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Marival Guedes | marivalguedes@yahoo.com.br

O jogo seguiu normalmente. Mas quando se aproximou do final, empatado em 1×1, os jogadores do Galícia começaram a cair na grande área.

 

Na véspera de uma partida entre Galícia e Itabuna em Salvador, pelo campeonato baiano na década 80, o presidente do Azulino, João Xavier, ao encontrar o então radialista, atual advogado e professor universitário Geraldo Borges, comentou que o Itabuna iria ser prejudicado pela arbitragem. Ao chegar à Rádio Clube na capital, Geraldo ouviu nos bastidores a mesma denúncia.

Quando falou, no programa esportivo, sobre a expectativa da disputa, enfatizou que confiava muito na arbitragem. Momentos antes do jogo, Geraldo orientou o repórter Jorge Caetano a comentar com o juiz a expectativa sobre a arbitragem. Caetano começou com a frase “um grande juiz para um grande jogo”. E emendou: “ o sul da Bahia assiste com muita atenção à arbitragem. O juiz respondeu: “diga ao sul da Bahia que farei uma boa arbitragem”.

O jogo seguiu normalmente. Mas quando se aproximou do final, empatado em 1×1, os jogadores do Galícia começaram a cair na grande área. Caíam – até mesmo sem ser tocados pelos itabunenses – e levantavam as mãos pedindo pênalti.

O juiz, que já havia prejudicado o Itabuna em outros jogos marcando faltas inexistentes , “amarelou” e gesticulava mandando seguir o jogo. A diretoria do Galícia desesperou-se. O árbitro cumpriu o que prometeu ao sul da Bahia e a partida terminou empatada. Inconformado, um diretor do time da capital disse em entrevista que “botaram um torcedor na locução. Este rapaz não é um profissional”, criticou se referindo a Geraldo Borges, o homem que inviabilizou a trapaça.

Encerro com uma história que o técnico João Saldanha contava: durante uma partida, o atacante escapou e na grande área só tinha à sua frente o zagueiro, que andava igual caranguejo. O atacante falou:

-“Venha, que eu estou vendido”

-“Não posso, que eu estou comprado”, respondeu o zagueiro.

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