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Rafael diz ter enterrado corpo do menino, após Marcos engasgar com mingau.
Rafael diz ter enterrado corpo, após Marcos engasgar com mingau.

Desaparecido desde a última sexta-feira (14), o garoto Marcos Vinícius de Carvalho dos Santos, 2, foi encontrado morto na tarde desta quarta (19), em Itapuã, em Salvador. O corpo dele foi achado em um areal próximo à Alameda Afrânio Coutinho, atrás do Tchê Caranguejo. A informação foi confirmada pelo delegado Antônio Carlos Magalhães Santos, da 12ª Delegacia (DT/Itapuã).

De acordo com o major Carlos Humberto, da 15ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Itapuã), o padrinho Rafael Pinheiro confessou envolvimento no caso após se apresentar na delegacia do bairro acompanhado do advogado. Ainda de acordo com o major, Rafael teria se mostrado arrependido e levou a polícia ao corpo.

Rafael disse à polícia que o menino estava se sentindo mal e ele resolveu dar mingau para a criança. Marcos Vinicius então teria se engasgado e acabou morrendo. Desesperado, o padrinho resolveu enterrar o menino no areal.

De acordo com o delegado Antônio Carlos Magalhães, ele foi preso em flagrante. A mãe da criança também compareceu à delegacia para ser ouvida novamente pela polícia. O caso será detalhado à imprensa nesta quinta (20). Inicialmente, Rafael informou à polícia que o menino desapareceu na feira do bairro quando os dois faziam compras juntos. A Polícia Civil foi acionada e trabalhava com duas hipóteses – que o menino tivesse desaparecido sozinho e outra de que tivesse sido sequestrado.

Marcos Vinícius tinha diabetes e intolerância à lactose e, por isso, necessitava de cuidados diários. O menino também estava com uma cirurgia marcada para o final do mês, para retirar um cisto no pâncreas.

“Marcos Vinicius é uma criança que tem problemas de saúde. Ele é uma criança que não tem muita mobilidade e o acesso a saída da feira tem escada. Então ele não teria condições de sair da feira sozinho”, contou a delegada Heloísa Simões, titular do Departamento de Proteção à Pessoa (DPP), responsável pela investigação, ontem.


O garoto estava vivendo com o padrinho Rafael Pinheiro no bairro de Itapuã há cerca de quatro meses. A mãe do menino, Fabiana, que mora em Itinga, disse que não podia cuidar do filho porque conseguiu um emprego como garçonete e seus turnos eram sempre à noite ou de madrugada.

“Estava desempregada, quando surgiu a oportunidade não deu para abrir mão. O padrinho do meu filho se ofereceu para tomar conta do menino e eu deixei porque ele sempre cuidou do menino com muito cuidado. Quando consegui outro emprego ou mudar de turno, vou pegar meu filho novamente”, contou Fabiana.

Ela disse que encontrava com o filho todas as terças, seu dia de folga. A jovem, que não via o filho desde dia 29 de julho, contou que estava em casa quando a mãe do padrinho do menino ligou avisando que Marcos Vinícius havia desaparecido. Informações do Correio da Bahia.

Uma resposta

  1. Atitude chocante mas deveras tipica de uma geração que não admite arcar com as responsabilidades de seus atos e acaba por cometer uma sucessão de erros na tentativa de se eximir do ônus do erro inicial. É a tal Cama de Gato.

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