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O movimento “Marcha das Vadias” tem gerado certa polêmica. De um lado, estão os (e “as”) que concordam com a causa, mas discordam do título; do outro, mulheres (e homens também) que desejam provocar a discussão sobre o termo utilizado tantas vezes para diminuir e humilhar.

O assunto proporciona um bom debate e o espaço de comentários do PIMENTA tem recebido qualificados argumentos, de ambos os lados. A discussão é válida, pois, apesar de se ater ao termo indigesto, tem como pano de fundo uma questão mais importante e que precisa ser tratada com a maior seriedade: a violência contra a mulher.

Segue transcrito abaixo um comentário da professora Indaiara Célia, uma das organizadoras da marcha, que ela vê como um momento de reflexão (fazemos questão de receber outras opiniões, que também terão destaque neste espaço):

 

Indaiara Célia

Vadias são todas as mulheres culpabilizadas pela opressão patriarcal

 

Que tal cortar o nó górdio? Vamos pensar sobre o contexto de produção e enunciação de discursos sobre a mulher? Onde, quando, para que, por que e como são usados termos e nomes como vadia?

Quando demostramos gostar de sexo, rejeitamos um homem, saímos de casa para nos divertir, não aceitamos exploração em casa e no trabalho, denunciamos a desigualdade social, quando reclamamos do comportamento masculino, terminamos um relacionamento, não aceitamos a submissão imposta, quando nos violentam, nos estupram, quando sentimos a dor do parto e nos agridem com um: “agora aguente, não tava bom na hora do rala e rola?”, quando denunciamos a violência cometida pelo próprio estado, não aceitamos uma cantada, quando não respeitam nossa orientação sexual, quando engravidamos…

Será que não conseguimos enxergar que em todos esses casos vadia é o nome dado a vítima?! Vadias são todas as mulheres culpabilizadas pela opressão patriarcal que gera o machismo, o sexismo, a misoginia, e cujo resultado é a violência moral, psicológica, física, patrimonial e sexual.

Não esqueçamos que o patriarcado é um sistema tão poderoso e com raízes tão profundas que antecede o próprio sistema capitalista. Por isso mesmo não espero que todas as mulheres se identifiquem imediatamente como vadias, afinal, a vítima traz as marcas indeléveis da condição de oprimida e reproduz muitas vezes os mecanismos de exclusão a que estão sujeitas, visto que internalizam e naturalizam o modo de agir do opressor.

Mas, pensar sobre é uma questão de oportunidade, acreditamos que a Marcha das Vadias possibilita esse momento de reflexão, faz um chamamento, instala o incômodo, principalmente para os que se opõem ao movimento dado o lugar privilegiado que ocupam na hierarquia das opressões.

Por fim, vale lembrar que estamos vivendo em todo o mundo a campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, que tal aproveitar a oportunidade para expor o que você(pessoa, instituição, grupo, empresa) tem feito para combater o feminicídio que nos assola? Aproveite para conhecer a última agenda do Coletivo Feminista Marcha das Vadias-Itabuna, quem sabe essa leitura seja um exercício de lucidez e ajude na percepção da seriedade com que esse movimento é realizado. http://www.marchadasvadiasitabuna.com/nossa-agenda/

As vadias que foram marchar no dia 24 de novembro e as que defendem o movimento são mulheres empoderadas, estão na vanguarda, não se calam, insubordinam-se, transgridem, rompem grilhões e reinventam a palavra e a realidade. Queiram ou não, no mínimo elas ampliaram sua cognição, falar e ouvir o nome vadia acionará em você um outro sentido: feminista!

20 respostas

  1. “Queiram ou não, no mínimo elas ampliaram sua cognição, falar e ouvir o nome vadia acionará em você um outro sentido: feminista!”

    Machistas de plantão, vocês acabaram de perder a patente sobre a ofensa machista “VADIA”.
    Não! não corram ao dicionário para substituir o rótulo misógino por outro. Arreganhem olhos, afinem os tímpanos para ver e ouvir o clamor de quem não aguenta mais ser oprimida,controlada, violentada. Exigimos apenas o que a sociedade já reconhece em vocês homens, o direito à autonomia do corpo, da sexualidade, das escolhas políticas.

