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Do Blog do Noblat
Há pouco, de passagem pelo bairro do Flamengo, a multidão que desfila com o bloco Orquestra Voadora gritou a plenos pulmões: “Ei, Cabral, vai tomar no …”
Como os cariocas são irreverentes, não são?
Os baianos, mesmo autoridades baianas, também são irreverentes.
Na última quinta-feira, na entrada do camarote da banqueteira Marta Goes, na Barra, a primeira dama da Bahia, Fátima Mendonça, reagiu assim à multidão que vaiava seu marido, o governador Jacques Wagner: deu o dedo para a multidão.
Comentário de Wagner feito no calor dos acontecimentos:- Eu me contive. Mas Fatinha, que tem mais liberdade, reagiu dessa forma.
Fatinha  explicou:- Vaiar, todo mundo pode. Mas eu também tenho o direito de reagir.

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Ricardo RibeiroRicardo Ribeiro | ricardorib@outlook.com
 

O peemedebista diz que não pleiteia nenhuma outra candidatura que não a de governador, descartando de bate-pronto a postulância ao Senado. Paulo Souto nada diz e segue – como diria Paulinho da Viola – tal qual “velho marinheiro, que, durante o nevoeiro, leva o barco devagar”.

 
O Carnaval chega ao fim e as oposições baianas atravessaram o circuito da folia sem definir quem irá puxar o bloco. Nem estava previsto que tal anúncio viesse a ocorrer, portanto não há que se falar em quebra de expectativa.
Aliás, ocorreu tudo dentro de um samba-enredo já bem conhecido. Do PMDB, um Geddel afoito como sempre, sem titubear e afirmando que sai do Carnaval mais candidato do que nunca; do DEM, um Paulo Souto sisudo, tenso e circunspecto, sem dizer se vai ou se fica, se quer ou se não quer.
Fala-se que ACM Neto sempre quis Paulo Souto e lhe deu a preferência. Até que este declinou da candidatura,  vindo depois a aceitá-la como obrigação partidária. Porém, a esse ponto Geddel já havia se habilitado a ocupar o posto do aliado vacilante e desde então uma nuvem de conflito paira sobre a unidade das oposições.
O peemedebista diz que não pleiteia nenhuma outra candidatura que não a de governador, descartando de bate-pronto a postulância ao Senado. Paulo Souto nada diz e segue – como diria Paulinho da Viola – tal qual “velho marinheiro, que, durante o nevoeiro, leva o barco devagar”.
Pode haver algo calculado nessa atitude low profile, talvez uma intenção de demonstrar sobriedade, quem sabe um quê de maturidade e sabedoria. No entanto,  às vezes aparenta certa falta de vontade, enquanto esta sobra em Geddel e ele não esconde. Muito pelo contrário.
Não se sabe se isso terá alguma influência na definição de uma candidatura, mas o fato é que, na vitrine do Carnaval, o PMDB aproveitou melhor o espaço para expor seu produto.
Ricardo Ribeiro é advogado.