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A decisão do presidente eleito da Costa do Marfim de suspender por 30 dias as exportações de cacau do país fez os contratos futuros da commodity dispararem ontem nas bolsas internacionais. Em mais um pregão sob a influência da crise política no país africano, os papéis para maio subiram US$ 109 por tonelada na bolsa de Nova York, para US$ 3.282. Em Londres, o mesmo vencimento também teve forte valorização (47 libras) e fechou a 2.161 libras por tonelada.

O clima político conturbado na Costa do Marfim fez com que os preços do cacau iniciassem uma sequência de altas no fim do 2010. Desde o início de dezembro, as cotações subiram 19%, segundo o Valor Data, sendo que a curva tornou-se mais aguda em janeiro, no pós-eleição de uma das mais acirradas disputas políticas do país.

No mercado brasileiro, os preços também reagiram fortemente, de uma média de R$ 82,66 na sexta-feira para R$ 85,33 ontem na região de Ilhéus e Itabuna, na Bahia.

De acordo com agências internacionais, o presidente Alassane Ouattara, que foi reconhecido internacionalmente como eleito, enviou ontem uma carta aos principais exportadores do país banindo os embarques de cacau e café até 23 de fevereiro. Leia mais no Valor.

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  1. Somos reféns de uma política pouco eficaz no que se refere à lavoura cacaueira.Pois muito se fala e pouco se faz, quando é época política é o tema dos candidatos, depois cai no esquecimento, isso sem falar no êxodo rural que aglomera e desorganiza as cidades que não estão preparadas para uma explosão demográfica. Só nos resta torcer para que nossos irmão africanos continuem se matando e esperar a próxima eleição para que enfim acertemos em alguém que busque meios de enfiltrar o nosso produto novamente nas faturas de arrecadação, pois tem chocolates que custam mais que uma arroba de cacau e quem o produz nada recebe por isso.

  2. Tinhamos o ICB – Instituto de Cacau da Bahia, fecharam. Tinhamos a COPERCACAU e a ITAISA, e criminosamente deixaram liquidar e falir, tinhamos a CEPLAC e a política partidária e iresponsável inviabilizou.
    Tinhamos as Cooperativas Singulares de Crédito e de Produção e deixaram acabar. Tinhamos fabricas de adubo e calcáreo e a ineficiência gerencial dizimou.

    Desta forma é muito dificil sobrevivermos.

  3. Quando utilizo a BR 415 (Itabuna/Ilhéus) e me deparo com uma placa de publicidade na entrada da CEPLAC com o seguintes dizeres: “aumento de 42% da produção do cacau”,a Ceplac se auto-credita como se fosse uma conquista desta falida e finada entidade!

  4. Esta história é velha conhecida dos produtores.
    Quando acaba a safra, os preços disparam, pois é a época das empresas venderem seus estoques.
    A partir de maio, os preços voltam a cair, porque aí é o produtor que tem o produto.
    E principalmente às sextas-feiras, quando costumeiramente os pequenos proprietários tem que vender parte da sua produção, para pagar seus trabalhadores e suas contas.
    Tem sido assim ano após ano e nunca vai mudar…

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