    Parabéns pelo texto Indaiara. Parabéns a todas as vadias!!!

  2. gente; o termo “vadia” vem do Latin Vadiuns, vadiuns era o cara responsável por levar mulher para os gladiadores, quando ele chegava, todos chamavas as mulheres de: as mulheres de vadiuns, essas mulheres eram escolhidas a dedo para servir aos gladiadores uma noite antes da competição, então foi dai que surgiu a palavra vadia. uma bela palavra, que só tinha essa titulo mulheres que eram privilegiada a se deitar com um gladiador, inclusive no filme Gladiador essa figura Vadiuns aparece. então viva a Marcha das Vadias e deixem de preconceito.

  3. Não é verdade que em todas as situações citadas, nas quais a mulher é vítima de machismo, o termo usado no Brasil seja “vadia”. Nos casos citados de agressão contra amulher, provavelmente, seja muito mais genrelizada a utilização de termos “puta” e “vagabunda”. A viagem feminista com o termo “vadia”,- um eufemismo de “puta”- me parece estár ligado mais a fantasia de fórum íntimo, que por sinal é um direito legítmo, porém, com validade no plano privado, na intimidade de um casal consensual que pretende ser legitimado no espaço público.Esse é o erro.
    O discurso a favor do termo “vadia”, passa a idéia de que ele só existe, exclusivamente, para agridir a mulher em seus direitos. Não é verdade. O termo existe tammbém na versão masculina “vadio”, e também tem conotação negativa. Pela lógica, a legitimação do termo deveria ser para os dois gêneros.
    Imagine, aqueles caras que param no sinal de trânsito, ao seu lado, ligam o som, com a música alta: “sou o rei, sou o rei, sou o reí do puteiro, fi de raparigueiro, fi de raparigueiro…”!? quem Aguenta, no espaço público, essa fantasia de fórum íntimo??

    Voltando a estratégia feminista,quando a finalidade de movimento fica menor para a forma pela qual ele é conduzido, algo está errada.

  4. Ser ou não ser vadia? Nomes, conceitos determinismos gramaticais são construções que se desconstroí ao tom da resistência. Resistir sim, ir para as ruas sim, falar, não ser conivente com a dor alheia e mostrar que “ser mulher” não é ser coisa, objeto é ser gente que tem direitos e deve ser respeitada. É ter liberdade sem esteiótipos. Portanto, concordo com Indaiara, mostrem o que tem feito para acabar com as estatísticas de violência, mostrem…. É muito melhor ser ativo, pró-ativo do que crítico.

  5. Minha preocupação é que a discussão sobre a palavra fique em mais evidencia do que o sentido da manifestação. Uma Incoerencia imperdoável. Outro elemento é o recorte regional para o alcance do próposito. Será mesmo que temos nos preocupado em fazer a marcha invadir todos os espaços da nossa cidade.
    Parabéns as desbravadoras.

  6. Não Vadeia

    Clementina de Jesus

    Não vadeia Clementina
    Fui feita pra vadiar
    Não vadeia, Clementina
    Fui feita pra vadiar, eu vou…

    Vou vadiar, vou vadiar, vou vadiar, eu vou
    Vou vadiar, vou vadiar, vou vadiar, eu vou

    Energia nuclear
    O homem subiu à lua
    É o que se ouve falar
    Mas a fome continua

    É o progresso, tia Clementina
    Trouxe tanta confusão
    Um litro de gasolina
    Por cem gramas de feijão

    Não vadeia Clementina
    Fui feita pra vadiar
    Não vadeia, Clementina
    Fui feita pra vadiar, eu vou…

    Vou vadiar, vou vadiar, vou vadiar, eu vou
    Vou vadiar, vou vadiar, vou vadiar, eu vou

    Cadê o cantar dos passarinhos
    Ar puro não encontro mais não
    É o preço que o progresso
    Paga com a poluição

    O homem é civilizado
    A sociedade é que faz sua imagem
    Mas tem muito diplomado
    Que é pior do que selvagem

    É isso aí! Quem atribui sentido pejorativo ao termo vadia é um conservador que teme a quebra de preconceitos e a afirmação das vadias.

