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Do Blog do Thame

Caboclo Alencar no histórico ABC da Noite.

Dia 27 de julho é dia de festa no Beco do Fuxico, reduto da boêmia itabunense. O bar ABC da Noite, do Caboclo Alencar, estará comemorando 50 anos de fundação, com direito a inauguração de uma placa, iniciativa do advogado Gabriel Nunes, “abecezeiro” das antigas.

A clientela do ABC da Noite é formada  por  bancários, jornalistas, literatos, médicos, comerciários, servidores públicos, professores, estudantes universitários, enfim, os apreciadores de um bom  papo e das batidas sem igual na galáxia, sob as bênçãos do Caboclo Alencar, nascido Alencar Pereira da Silveira, em Sorocaba, interior de São Paulo, mas que mora em Itabuna desde os 3 anos de idade, portanto, um legítimo grapiúna.

Como diriam os colunistas sociais de antanho, o ABC da Noite, berço da fundação da Academia de Letras, Artes, Música, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc., a Alambique, será pequeno  para receber tantos amigos do Caboclo e, per supuesto, de suas batidas, entre elas a antológica batida de maracujá.

A bebemoração começa às 18 horas.

6 respostas

  1. Zelão diz: – Um dia para “bebemorar!

    Hoje completo 63 anos – graças a Deus, bem-vividos!
    Talvez não estivesse vivo para comemorar os 50 anos do ABC da Noite ou não tivesse aproveitado com saúde; os meus 63 anos. Agradeço em grande parte ao Caboclo Alencar. Era os anos 70 – talvez o período de maior efervescência do ABC da Noite, que nos seus curtos horários de expediente (religiosamente obedecidas), reunia a nata dos boêmios, intelectuais e biriteiros éticos (e não etílicos) – por exigência do Caboclo que não servia a bêbados que cuspiam no pé do balcão – de Itabuna e redondezas.

    Por um período aproximado de três meses, fiz do ABC meu ponto de parada obrigatório; ao meio-dia e ao final de tarde: – Ao meio-dia duas (duas) deliciosas batidas de gengibre para abrir o apetite para o almoço. Ao final da tarde; quatro a cinco doses do “néctar do maracujá.”

    Lembro bem, que um dia de sábado – quando todos os limites eram excedidos – me apresentei diante do Caboclo, como se ali estivesse para bater o ponto. Solicitei a “primeira do dia.” Aguardei por algum tempo para ser atendido, sem reclamar (também não adiantaria reclamar; a paciência era uma norma da casa, por todos obedecida). Por mais de meia hora esperei que o Caboclo me notasse e atendesse o meu pedido: – Nada! (já temia ter transgredido algum regulamento da Casa e por isso estar sendo punido). Quase uma hora após a minha chegada – limpando o balcão – o Caboclo se achegou bem pertinho de mim e falou, quase sussurrando ao meu ouvido:
    – “Caboclo eu conheço o seu pai e te vi pequeno. Tenho notado que o “caboclo” tem sido um “habituê” aqui da Casa, quase se tornando um vício; (quis falar algo em contrário e fui interrompido pelo Caboclo Alencar): – Pois é caboclo; eu não gostaria de contribuir para que o caboclo se tornasse um viciado e por isso; de hoje em diante o “caboclo” está proibido de frequentar “tão regularmente” o meu estabelecimento comercial.” – Dito, aumentou o volume do rádio (único que podia falar alto no local) e continuou a atender os outros clientes.

    As palavras do Caboclo Alencar martelaram na minha mente por muito tempo. Passaram a ser um “freio de arrumação” todas as vezes que o meu “apetite etílico” me afazia ultrapassar os limites do bom censo e do real prazer em apreciar uma boa bebida.

    Obrigado, Caboclo Alencar! Tenho um especial motivo para comemorar os meus 63 anos e os 50 anos do ABC da Noite!

  2. Meu Grande abraço ao Caboclo Alencar e vida longa ao ABC da Noite.

    Desta vez chego a tempo de deixar o Jorge Araujo e o Gustavo Felicíssimo pro centenário.

    Heitor Brasileiro

  3. O Bar? Tá mais para uma Birosca! Não sei o qual motivo por tanta badalação com a figura do Sr.Caboclo Alencar,pois se trata de uma figura mau educada,antipática,egoísta,enfim uma figura que não sabe tratar as pessoas.
    Aqui em Itabuna têm o Bar do Galo Vermelho que já faz parte da vida social da nossa cidade,o seu proprietário sabe tratar as pessoas,outro Bar fica ao lado do antigo clube social do S.Caetano,o proprietário sabe tratar as pessoas. O bar do filho de Joaquim,o espeto Bar,fica na Av.manuel Chaves,o seu Proprietário sabe tratar as pessoas. O Bocão Lanche que fica na Av.Manoel Chaves,no passeio do Itabunão,o Seu proprietário sabe tratar as pessoas.
    Enfim têm gosto pra tudo,a mulher só não casa com cobra porque não sabe qual é o macho.
    Pobre Abc da noite.

  4. Com tanta gente boa assim frequentando o ABC e se é de tanta importância já era pra darem um jeito naquele local não é? Que é retraído, mal cuidado e com certeza não representa a impostância que dão. Eta boemia grapiúna mão de figa viu!!O Caboblo deveria dar uma boa passada na cara desses de vez em quando “sem que fazer”

  5. Zelão diz: – Um “Boteco;” Onde Não Se Fala Palavrão; Não se Discute Futebol e Religião; Não Se Bebe Fiado, Nem Cospe no Chão!

    Quem critica o ABC da Noite (por ser um boteco) e acha “grosseiro e deselegante” o tratamento dispensado pelo Caboclo Alencar padece de dois males – imperdoáveis para os frequentadores do ABC da Noite: – Ou não sabem se portar com elegância (exigida em qualquer bom boteco, mesmo para quem toma umas doses a mais), ou é um simples “cachaceiro” (daqueles que bebe e cospe no pé do balcão), além de não saber a diferença entre um “boteco” e uma “birosca”. Não conhece, por exemplo, os botecos cariocas do “Baixo Leblon” – onde Vinicius de Morais, Toquinho, Carlos Drummond de Andrade, Chico Buarque de Holanda e tantos outros poetas e artistas se reuniam em busca de inspiração.

    Não sabe distinguir “falta de educação,” da requintada inteligência e argúcia do Caboclo Alencar. Não sabe distinguir o verdadeiro dono de “boteco” – que não vende fiado, não bebe com os clientes e não xinga palavrão; do “parceiro da birosca” que serve “álcool desdobrado com cobra dentro;” farofa engordurada, com cinco dias no balcão e discute acaloradamente sobre futebol e religião.

    O pior é negar a inteligência de todos os frequentadores do ABC da Noite, que deram destaque internacional ao “estabelecimento comercial” do Caboclo Alencar.

  6. Caro Sr. José Raimundo Guimarães,

    Observe bem o texto e veja que a “Birosca” está fazendo 50 anos, portanto subtende-se que algo que comemora meio século de existência deva ter alguns atrativos. O Caboclo é uma pessoa simplória e excepcional (a meu ver e de inúmeras pessoas que conheço). Para se ter um idéia a clientela da “Birosca” passa de pai para filho, inclusive o meu. Você citou donos de bares que inclusive são meus amigos que não tem essa educação toda, mas isso é só para que entenda que o seu ponto de vista é muito pequeno em relação à grandiosidade do evento. Parabéns Cabloco Alencar, pelos anos de dedicação e estendo ao “seu pimenta” por estar divulgando este aniversário!

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