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Um vídeo no Facebook revela o descaso de um hospital filantrópico de Itabuna, o Manoel Novaes, no atendimento a uma mulher em trabalho de parto. O caso ocorreu no final da noite domingo e início da madrugada de ontem (9), quando Arleiane Oliveira dos Santos, clamou por atendimento na recepção do hospital, após ter sido negado atendimento também na Maternidade da Mãe Pobre (Esther Gomes). Um internauta que estava com a esposa no hospital filmou as cenas e postou no Facebook.
De acordo com as testemunhas, uma enfermeira orientou a amiga de Arleiane a procurar outro hospital, pois a médica de plantão, Luciana Leite, estava fazendo um parto e os leitos estavam ocupados. A enfermeira é acusada de não prestar “qualquer tipo de atendimento” à vítima.
Confira o vídeo

“Neste mesmo tempo, outra paciente que estava grávida e se comoveu com a situação, conseguiu passar pelo vigilante que fica guardando a porta (ela que não quis revelar o nome), relatou a todos presente na recepção que tinha ido falar com a enfermeira que se possível pagaria um atendimento particular para a Arleiane, pois temia que a criança nascesse antes que ela chegar em casa. A enfermeira expulsou a mulher do interior do hospital ( enfermaria), e de uma forma muito grossa assediou moralmente o vigilante reclamando que ele estava deixando qualquer pessoa entrar na área da enfermaria”, relatou o internauta William Oliveira.
Após mais de duas horas de gritos, clamor por atendimento, a bolsa da jovem estourou. Segundo William, que gravou a tudo, houve grande correria e mais de 30 pessoas que estavam na recepção pediam para que Arleiane fosse atendida. O trabalho de parto começou dezessete minutos, após o estouro da bolsa, quando se podia ver os pés e joelhos do bebê prematuro.
– Uma paciente ouvindo os gritos de socorro saiu da enfermaria sendo que esta estava com uma criança de mais ou menos quatro meses, deixou sua filha com um desconhecido e começou a tentar puxar a criança que estava nascendo, saiu o tórax, mãos, ombro, e a criança esta se mexendo mesmo com a mãe não tendo quase força, porem pelo motivo do parto espontâneo ter acontecido primeiro pelos pés e não na forma corriqueira, quando chegou a parte da cabeça o canal vaginal se fechou e a criança morreu estrangulada, todos viram o corpo da criança se debatendo por cerca de uns três minutos.
Uma enfermeira, relata o internauta, saiu para atender a mãe à 1h47min de ontem. “Vendo que ela não teria nada mais o que fazer, tirou o pano e cobriu a criança que estava ainda pendurada pela vagina da mãe”.
A médica de plantão, segundo as testemunhas, teria corrido para prestar atendimento, quando foi informada que a paciente era a mesma a quem ela disse havia dispensado. Arleiane foi atendida já às 2h07min, levada para a enfermaria do hospital em uma maca, conforme o relato.

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