    Eu, por exemplo, sempre me auto intitulei vagabundo e, por isso, nunca me ofendi quando assim me chamavam. Por quê as mulheres haverão de incomodar-se com isso?

    Adoro ter tempo livre pra vadiar, vagabundar, praticar o ócio criativo e dar muita risada com os conservadores que exalam cheiro de naftalina.

    É isso aí! Vamos vadiar mulherada. De preferência com roupas minímas. Vocês são demais.

  7. Apegar-se ao argumento do NOME é tão obtuso quanto é a incapacidade de entender que o nome VADIA é uma apropriação irônica, uma inversão. Segue na contramão de tudo que a palavra significa culturalmente e reveste-se de outro sentido.
    Portanto, esta palavra tão prazerosamente proferido por mulheres e homens falocêntricos para desqualificar a MULHER E/OU OUTROS que ousam desafiar os padrões patriarcais, faz um outro caminho : na marca simbólica da marcha, VADIA é denúncia, é grito contra toda e qualquer violência de gênero.

  8. Mulheres de Itabuna e cidades vizinhas,
    Ultimamente o que eu mais ouvi é:
    – NÃO PARTICIPAREI DA MARCHA DAS VADIAS por causa do nome.
    Eu sempre tenho tomado a seguinte atitude ( antes pedindo a ajuda de Maria Madalena… só ela na causa ): a da professora que explica –pacientemente – pela milésima vez o mesmo assunto:
    – BEM, vc tá me dando uma única RAZÃO/MAOTIVO/JUSTIFICATIVA para não participar
    da MARCHA. Eu darei 10 (DEZ) FATOS para vc participar:
    1º – Isto não é sobre SEXO, é sobre VIOLÊNCIA.
    2º – Marcha-se para combater o machismo que mata, estupra, oprime…
    3º – Marcha-se contra a educação sexista, contra a sobrecarga de trabalho, contra a ditadura da beleza e os padrões de comportamento.
    4º – Marcha-se contra a perversa e cruel realidade brasileira , onde uma mulher é morta a cada duas horas.
    5º – Marcha-se contra o 7º lugar que o Brasil ocupa em número de agressões contra as mulheres em um grupo de 87 países.
    6º – Marcha-se contra o índice que põe a BAHIA em 5° lugar em número de casos de violência contra mulheres denunciados, atrás do DF, ES, PA e MS.
    7º – Marcha-se contra os dados que apontam Salvador como a 16ª capital em homicídios de mulheres, Porto Seguro a 3ª cidade entre cidades brasileiras com mais de 1.000 habitantes e contra as mais de mil ocorrências contra a mulher que já foram registradas em 2012 em Itabuna.
    8º – Marcha-se contra a HOMOFOBIA que coloca a BAHIA em 1º lugar no ranking de crimes de homossexuais há seis anos consecutivos.
    9° – Marcha-se por todas as mulheres do mundo que sofrem qualquer tipo de violência, qualquer tipo de opressão, de mutilação… sejam elas negras, brancas, de sangue azul, pastoras, católicas, do candomblé, muçulmanas, ricas, pobres, putas, santas, feministas, trabalhadoras, professoras, doutoras, operárias…Marcha-se por Ingrid, Malala, Maria da Penha, Dandara, Lara, Quinara, Rosa… Marcha-se por sua avó, tia, irmã, namorada, filha, prima, amiga, mãe, estudante, adolescente, criança…Marcha-se pela igualdade, liberdade, dignidade, respeito…
    10° – Marcha-se porque o que importa é a ideia, a ação… outra erguerá o estandarte, as faixas, os cartazes e seguirão a MARCHA. A vida seguirá, a vida sempre segue… O que fica são nossas MARCHAS e as MARCAS que deixamos ao marchar”. ( texto de Welington Silva)

