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Alunos foram premiados, ontem, em solenidade no Rio (Foto Agência Brasil).
Alunos foram premiados, ontem, em solenidade no Rio (Foto Agência Brasil).

Da Agência Brasil

Mais de 18 milhões de estudantes de 46.711 escolas, de 99,41% dos municípios do país, disputaram as premiações da edição de 2014 da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). A entrega das medalhas ocorreu ontem (20), em cerimônia no Theatro Municipal, no centro do Rio de Janeiro. 501 alunos conquistaram medalha de ouro, 1.500 de prata e 4.500 de bronze.

Quando a competição começou, em 2005, eram cerca de 10 milhões de estudantes. Na avaliação do coordenador-geral da OBMEP e diretor adjunto do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA,) Cláudio Landim, a olimpíada é um projeto com grande impacto na qualidade do ensino da matemática. “Essa é uma grande contribuição, mostrando que a olimpíada é muito mais do que uma prova. Pode ser instrumento eficaz de mobilidade social no país”, comentou.

Landim destacou que além de participar da competição, os alunos que conquistam medalha de ouro podem passar por uma seleção e garantir bolsa para estudar em uma universidade do país, concedida pelo Instituto Tim, no valor de R$ 1,2 mil. A oportunidade pode se estender também para fora do país. “A primeira seleção foi feita este ano, e uma aluna escreveu dizendo que foi admitida para a Universidade de Helsinque [Finlândia], e gostaria de saber se pode continuar com a bolsa para prosseguir seus estudos. Isso mostra a qualidade da seleção que foi feita”, explicou.

TRIGÊMEAS CAMPEÃS

As trigêmeas Fábia, Fabíola e Fabiele Loterio, de 15 anos, estão no 1º ano do ensino médio e estudam na Escola Estadual Alice Holzmeister, na zona rural da cidade de Santa Leopoldina, no Espírito Santo. As jovens conquistaram medalha de ouro na olimpíada de 2014. Para as três, o estudo de matemática ficou muito mais fácil e agradável depois que começaram a participar da olimpíada, em 2011.

Fabíola e Fabiele ainda não se decidiram sobre o curso que vão fazer na universidade, apesar de saberem que será algum na área de ciências exatas, mas Fábia não tem dúvida. “Eu quero fazer matemática”, contou.

Fábia disse que participar da olimpíada abre portas para vários caminhos e mostra como o estudo pode mudar a vida do estudante. “Passei a gostar muito mais de matemática. Sempre gostei, mas depois da OBMEP [o interesse] foi muito maior”, disse, revelando que estava emocionada em receber o prêmio.

Para Fabiele, a forma como a matéria é apresentada é que conquista o aluno. “Usa também mais lógica e força a pensar. Não é como na escola. É diferente”, analisou.

Todos os medalhistas de ouro têm direito de participar do Programa de Iniciação Científica (PIC), no qual durante um ano têm aulas de matemática aos sábados, das 8 às 17h, em universidades públicas do país. Eles recebem bolsas de R$ 100 por mês em recursos liberados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O ministro Aldo Rebelo informou que não haverá cortes neste investimento. “Tudo que há de compromisso já firmado pelo CNPq será mantido, inclusive as bolsas de iniciação científica”, assegurou.

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