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Na foto de Evilásio Jr, do Bahia Notícias, são identificados os agressores. Soldado à frente atacou com spray e PM ao fundo ameaçou.
Na foto de Evilásio Júnior, do Bahia Notícias, são identificados os agressores. Soldado à frente atacou com spray e PM ao fundo ameaçou.

Repórteres foram detidos ou agredidos pela polícia militar durante a cobertura jornalística das manifestações ocorridas hoje (22) em Salvador. De acordo com os relatos, os profissionais foram agredidos enquanto estavam cobrindo apreensões de menores ou questionavam detenções de colegas. Os atos da polícia foram criticados pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba), que emitiu nota.
A nota cita as detenções ou agressões aos repórteres Francis Juliano e Evilásio Júnior, ambos do Bahia Notícias, e Tiago di Araújo, do iBahia (Rede Bahia). Francis Juliano foi detido pela PM ao questionar policiais militares que espancavam um fotógrafo. O colega, Evilásio Júnior, foi agredido verbalmente, levou empurrões e spray de pimenta no rosto no mesmo episódio. Segundo os profissionais, a violência policial foi ordenada pelo capitão identificado como Themístocles.
Já o repórter fotográfico do Ibahia, Tiago di Araújo, foi obrigado pela polícia a apagar fotos da abordagem e apreensão de menores feita por uma guarnição da PM. Segundo o profissional, os policiais ameaçaram apreender a máquina se as imagens não fossem apagadas, episódio ocorrido nos Barris.
A nota do Sinjorba é assinada pela presidente, Marjorie Moura, que critica os abusos e a falta de profissionalismo dos que “atuam nas ruas para manter a ordem pública”. Confira a íntegra da nota no “leia mais”, abaixo. O governador Jaques Wagner nem o comando-geral da PM se pronunciaram quanto às agressões aos jornalistas. O “pau comeu” para que a região da Fifa (entorno do Estádio Fonte Nova) não fosse “invadida” pelos manifestantes.

Sinjorba repudia prisão e agressão a jornalistas pela Polícia Militar da Bahia
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) protesta vigorosamente contra atos de repressão praticados neste sábado (22/06), por policiais militares contra os jornalistas Francis Juliano, Evilásio Júnior e Tiago di Araújo durante a repressão a manifestantes na região do Iguatemi. O repórter Francis Juliano, do Bahia Notícias, foi preso e conduzido para a 16ª Delegacia Territorial, na Pituba ao questionar a policiais sobre o motivo de espancarem um fotógrafo. Em seguida, o editor-chefe Evilásio Júnior foi agredido com palavrões, empurrões e spray de pimenta no rosto, por determinação do capitão PM Themístocles.Os policiais, além da prisão arbitrária, agrediram os jornalistas com palavrões. Policiais também forçaram na região dos Barris, o fotógrafo Tiago di Araújo, do Ibahia, a apagar fotos de sua máquina sobre a repressão ao movimento de protesto.Além do registro público das agressões, o Sinjorba encaminhará ao Governo da Bahia protesto formal e também solicitará ao Ministério Público Federal, que já avalia excessos cometidos pela PM na repressão aos manifestantes, solicitação de apuração dos fatos.O Sinjorba apoia as manifestações do povo brasileiro realizadas ao longo dos últimos dias, pedindo respeito à integridade física e ao direito de expressão garantidos pela Constituição Brasileira. É função dos jornalistas registrar os fatos decorrentes da ida da população às ruas e quando esta atividade é cerceada pela brutalidade policial, trata-se de um grave sintoma da tentativa de encobrir o descontrole, abuso de autoridade e falta profissionalismo dos que atuam nas ruas para manter a ordem pública.Salvador, 22/06/2013.
Marjorie da Silva MouraPrsidente do Sinjorba

10 respostas

  1. É o cavalo do cão. Cada vez mais sintonizado com o “outro mundo” o Governador Jacques Wagner é o herdeiro legítimo do “Pater Gentis” ACM. As práticas são cada vez mais parecidas e a Guarda Pretoriana é tal qual “aquela”.
    Ave Caesar morituri te salutant!
    É de fazer corar o cidadão esse remake de ditadura onde se mete borracha na imprensa, rouba-se o direito à informação, pisoteia a Constituição brasileira. O ovo da serpente está sendo chocado, abra o olho povo baiano!