    Bem, eu poderia ficar a vida toda elencando mais motivos para vc participar da Marcha… mas se depois desses , vc ainda vem com o blá, blá, blá do nome… aí, minha cara só me resta dizer:

    – VÁ ENFILEIRAR A GIGANTESCA E HEGEMÔNICA MARCHA DA HIPROCRISIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  9. No campo político-social,não se desconstrói preconceitos, afirmando valores e comportamentos negativos impunemente. Na verdade, e uma ótima estratégia para deseducar ainda mais a sociedade. Uma boa forma de piorar o que já está ruim.

    Incita, subliminarmente, à um confronto MMA cultural:
    Piriguetes( vadias) x “Reis do Puteiro” (vadios).

  10. Concordo com a marcha e a sua motivação.Muito justo o movimento social pelas mulheres e contra todo tipo de violência.Quanto ao nome dado ao movimento, repudio totalmente.Qual marido gostaria de ver a sua esposa na marcha da vadias,qual pai gostaria de ver a filha, ou qual filho gostaria de ver a mae?.Que os organizadores sejam inteligentes e mudem esse nome feio.Ah, uma sugestão: leiam o artigo de Juliana Soledade aqui mesmo no Pimenta.Assinei em baixo.

  11. Evandro Nogueira,

    Tá apelando, nego!
    Infelizmente,como não tenho inclinações homossexuais, não posso oferecer-lhe a minha Lagosta. Sinto desapontar-lhe mais uma vez.

  12. “A violência de gênero é um assunto sério e grave! Vamos tratá-lo com a gravidade que merece! Do contrário estupros, violência doméstica, assédio sexual e etc, continuarão sendo coisas que “a mulher pediu” ou “deve ter merecido”. Marcha das Vadais, SIM!!!!!!!!!!!!!!!!!! … “eu sei o poder de uma saia curta”… “os homens se sentem despertados”… Eu não aguento mais esse discurso de culpabilização da mulher… o homem é sempre a vítima, o coitadinho que não sabe controlar seus instintos… O povo não entende que a mulher tem o direito de se vestir como ela quiser e não ser violentada por causa disso. É questão de direito e não de gosto pessoal!!!!!!!!!!!!! Temos que dizer para os homens que eles não podem estuprar e não dizer para a mulher que ela para ser respeitada tem que se cobrir dos pés à cabeça ( então, as mulheres muçulmanas que vestem brucas não deveriam ser estupradas ). O homem sai sem camisa e nada acontece com ele, mas se a mulher se veste com roupa curta e justa, tá convidando o homem para descarregar sua covardia nela. O homem tem filho sem se casar e nada acontece com ele, a mulher engravida sem se casar e é VADIA… Relações desiguais… É isto que o povo não entende. O que queremos é igualdade. O que queremos é o direito de ser VADIA mesmo. Sabe por quÊ???????? Ser Vadia é ser mãe solteira. Ser Vadia é ganhar mais que o companheiro. Ser Vadia é terminar um relacionamento. Ser Vadia é dizer não, não quero transar, não quero fazer amor agora, não quero fazer sexo agora. Ser Vadia é ocupar o mais alto cargo do país ( Dilma foi chamada de Vadia, pois ousou disputar uma eleição presidencial com um HOMEM). Ser Vadia é pintar as unhas de vermelho. Ser Vadia é usar roupa curta. Ser Vadia é pintar a boca de batom vermelho. Ser Vadia é não aceitar a exploração em casa e no trabalho. Ser Vadia é sair de casa para nos divertir. Ser Vadia é não aceitar os padrões de comportamentos hegemônicos (ex: mulher tem de casar virgem, homem tem que ter experiência… a mulher mais uma vez na condição subalterna ). Ser Vadia é ter a Lei Maria da Penha como livro de cabeceira. Ser Vadia é afirmar a Lei Antibaixaria ( não aceitar ficar embaixo do jegue gemendo, como a música diz: gema, gema, gema debaixo do jegue…) Ser Vadia é não aceitar propagandas que colocam a mulher como objeto sexual ( as de cerveja, por exemplo). Ser Vadia é reivindicar que a Lei da Mamografia se cumpra, pois mulheres morrem porque não conseguem fazer o exame em tempo hábil. Ser Vadia é exigir do GOVERNO VANE a construção de um Centro de Referência para a Mulher e também exigir a construção de uma CASA ABRIGO para mulheres em situação de violência conjugal, pois as mulheres são agredidas e são obrigadas a dormirem com seus agressores, elas não têm um lugar para ficar com seus filhos/filhas. Ser Vadia é lutar para viver em uma sociedade com homens e não com agressores… Ser Vadia é SER MULHER!!!!!!!!!!!!!!! Basta ser MULHER para se levar o nome de VADIA em algum momento da vida. A verdade é esta. O nome da MARCHA é POLITIZADO, pois luta-se por direitos, luta-se pela mulher, seja aquela que diz que busca respeito, seja aquela que é puta, freira, santa, piriguete ( ou periguete ), católica, evangélica, do candomblé, rica, pobre, alta, gorda, professora, operária, promotora, juíza, balconista, vendedora… E outra coisa: as Marias da vida já foram e são muito massacradas ( Maria da Penha, Maria Madalena, Maria Mãe de Jesus…)… não aceitamos mais isso… BASTA!!!!!!!!!!!!!! CHEGA!!!!!!!!!!!!!!!!!! Todas as Marias são as mais VADIAS, pois são as mais oprimidas pela sociedade machista.

