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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Na última campanha, o assunto gerou polêmica nas redes sociais. Numa postagem, um internauta destilou veneno contra a vereadora Fabíola Mansur afirmando que a candidata à deputada estadual fazia propaganda enganosa.

O jovem João Maria de Bragança se decepcionou quando viu pela primeira vez a menina Carlota Joaquina, filha do rei da Espanha, com a qual deveria se casar por imposições familiares. Até aquele momento, ele a conhecia apenas através de pinturas de generosos artistas. Carlota, para o padrão de beleza, era “feia de doer”. O futuro Dom João VI balbuciou num lamento: “Fui enganado.”

Surgiu a fotografia, no século XVIII, evitando tais constrangimentos. No entanto, recentemente inventou-se a possibilidade de novo artifício, o Photoshop, utilizado exageradamente nas campanhas eleitorais. Estes magos da imagem deixam candidatos (as) sem rugas, dentes alvos mais que a neve e remoçam jornalistas em outdoors que anunciam programas de rádio e TV.

Na última campanha, o assunto gerou polêmica nas redes sociais. Numa postagem, um internauta destilou veneno contra a vereadora Fabíola Mansur afirmando que a candidata à deputada estadual fazia propaganda enganosa.

O assunto foi pauta de uma reunião entre Fabíola e sua assessoria. Decidiram não responder as provocações, mas foi publicado na coluna Tempo Presente, assinada pelo jornalista Levi Vasconcelos, no jornal A Tarde.

A candidata leu e telefonou:

– “Olha, seu Levi, tem muito jornalista também abusando do photoshop, viu?”.

Levi foi um dos que teve a foto espalhada em outdoors em anúncios sobre debates nas eleições.

O famoso profissional já havia sido questionado sobre fotografia e realidade. Dona Angélica, proprietária de uma banca de revista na Pituba, em Salvador, abriu uma edição do jornal A Tarde e indagou:

– Seu Levi, posso lhe fazer uma pergunta?

– Claro.

– Nesta foto o senhor era bem mais moderno, não era?

Me antecipando, sugiro ao diretor deste blog, Davidson Samuel, que, na próxima semana, substitua minha foto…

Marival Guedes é jornalista e escreve no Pimenta às sextas-feiras.

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A 11ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã de hoje (10) pela Polícia Federal, investiga a existência de um esquema criminoso de fraude em contratos de publicidade do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal. Segundo a PF, as novas investigações revelam que o deputado cassado André Vargas (sem partido-PR) é suspeito de receber propina da agência de publicidade Borghierh Lowe Propaganda e Marketing Ltda., responsável pelas contas publicitárias do banco estatal e do Ministério da Saúde.

André Vargas foi um dos sete presos hoje pela PF. Além disso, a Justiça Federal no Paraná decretou o sequestro de uma casa do ex-deputado em Londrina (PR). Além do ex-petista, foram presos preventivamente os também os ex-deputados federais Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE) – condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Foram levados ainda para a Superintendência da PF, em Curitiba, Leon Vargas, irmão de André Vargas, Ivan Vernon da Silva Torres, Elia Santos da Hora (secretária de Argôlo) e Ricardo Hoffmann, diretor da agência Borghierh Lowe Propaganda.

“Em síntese, a agência de publicidade Borghierh Lowe Propaganda e Marketing Ltda teria contratado serviços das empresas E-noise, Luis Portela, Conspiração, Sagaz e Zulu Filmes para a realização de serviços de publicidade para as referidas entidades públicas [Caixa e Ministério da Saúde], e as orientado a realizar pagamentos de comissões de bônus de volume nas contas das empresas Limiar e LSI controladas por André Vargas e seus irmãos”, informa trecho do despacho do juiz federal 13ª Vara Federal de Curitiba Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes da Lava jato.

Deflagrada em março do ano passado para investigar um esquema de corrupção em contratos da Petrobras envolvendo as maiores empreiteiras do país, além de partidos e agentes políticos, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal passam, agora, a investigar esquemas criminosos em contratos em outros órgãos públicos sem relação direta com a estatal de petróleo. “A partir de agora, os contratos de publicidade passam a ser um dos focos de investigação da Lava Jato”, disse o delegado federal Márcio Anselmo.

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Claudiana Correia, da Secretaria de Saúde de Itabuna, por meio de assessoria, diz não ter recebido reclamação relativa a perseguições a servidores na Unidade Básica de Saúde Roberto Santos, no Santo Antônio. Porém, diante da denúncia feita no blog, prometeu apurar o caso “com o rigor exigido”. Servidores reafirmam a denúncia e ter comunicado, verbalmente, à diretora.

