Surgiu a primeira fissura na relação Governo Baiano e a Prefeitura de Salvador no período ACM Neto. Ontem, o secretário de Transporte de Salvador, José Carlos Aleluia, se posicionou contra a proposta do governo baiano de criar linhas alimentadoras do (interminável) metrô da capital baiana.
O secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, defende a cobrança de tarif de R$ 0,95 nas linhas alimentadoras, enquanto a Prefeitura quer a cobrança de R$ 1,40. E defende sistema integrado, sem a necessidade de linhas especiais de ônibus para o metrô. Para adotar o modelo de linhas alimentadoras, o Estado precisa de autorização do município, que resiste à ideia.
Rui Costa, por meio da assessoria da Casa Civil, diz que o modelo alimentador proposta pelo governo baiano assegura tarifa mais barata. Para ele, a proposta do município de “cobrar R$ 1,40 pela tarifa de ônibus alimentador e acrescentar a passagem do metrô no bolso da população inviabiliza o sistema”. E acrescenta: “Na nossa proposta, a passagem (do ônibus alimentador) sairia por R$ 0,95”.
Costa diz que é falsa a polêmica de que o usuário do ônibus vai subsidiar o metrô. “Ao contrário, o preço das tarifas será subsidiado pelo governo e o povo vai ter o modelo mais barato, economizando R$ 0,50 por viagem”. Para Aleluia, esse cálculo fará com que 70% dos usários subsidiem o metrô.