e agentes públicos. A sociedade foi convocada a participação no governo. A elaboração das políticas públicas foi realizada por milhares de mãos mobilizadas para a cidadania.
Começou com a peça maior do planejamento de governo, o Plano Plurianual, feito de forma participativa em todos os Territórios de Identidade. Conferências setoriais em todas as áreas. Os movimentos sociais reconhecidos. Os empresariais tratados com profissionalismo. Os servidores públicos trocaram o protocolo sem resposta pela mesa de negociação. Negros, mulheres e jovens valorizados institucionalmente. Religiões respeitadas. Desobstruídos os canais da interlocução entre governo e sociedade, respira-se mais democracia na Bahia!
Nas eleições de outubro, uma vitória maiúscula. Praticamente dois em cada três eleitores votaram na chapa Wagner-Otto, a eleição da ampla maioria parlamentar, dos dois Senadores e da presidente Dilma. Está consolidada a transição e demarcado o novo período histórico na Bahia. A esperança de 2006 se renovou para o futuro. A governança sai amadurecida com a aprovação do programa da Revolução Democrática e pela consagração da liderança de tipo novo, democrática e eficiente, do governador Wagner.
Do próximo governo é de se esperar os ajustes necessários e que aprofunde o projeto de mudanças iniciado em 2007. Que faça muito mais do mesmo. Promova direitos sociais, fortaleça a democracia e coloque a Bahia entre os estados mais desenvolvidos do país. Revolução Democrática é o nome da nova hegemonia. A Bahia vai seguir em frente.
Robinson Almeida é assessor-geral de Comunicação do Governo da Bahia.

5 respostas

  1. Está certo, Robinson, o fermento do bolo é a divisão. O que vem a ser a repetição da mítica multiplicação dos pães e peixes. Quanto mais se divide, mais o bolo cresce. Simples assim!

  2. A jornalista Helena Chagas foi convidada para ocupar o lugar de Franklin Martins como titular da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. O grande mérito dessa jornalista agora ministra, foi ter participado daquele episódio vergonhoso chamado pela Polícia Federal como: “O CASO
    DO CASEIRO FRANCENILDO”. Tudo começou no quintal da jornalista. Então diretora da sucursal do jornal O Globo, em Brasília, ela ficou sabendo, por intermédio de seu jardineiro, que o caseiro havia recebido um depósito relativamente alto em sua conta na CEF, ela mobilizou a equipe para tentar descobrir se o rapaz que botava Palocci contra a parede estava sendo financiado por alguém. Ela contou tudo para o ministro. Ele chamou Jorge Mattoso, então presidente da CEF, o resto todos já sabem. Helena foi demitida da tão odiada REDE GLOBO, talvez seja por isso que o PT não perdoa a GLOBO, iniciava aí sua jornada rumo ao topo, Foi contratada como diretora de jornalismo da EBC, subordinada a Franklin Martins. Deixou o cargo para ser assessora de imprensa da candidata Dilma Rousseff. Agora, chega a um cargo com status ministerial.
    “COM INGREDIENTES DESSE TIPO QUAL O BOLO QUE NÃO RENDE ASSUSTADORAMENTE? SÓ QUE PARA O POVO SÓ TEM SAIDO MALMENTE A RASPA DA ASSADEIRA, AS FATIAS DO BOLO SOMENTE PARA OS MAIS CHEGADOS”

  3. Perfeita a propaganda do governo estadual e do PT.
    Mas acho que o governo ainda deixa muito a desejar e a imprensa deve continuar “marcando em cima”, pois é esse o seu papel.

  4. Eu acho que o uso de “revolução” para qualificar direitos sociais que foram sonegados ao longo da história muito forte para pouca democracia ainda.Parece que atingimos um grau de justiça quando na verdade estamos desentortando rumos históricos que sempre beneficiaram poucos.Reconheço a inclusão social do partido nestes anos de governo mas não o vejo revolucionário,apenas concessões de direitos devidos e reivindicados justamente. Revolucionário seria esta inclusão vir com saneamento básico, saúde boa, transporte público eficiente o que em Salvador é precário, vergonhoso…sem falar que não existe participação popular nas questões da cidade, nem respeito as manifestações onde o poder nada revolucionário do estado age em guerra contra a população e isto é uma afirmação de ditaduras passadas nada revolucionaria em tempos presentes.

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