O secretário de Saúde, Eric Ettinger, também tem sido colocado a par da situação. O espaço está aberto para que a diretora da unidade apresente, caso queira, a sua versão.

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Governo baiano e Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) criaram plano de ação para combate a crimes contra caixas eletrônicos. De acordo com o governo, o plano prevê ampliação do monitoramento por meio de câmeras de segurança e tinturação de cédulas em caso de explosão de caixas.

Ontem, o governador Rui Costa e o presidente da Febraban, Murilo Portugal, se reuniram para discutir as ações. Do encontro, também participaram o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa. “Decidimos ampliar a integração entre o governo e os bancos, sejam eles públicos ou privados, para reduzir os crimes que colocam em risco a segurança de todos os cidadãos e das instituições bancárias”, comentou Rui.

Rui já havia encaminhado carta ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e ao presidente do Conselho Diretor da Febraban, Roberto Egydio Setúbal, solicitando articulação entre as instituições para promover uma série de ações de prevenção e combate a crimes contra bancos.

Segundo Rui, o governo está atuando “fortemente nesta questão”. Ele cita forças-tarefa e o incremento do policiamento ostensivo em períodos críticos, que resultaram na prisão de 582 pessoas, em 117 resistências à prisão, e no desmantelamento de 78 quadrilhas”. Entre 2011 e 2014, disse o governador, foram apreendidas 1.729 unidades de explosivos e 386 armas de fogo na Bahia.

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Argôlo foi preso em nova fase da Operação Lava Jato.
Argôlo foi preso em nova fase da Operação Lava Jato.

A Polícia Federal prendeu sete pessoas na 11ª fase da Operação Lava Jato, dentre elas o ex-deputado federal baiano Luiz Argôlo. A operação investiga esquema de corrupção na Petrobras e prendeu pessoas que tinham relação com o doleiro e delator Alberto Yousseff. Argôlo era do PP e filiou-se ao Solidariedade em 2013.

Além de Argôlo, também foram preso o ex-deputado federal André Vargas (ex-PT), o irmão Leon Vargas, o ex–deputado Pedro Correa, do do PP, Ivan Mernon da Silva Torres, a ex-secretária de Argôlo, Elia Santos da Hora. Outro preso na operação foi o publicitário Ricardo Hoffmann.

A Polícia Federal cumpriu, hoje, mandados de prisão em sete estados, incluindo Bahia, Paraná e São Paulo e Pernambuco.

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marco wense1Marco Wense

Sem nenhum deboche, confesso que fico na dúvida sobre a banda podre que mais fede, se a do PT ou do PSDB. Se existisse um aparelho para aferir, o nome seria “Fedômetro”.

O deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB), com certeza entre os mais aguerridos parlamentares do tucanato e da oposição, sabe que “pau que dá em Chico também dá em Francisco”.

Bastava só a condição de parlamentar para obrigá-lo a esclarecer qualquer denúncia em relação a sua vida pública. Como vice-presidente da CPI da Petrobras a responsabilidade é maior.

O que se espera do tucano é uma explicação convincente sobre o desvio de R$ 166 milhões nas obras do metrô de Salvador durante sua gestão como prefeito.

Em vez de interpelar judicialmente quem o acusou, Imbassahy se defende usando o simplório argumento de que “as denúncias são vazias”. Só faltou dizer que tudo não passa de mais uma “intriga da oposição”.

Ora, ora, se são acusações sem provas, se é mentira, então processe o deputado Afonso Florense (PT) por crime de calúnia e difamação, dando um chega pra lá no “quem cala, consente”.

Bobagem é ficar dizendo que foi “reiteradas vezes escolhido o mais avaliado prefeito do Brasil”, como se um bom chefe de Executivo tivesse o privilégio da imunidade diante de qualquer acusação.

O então presidente Lula tinha uma invejável aprovação, mas era acusado pelos tucanos de ser complacente com os companheiros envolvidos no escândalo do mensalão, com a banda podre do PT, com os aloprados.

Em vez de ficar se regozijando, o tucano tem que mostrar que sua rodilha aguenta o pote, que faz parte do PSDB decente e não do tucanato da Lista de Furnas, do mensalão mineiro, da privataria tucana, metrô de São Paulo e das operações Castelo de Areia. Lava Jato e Zelotes.

Do contrário, o melhor caminho é a renúncia. A função de vice-presidente da CPI da Petrobras é incompatível com qualquer suspeita de desvio de dinheiro público.

Sem nenhum deboche, confesso que fico na dúvida sobre a banda podre que mais fede, se a do PT ou do PSDB. Se existisse um aparelho para aferir, o nome seria “Fedômetro”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.