  2. Será que a polícia de wagner é diferente da de alckmim. Nessa horas a horda petista fica quietinha, escondida. Qual o motivo? Porrada é porrada em qualquer lugar!

  3. Só depois de ter profissionais atingidos no meio dos protestos, alguns jornalistas adotaram o que é norma mundial, usar colete se identificando como imprensa. Até em países pobres e atrasados os jornalistas usam este colete. Mas no Brasil parece que se acham acima de tudo ou conhecidos demais. Muitos fizeram tudo errado, inclusive se enfiando no meio dos manifestantes ou de policiais em ação. Não é assim que se cobre protestos ou conflitos, muito menos sem identificação adequada. Nem a polícia nem manifestantes tem obrigação de saber quem é jornalista. (Transcrito)

  4. Com todo respeito ao veterano camarada Adervan, mas, tão velho quanto o meu Gulag é reivindicar essa burocrática normatização, tão ultrapassada quanto o conceito emissor-mensagem-receptor. Essa nova forma de fazer comunicação se estabeleceu e colocou a mídia impressa à nocaute. Na era da revolução digital qualquer cidadão é produtor de conteúdo jornalistico. Caso a corporação goste ou não.

  5. A imprensa se julga acima de todos, inatacável, dona da verdade e imaculada. Na cobertura de episódios como esses, os seus agentes imaginam transitar entre os envolvidos como fantasmas que não serão atingidos por nada, como verdadeiros imortais ou deuses. E, agora, até os que não estão identificados como imprensa se imaginam com os mesmos pseudo poderes. Ou seja, o cara joga pedra nos policiais, em seguida pega o celular para filmar, quando o policial se aproxima para prendê-lo diz que é jornalista, e sai gritando “abaixo a repressão”. É a mais pura anarquia.

  6. Os meliantes policiais,zombaram de Cristo!
    A própria Instituição policial brasileira,a mesma não se dão conta que seus métodos são ultrapassados para conviver como civilizados.
    A instituição policial brasileira,ela é constituída para lidar com bandidos e meliantes da sociedade.
    A instituição polícia militar do Brasil,não tem nenhuma habilidade de lidar com a sociedade do bem: às famílias,crianças,cidadão e cidadã probos do país.
    A instituição policial do Brasil,a mesma ver quaisquer pessoa como meliantes e bandidos,pensão que a sociedade são todas fixadas na polícia.
    Imagine o que os bandidos fardados são capazes de fazer com a nossa sociedade!
    Convenhamos que a nossa sociedade tem a banda podre,o que as polícias do Brasil é pior que nem banda as tens!
    “olha só a cara desses cães raivosos,porteiro de Casa Grande,oriundas das Zenzalas.” Perfeito,comentarista,Ricardo Seixas.
    A sociedade brasileira precisa urgente transformar as polícias do Brasil,esta que ai se encontra,vão para o museu.
    Instituir uma polícia que a sociedade amem!

  7. Continuo dizendo: Aqui na nossa terrinha cada um faz o que quer e se sente algo muito importante. Policiais, vocês estão errados pois não não às ruas com o ultrassom e raio “x”, bolas de cristal ou varinhas de condão ( a da fadinha)… Então tá, intelectual da “Sibéria”, meta-se sem a devida identificação como “jornalista” em um conflito e veja no que dá… Vá cobrir uma guerra sem o colete “IMPRENSA” e fique esperando “compreensão”… Ora, deixemos de amadorismo !!!

  8. Continuo...,
    Pois bem “Contínuo” não me consta que foi decretado Estado de Exceção no Brasil onde se limitam direitos individuais, tornando ilegais as manifestações políticas e o direito constitucional à livre expressão. Afinal de contas, somos uma democracia? Você criminaliza o cidadão que participou daquela manifestação quando dá aval para a policia militar meter o cacete em quem estiver pela frente, pois qualquer um pode ser um “suspeito” em potencial. Você então legitima a ação da policia Militar da Bahia quando define a truculência e o despreparo como tática de guerra?! Não sou intelectual, mas daqui do meu mocó, na periferia de Itabuna, penso que os nossos governos vomitam a palavra democracia mas não tem o mínimo preparo para lidar com ela na práxis.

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