Tempo de leitura: 2 minutos

Manu BerbertManuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

Senti-me sentadinha na plateia de um grande circo, onde palhaços adentraram o picadeiro com roupas coloridas e armaram seu show.

Aconteceu no futebol, mas poderia ter sido em qualquer outro campo: tomada pela dor da derrota, a grande torcida do Bahia clamou pela saída do Presidente Marcelo Guimarães Filho. Unidos, principalmente nas redes sociais, julgam que Marcelinho use o clube a favor de interesses pessoais, deixando de investir a grana como deveria.
O deputado Estadual Uziel Bueno, autor do bordão ‘O sistema é bruto’, saiu na frente e achou que instalaria a CPI do Futebol. Esperava, além de agradar a torcida tricolor, vasculhar a utilização do dinheiro público no futebol baiano, e isso incluía a reforma da Fonte Nova e o Governo do Estado. Até aí tudo bem.
Acontece que, aos 45 minutos do segundo tempo, no momento da apresentação do requerimento, o árbitro da imoralidade levantou a bandeirinha: das 24 assinaturas conseguidas anteriormente por Uziel só restaram 18, já que seis parlamentares simplesmente retiraram seus nomes. Frustrada, me questiono que tipo de gente nos representa: homens e mulheres que não honram a própria palavra e/ou assinatura. Na minha humilde opinião, simplesmente não merecem o cargo e a função que exercem.
Nem Arena Fonte Nova, nem Barradão. Senti-me sentadinha na plateia de um grande circo, onde palhaços adentraram o picadeiro com roupas coloridas e armaram seu show. A impressão é de que alguém sussurrou lá do fundo “Ei, psiu, no circo vizinho o cachê é maior”, e eles recuaram. Respeitável público, sejamos realistas: estamos mesmo fadados à decadência!
Manuela Berbert é jornalista, publicitária e colunista do Diário Bahia.

8 respostas

  1. Lamento sobretudo que a analogia do circo seja continuamente utilizada para representar coisas ruins. O talento de artistas populares, propagandeadores da cultura sai diminuído toda vez que um nariz de palhaço é usado num protesto ou chamamos um espaço de corrupção de circo.

  2. Manu o correto seria:
    “Senti-me SARDINHA na platéia de um grande circo, onde palhaços adentraram o picadeiro com roupas coloridas e armaram seu show.”

  3. Felipe, você tem TOTAL razão!
    Essas pessoas, que se acham formadoras de opinião, que lutam a favor da moralidade política, deveriam expressar sua indignação na política local.
    Primeiro vamos cuidar da nossa casa, depois a do vizinho!!
    A imprensa local, muitas vezes apadrinhados por “canalhas públicos”, os “jornalistas”, às vezes sem autonomia ou imparcialidade, não LUTAM pela nossa cidade. Eu imagino que TODOS aqui, TODA classe social, todo segmento, estão satisfeitos com TOTAL abandono e descaso que acontece aqui.
    Eu gosto muito de usar a palavra hipocrisia, porque é a que convém!!!
    Isso, Felipe, coitado dos palhaços!!! Coitado também, quem acredita em factóide!!!!

  4. Zelão, diz: – No “Circo dos Horrores” a Decadência Já Começou!
    Cara Manuela;
    Somos por vezes infelizes nos comparativos, notadamente, quando os fazemos entre as ações dos humanos, nesse caso específico, entre a “arte circense” – por mais mambembe que seja – e o espetáculo diário protagonizado pelos políticos brasileiros, que em uma simples análise, diferentemente da arte circense, mais se assemelha a um “espetáculo de terror.”
    Enquanto no circo os verdadeiros artistas (palhaços), nos faz sorrir, os políticos, nas suas apresentações por vezes; meramente demagógicas e em outras; explicitamente corruptas, fazem o povo – mero espectador atônito – sofrer e chorar.

  5. Leoa da barra:
    E vc se sentiu um carnavalesco hoje na arena Sapucaí, hein? Desfilou pela salgueiro, ainda viu a mangueira entrar! Se acham grande coisa, mas vcs historicamente são umas carniças. Não esquecem o Bahia, mas possuem uma coleção de fiascos muito maior que o tricolor, sem a metade de suas glórias! Vicetoria da Bahia, verdadeira MERDA, isso que é!

  6. Têm O Circo e têm O Circo ,portanto existem diferença: este circo cujo texto que autora retrata,este vem numa escala ascendente e,o que é degradante nivela a nossa sociedade por baixo. Os (63) deputados é a sombra do que é a nossa sociedade!
    O Circo que está em decadência foram aqueles que sempre levavam à alegrias a vila de Mutuns,no final da década de 60,pra mim entrar no circo,eu tinha que no final da tarde,andar atrás do palhaço e depois o mesmo, pitava um número no braço o que era o ingresso,eu nem lavava o braço para não apagar a tinta.
    O circo do texto,eu prefiro chamar de representante da banda podre da sociedade,todavia, convenhamos que a sociedade existem
    segmentos de pessoas probas e salva-se algum deputado.
    Na realidade eu prefiro o circo de Batatinha.
    Todo mundo vai ao circo
    Menos eu, Menos eu
    Como pagar ingresso
    Se eu não tenho nada
    Fico de fora escultando a gargalhada
    A minha vida e um circo
    Sou arcobrata na rua
    só não posso é ser palhaço
    porque eu vivo sem graça!
    Oscar da Penha,O príncipe do samba na Bahia.
    BATATINHA. 1924-1997.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *