Tempo de leitura: 2 minutosMarco Wense
Quando questionado sobre o deputado Marcelo Nilo, que quer continuar como presidente da Assembleia Legislativa pela quarta vez consecutiva, Wagner lançou mão de um republicanismo, digamos, filosófico.
O governador Jaques Wagner, em entrevista ao jornal A Tarde, admitiu o impacto das greves dos professores e da Polícia Militar nos resultados das eleições.
O governador disse o que muitos petistas queriam dizer, mas não tiveram coragem. Ou seja, que as greves contribuíram para a derrota de alguns candidatos da base aliada.
Wagner também declarou que é contra a eternização dos políticos no poder: “O político tem que ser profissional no sentido de ser competente, mas não pode ter na política um emprego”.
Quando questionado sobre o deputado Marcelo Nilo, que quer continuar como presidente da Assembleia Legislativa pela quarta vez consecutiva, Wagner lançou mão de um republicanismo, digamos, filosófico.
Para não atritar com Nilo, que é do PDT, partido da base aliada, Wagner respondeu que é contra a eternização filosoficamente falando. Que faz política e não filosofia. Uma saída politicamente perfeita.
MEDO DAS RUAS
Alguns deputados, por enquanto só federais, vêm defendendo o fim das carreatas, das caminhadas, da distribuição de santinhos, do corpo a corpo, dos palanques e de tudo que possa afastar o político do eleitor.
Os filhotes da ditadura, como diria Leonel Brizola, querem o retorno do famigerado colégio eleitoral e da indicação biônica para prefeitos e governadores.
Os inimigos da democracia, saudosistas do regime autoritário, têm nojo do contato físico com o eleitor. Querem distância do povão de Deus.
EXPRESSÕES LATINAS
Algumas expressões latinas são aterrorizantes para a maioria dos políticos, como, por exemplo, Voluntas sceleris e Vita anteacta, que significam, respectivamente, vontade de praticar o ato criminoso e vida pregressa.
Outras, no entanto, até que ajudam quando os políticos estão enroscados com a justiça. Quando o assunto é o mensalão, José Dirceu apela para a Probare oportet, non sufficit dicere (Dizer não é suficiente, é preciso provar).
Joaquim Barbosa, eminente ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), é ardoroso seguidor da expressão Dura Lex, sed Lex. A lei é dura, mas é lei.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.