Cartões inválidos, passagem com valor dobrado, atrasos nas linhas são alguns dos problemas enfrentados pelos usuários de ônibus desde a implantação do Itabuna Card, no último dia 28.
Rogério Sales mora na Urbis IV e diariamente leva a filha para estudar numa escola situada no Fátima. “Vou para o ponto às 6h e só consigo pegar ônibus às 6h45min”. A demora é justificada: “os ônibus passam cheios e os motoristas não param”. Segundo Rogério, a filha chega à escola às 8h, mas a aula começa 7h30min. “Eles tiraram o ônibus que fazia a rota Urbis IV-Califórnia e Urbis IV-Monte Cristo”.
O usuário Leonardo Barreto reclama de outro problema: “o cartão da minha filha estava carregado, mas ao tentar passar pela catraca, deu como inválido”, disse ele. Pelo menos 30% dos cartões apresentavam esta falha e os passageiros só conseguiam viajar se tivesse dinheiro em espécie. De acordo com funcionário da Associação das Empresas de Transporte Urbano (AETU), o problema está sendo corrigido desde ontem.
Moradora do Parque Boa Vista, Jaqueline Souza lamenta a retirada de linhas do bairro. “Somos obrigados a fazer o cartão se quisermos andar de ônibus, mas a demora continua. Antes tínhamos três linhas para o bairro. Agora só tem linha direta para o centro comercial e a parte alta ficou sem ônibus e não sabemos mais os horários”.
O sistema de integração apresenta falhas, também, porque o estudo detectou que 90% dos passageiros usam o ônibus de casa para o centro da cidade. Como várias linhas de integração não estão atendendo à demanda real de passageiros, muitas são as reclamações de demora nos pontos de ônibus.
O usuário que enfrentar problemas com o sistema de integração deve acionar o telefone 0800-284-1655 ou (73) 3215-1655 para fazer reclamação ou até apresentar sugestões para o sistema implantado pelas empresas e a prefeitura.

Da Folha:
O Brasil está em segundo lugar, empatado com Honduras, no ranking de jornalistas assassinados na América Latina neste ano, divulgado pela SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa).
A cinco meses do fim do ano, 2011 tem mais mortes de jornalistas no continente em duas décadas, diz a SIP. Foram 19 nesse período.
Os quatro jornalistas brasileiros citados no relatório são Luciano Leitão Pedrosa (morto em Pernambuco, em abril), Valério Nascimento (interior do Rio, em maio), Edinaldo Filgueira (Rio Grande do Norte, em junho) e Auro Ida (Mato Grosso, no mês passado).
Os números levam em conta só os crimes ligados ao exercício da atividade jornalística.
O líder na lista de homicídios é o México, onde houve cinco assassinatos de jornalistas neste ano em meio a violentos conflitos nas regiões dominadas pelo tráfico.
Em entrevista em Miami (EUA), os diretores da SIP expressaram “estado de alerta e preocupação” pelas mortes. A entidade criticou a “perseguição judicial” aos jornalistas e citou o Brasil como um dos países em que a prática ocorre.