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Atores e outros cidadãos ilheenses incorporaram os fantasmas mamadores de dinheiro público (imagem do Jornal Bahia Online)

Os fantasmas contratados pela Câmara de Vereadores de Ilhéus invadiram a sessão plenária desta quarta-feira, 25, provocando grande assombro dos presentes e, sobretudo, do presidente Dinho Gás (PSDC). Com nariz vermelho e os nomes das figuras ectoplasmáticas colados no peito, eram na verdade os atores do Teatro Popular de Ilhéus e outras pessoas da comunidade  que se manifestavam contra mais um escândalo na política local.
Diante do protesto, Dinho Gás titubeou, gaguejou, pediu menos e acabou por anunciar a formação de um grupo para investigar os indícios de “subtração” do dinheiro público. A equipe investigativa não conta com nenhum vereador e é constituída apenas por funcionários subordinados a… Dinho Gás!
O presidente se eximiu totalmente (como se pudesse) de responsabilidade pelas assombrações da Câmara. Segundo ele, é possível que a culpa seja exatamente de algum dos seus subalternos. Como nos velhos filmes de terror, neste momento todas as suspeitas recaem sobre o mordomo.
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Do Estadão:
Os tablets da Apple que deveriam ser produzidos no Brasil ainda neste semestre e estar à venda no Natal, de acordo com previsão feita em junho pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, vão atrasar.
Segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí e Região, Evandro Oliveira Santos, embora já tenham sido selecionadas 800 pessoas para trabalhar na fábrica dos iPads, iPhones e iPods em Jundiaí, a nova unidade localizada no quilômetro 66 da Rodovia Anhanguera não está em funcionamento.
“Nós já imaginávamos isso. Os iPads produzidos aqui devem chegar ao mercado em 2012 e não este ano”, afirmou Santos. “A fábrica já está selecionando e vai começar a contratar”. A expectativa do sindicato é de que 3 mil pessoas sejam contratadas. O investimento anunciado pela multinacional taiwanesa para a fabricação dos iPads e celulares da Apple, durante visita da presidente Dilma Rousseff à China em abril, foi de R$ 12 bilhões.

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Reitor em final de mandato na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), o professor Joaquim Bastos está com um pé na política partidária e os olhos voltados para 2012.
Ele promete definir, até o dia 31, a qual partido irá filiar-se caso concorde em disputar a prefeitura de Ilhéus. Convites parecem não faltar. PDT, PMDB e PCdoB cortejam o reitor.
O reitor não esconde o espanto com os valores gastos numa campanha para prefeito em cidades do porte de Ilhéus. “Fico pasmo”, disse ao PIMENTA.
Joaquim está com 62 anos e em processo de aposentadoria como professor e a idade, segundo ele, também pesará na decisão. Confira a entrevista concedida ao blog.
PIMENTA – O senhor recebeu convites de pelo menos três partidos. Já se decidiu pela candidatura e por qual legenda sairá? 
JOAQUIM BASTOS – Eu tenho conversado sobre política há mais de seis anos e alguns partidos me convidaram para a eleição. Com o final do mandato de reitor e o processo de aposentadoria, agora eu posso pensar nisso.
Qual a legenda escolhida?
Tenho conversado com alguns partidos. O tipo de política que faço é política acadêmica, então, tenho discutido bastante. Até o final do mês eu defino a filiação. Ainda não tenho definição clara sobre qual partido. Tenho conversado para me familiarizar [com a política partidária].
O que o senhor analisa para definir pré-candidatura?
Estou vendo as possibilidades concretas, para realmente me envolver com a vida política da cidade e entender também como funciona um partido.
Com quem o senhor tem conversado?
As conversas se dão em Salvador, Brasília e Ilhéus, para ver se realmente tomo essa decisão na minha vida. Aos 62 anos, tenho que pensar se realmente quero quatro anos na prefeitura.

A gente vê cidades como Itabuna e Ilhéus captando menos dinheiro fora do que a Uesc. 

Existe ainda um temor do que pode vir pela frente, caso vença?
Dizem que vai ter muita coisa para consertar, para fazer. Aí tenho que analisar. A gente vê cidades como Itabuna e Ilhéus captando menos dinheiro fora do que a Uesc. Precisamos ver por que isso acontece. Enfim, tem muita coisa que a gente desconhece [da estrutura partidária e da prefeitura].
Mas não dá para adiantar para onde o senhor vai, politicamente falando?
Conversei com quatro partidos. Me chamaram pra conversar. Tô indo numa boa. Tenho mais três, quatro pessoas comigo, pessoas que têm noção mais aprofundada de política partidária e que vão me ajudar [na decisão].
As propostas de filiação partem mesmo de PDT, PCdoB e PMDB? Qual seria o quarto partido?
(risos) Semana passada, conversamos com um grupo de 12 pessoas, e ficamos em 14. Conversa muito interessante, mas por vezes fico pasmo quando falam em valores de uma campanha a prefeito.
Quanto?
A gente tá acostumado a fazer campanha para reitor com 30 mil reais.  O prefeito de Ilhéus mostrou o contracheque dia desses e daria R$ 600 mil, R$ 650 mil de salário em quatro anos. Eu não admitiria gastar metade disso em campanha. A única coisa que tenho para colocar na mesa é o meu currículo. Dinheiro, moeda, eu não tenho um centavo para colocar em política. Gastar aquilo que se ganha em 25 dias de pauleira…
Depois das conversas iniciais, já há sinalização clara sobre para onde ir?
Há partido que eu considero grande, mas temos outros de estrutura menor, porém, com capacidade de aglutinação. Tenho 37 anos de universidade, uma certa rodagem em relação a acomodar pessoas. Gosto de compartilhar trabalho, responsabilidade, mas também decisão. Ninguém consegue administrar Uesc sozinho. Prefeitura, então, nem sonhando. Mas teria que ter condição.

Não dá para nomear pensando em simpatia, mas eficiência produtiva.

E qual seria, além da capacidade de formar uma boa coligação?
Por exemplo, que não seja indicado apenas um nome para determinado cargo, mas vários. Não dá para nomear pensando em simpatia, mas eficiência produtiva.
O senhor conhece a realidade da prefeitura?
A gente sabe, conhece o orçamento, que é público. Dá para identificar alguns componentes de despesa, receita. Quanto a prefeitura arrecada com a taxa de iluminação? Quanto custa o serviço? Saber se a prefeitura está em dia, se permite retirar as três certidões [para firmar convênios, captar recursos]? Até dia 31, eu vou tomar minha decisão.