O governador Jaques Wagner, que diz não gostar de pleitear cargos, procura desfazer a impressão de que a “caça aos baianos” na Esplanada dos Ministérios seja um indicativo de perda de prestígio dele.
Ao jornal A Tarde, Wagner afirmou não ter indicado nenhum dos baianos defenestrados. Segundo o governador, “(Mário) Negromonte foi para lá (Ministério das Cidades) pelo PP, Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário) foi pelo alinhamento dele dentro do PT, e Luiza Bairros (Promoção da Igualdade) foi uma escolha da presidente”. Sobre Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, Wagner declarou que ele foi indicado pelo ex-presidente Lula.
Embora negue ser o pai dos filhos enjeitados, Wagner admite que não gostou das exonerações.
Para o deputado federal Josias Gomes (PT/BA), que falou com o PIMENTA sobre o caso, além da ausência da Bahia na Esplanada (apenas Luiza Bairros continua por lá), há outro indicativo de desconsideração com o Estado governado por Jaques Wagner: a Bahia praticamente não ocupa cargos de alta direção nas instituições diretamente ligadas ao fomento e infraestrutura no Nordeste, no caso, a Sudene, Codevasf, Chesf, o Denocs e o Banco do Nordeste.
No banco, tem apenas um diretor. Nos outros órgãos, nenhum.