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No caso específico, residir em Salvador é desprestigiar Ilhéus e os ilheenses, além de fragilizar as condições de dar respostas tão rápidas às questões postas ao desafio da prefeitura.

Editorial de hoje do jornal Agora, reproduzido pelo Ilhéus 24h e por este blog.
Em Ilhéus, o prefeito Jabes Ribeiro, tudo indica, avaliou equivocadamente o comentário a respeito de não morar em Ilhéus, mas em Salvador. Nascido pequeno, mero disse-me-disse, foi visto como um fuxiquinho inconsequente, mas cresceu, multiplicou-se, ilustrou discurso oposicionista na Câmara de Vereadores e ganhou as ruas. A consciência de que o chefe do governo municipal “chega em Ilhéus na segunda à tarde e retorna para Salvador ao final de toda quinta-feira” (nos termos em que o vereador Alisson Mendonça pôs a questão), preocupante, não teve resposta do prefeito – o que pode ser outro equívoco.
Ainda em análise na Câmara Federal, o assunto, distante das discussões intermináveis que tende a gerar no parlamento brasileiro, poderia, se fôssemos outro país, ser resolvido no âmbito do bom senso, e esse diz que o prefeito precisa residir nas fronteiras do município que dirige. É injustificável que seja de outro modo, pois a moradia entre os munícipes o torna mais próximo dos problemas da comunidade. No caso específico, residir em Salvador é desprestigiar Ilhéus e os ilheenses, além de fragilizar as condições de dar respostas tão rápidas às questões postas ao desafio da prefeitura.
Esta visão, estribada no bom senso, independente de leis novas ou antigas, também foi incorporada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que tem recomendado aos estados não permitirem essa flexibilização, no caso de juízes e promotores: esses profissionais do Direito têm sido pressionados a residir nas comarcas onde atuam – como forma de se postarem mais ao alcance da população. Se é assim com a Justiça, a analogia se faz ruidosa: o lócus do prefeito é o limite territorial do município onde é exercido o mandato – isto qualquer pessoa de bom senso percebe.
Ilhéus precisa ouvir do seu prefeito a versão oficial dessa história. Se acaso a morada do dirigente ainda é em Salvador (assim era antes da eleição), que se assuma essa verdade, com o resultado que ela possa gerar, se não, forneça o endereço em Ilhéus, para por cobro às especulações.

4 respostas

  1. ou vidão para quem ficou sem “morder” o osso durante 8 anos, agora o povo tem que se manifestar, porque já passamos dos 100 dias e até agora não mostrou para que foi eleito. Agora pergunto,será que o ministário público não pode averiguar esta conduta e formular uma denûncia a justiça? Também o nosso TCM pode fazer um levantamento minucioso destas diárias e lavrar um termo de ocorrência para que o alcaide venha a devolver estas “diárias” que vem recebendo para ir a capital passeiar ou morar. Enquanto isso as ruas estão cheia de buracos e os postos de saúde sem o material para fazer um curativo. Triste Ilhéus, cadê os nossos vereadores, por muito menos afastaram Valderico.

  2. O pessoal Jornal Agora concerteza não é leitor do Blog Agravo, o primeiro Blog a puxa o assunto, e reproduzido pelo Blog Pimenta, que rendeu uma nota pública da prefeitura rebatendo as diárias e passagens, mas não a moradia do prefeito.
    Justiça seja feita, o assunto não começou nas ruas, e muito menos mero disse-me-disse. O Blog Agravo quando publicou a matéria tinha e tem uma carta da manga, que comprova residência do prefeito na capital.
    Um forte abraço aos colegas desse grande Blog, que para mim, é o maior da Região.
    Segue o Link que do Blog Agravo sobre o assunto : http://www.agravo.blog.br/jabes-ribeiro-o-prefeito-forasteiro/
    Jamesson Araujo
    Editor do Blog Agravo

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