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Debate promovido pela Record Bahia reuniu os seis candidatos (Reprodução).
Debate promovido pela Record Bahia reuniu os seis candidatos (Reprodução).

As gestões do PT e do DEM na Bahia foram os principais alvos de críticas dos candidatos ao governo baiano no debate do final da noite de ontem na TV Itapoan/Rede Record. Sobrou até para as gestões de ACM Neto (Salvador) e José Ronaldo (Feira de Santana) por causa da alta de até 1.000% do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
O debate começou com críticas centradas em Paulo Souto (DEM), desferidas por Marcos Mendes (PSOL), ao lembrar das privatizações feitas pelo DEM (ex-PFL), dentre elas Coelba e Baneb, além da tentativa contra a Embasa. “Os candidatos deveriam se preocupar com as altas tarifas da Embasa”, respondeu Souto.
Mendes voltou a mirar Souto ao perguntar se o democrata iria pagar a correção da URV aos servidores, caso assumisse o governo. O candidato do DEM disse que seguiria Rui Costa e pagaria após o Supremo Tribunal Federal (STF) se posicionar quanto ao pagamento. “A questão da URV é muito simples. Concordo até com o Rui Costa. É ver a decisão do Supremo”.
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O momento mais tenso do debate foi quando Mendes pediu que Souto deixasse de “enrolação” e respondesse se pagaria ou não a URV. Souto pediu respeito ao psolista. Para ele, pagar, só após conhecida a decisão do STF.
RUI X SOUTO
Souto e Rui tiveram apenas um confronto no debate. Rui perguntou sobre infraestrutura e mobilidade. O democrata disse que Rui era urbano e não conhecia as suas obras no interior. Citou o Bahia Azul, na área de saneamento, e ironizou o fato de o governo de Wagner ser do mesmo partido de Dilma Rousseff e não duplicar as BRs 101 e a 324. Lembrou que a Oeste-Leste está pronta, mas não vai ter Porto Sul. A obra do porto, em Ilhéus, deve ficar pronta em cinco anos.
Rui citou que o contrato do Bahia Azul, firmado por Paulo Souto, ficou R$ 100 milhões mais barato “em uma só reunião”, assim que Wagner assumiu. Ele citou ações na capital e no interior do estado. “Apesar do senhor [Paulo Souto] torcer contra o Porto Sul, tenho excelente notícia. Vamos fazer, além da ferrovia, o Porto Sul e a duplicação da Ilhéus-Itabuna”. Rui ironizou Souto pelo fechamento do aeroporto de Feira de Santana. “O aeroporto que o senhor fechou, está funcionando”.
O democrata se defendeu da acusação quanto ao contrato do Bahia Azul. “Foi simplesmente transferência de recursos”, disse, denunciando que o estado paga valor integral pela utilização do emissário submarino, mas utiliza apenas 50%. “Vocês vão ver que esse recurso é extremamente vultoso”.
LÍDICE X MALLET
O debate teve momentos de tensão envolvendo Lídice da Mata (PSB) e Renata Mallet (PSTU).  A Mallet disse que DEM e PT têm telhado de vidro e “são corruptos porque eles recebem, primeiro, dinheiro das empresas”. Mas voltou a citar que Lídice também recebe financiamento privado de campanha e, por isso, tem rabo preso. Lídice solicitou e obteve direito de resposta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O confronto foi dividido em dois blocos. O último, mais curto, serviu para as considerações dos candidatos. Marcos Mendes afirmou que o PT decepcionou, mas não dá para voltar ao passado (DEM). Aproveitou para propagandear que o PSOL “tem melhores deputados e senadores. Por que votar em candidatos corruptos, se você pode votar nos melhores?”.
Lídice da Mata disse que quer ser governadora para investir em segurança pública, saúde e educação. “Pobres, brancos, ricos, negros, todos temos as mesmas potencialidades, mas as oportunidades são diferentes. Quero ser governadora para dar essa oportunidade”.
Rui Costa ressaltou ser do mesmo partido de Dilma e Lula, fazendo parte de projeto político que, segundo ele, “vem mudando a cara do nordeste brasileiro e da Bahia”. “A Bahia pode muito mais e quer mais. Quer governador com iniciativa, com raça para buscar os projetos. Quero ser o novo governador de uma nova Bahia. Para isso, tenho certeza que você que vai votar na Dilma, Rui e no Otto Alencar (senador)”.
Candidato do Democratas, Souto ressaltou a necessidade de “recuperar os serviços públicos essenciais que dizem respeito à vida da população”. Ele citou dados como 37 mil homicídios em 8 anos e a crise na saúde. “O estado apresenta queda nos seus índices educacionais. Saúde, educação e segurança pública, o governo falhou”.
Renata Mallet (PSTU) citou a dificuldade do cidadão para ter transporte público de qualidade. “Mude a realidade, mude a política, mude o seu voto. Nós somos o único partido da presidência ao deputado que não recebe financiamento privado de campanha, somos independentes”.
Da Luz (PRTB) ressaltou a necessidade de fazer promessas que possam ser cumpridas. “Gestão é coisa séria. Nós temos um estado que tem dinheiro, mas nós temos que economizar cada centavo, para que esse dinheiro chegue até você, que é quem paga a conta e somente de uma maneira técnica e eficiente que poderemos fazer essa administração para o seu bem”.

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