  13. Oh, Felipe, esse “infelizmente” por você lametado me soa como um ato falho, viu, nego!

    Já viu que eu não gosto de camarão nem de lagosta, né? Meu negócio e vadias.

    Eu teria dito: felizmente…..

  14. Pois é, Evandro Nogueira, ato falho foi sua suspeita.
    O “infelizmente” foi por cuidado, consideração ao interlocutor, ser humano, que possivelmente poderia ter outra opção, distinta da minha.
    Como única a coisa que vi sobre você, foi uma postagem sua falando de “viado”. Nunca se sabe…enfim.

  15. É de péssimo gosto ficar “importando” nomes pejorativos para caracterizar marchas que defendam quaisquer direitos. Nós, brasileiros, mais uma vez fugindo da originalidade. Defender direitos das mulheres usando termo chulo é falta de criatividade e muita mediocridade. Mulheres, lutem sim, mas de maneira respeitosa. Com certeza, a sociedade participará mais efetivamente.

  16. Não, o termo “vadio” não é equivalente ao “vadia”, vamos deixar de hipocrisia? Vadio é um termo utilizado para designar seres que vagam, que não possuem moradia fixa ou que não permanecem em um lugar, é até sinônimo de liberdade. Vadia, NÃO! O termo vadia tem conotação sexual, porque assim como outros só se ofende uma mulher apelando para o sexo “vadia, puta, cachorra, vagabunda, prostituta, entre outros”. O homem nunca é ofendido por sua postura sexual visto que esta é naturalizada. Quer dizer que o homem que anda ouvindo pagode, dizendo que é raparigueiro é chamado de vadio? WHAT? em que realidade paralela você vive?
    E apesar dos termos “vagabunda” e “puta” serem comuns em ofender as mulheres, é preciso que a marcha tenha um nome, mas talvez porque V. S.ª deseja podemos alterar para “marcha das putas, vadias, vagabundas e piriguete” que tal?
    Sabe o que é ironia? Um recurso estilístico bem comum, quando se quer desconstruir determinados conceitos. Vadia acredito que é o termo mais adequado, pois em sua origem significa ‘livre’, mas foi desapropriado com o objetivo de ofender as mulheres.
    Ps: fantasia de foro íntimo? “Assim amor, me chama de vadia, vai” Viajou legal, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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