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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Numa movimentação, o mediador Ramiro Aquino percebeu um revólver na cintura do médico Amilton Gomes. Esperou o intervalo e pediu que a arma lhe fosse entregue, discretamente, para ser guardada pelo segurança.

Dirigentes políticos se reuniram para definir a chapa majoritária nas eleições de 2004 em Juazeiro. Participaram Osmar Galdino (Jojó), presidente do PT, Joseph Bandeira, pré-candidato a prefeito ( PT), Paganini Nobre Mota, presidente do PMDB e Geraldo Andrade, coronel reformado da PM e dirigente do PSB.

A discussão foi sobre a vice, cargo disputado por Paganini e Geraldo Andrade, que fez uma pergunta afirmativa: “Eu sou o candidato a vice ou não sou?”

O argumento havia sido colocado em cima da mesa: um revólver calibre 38, carregado. Todos ficaram convencidos e o coronel foi escolhido por unanimidade.

Em Itabuna na campanha de 88 para prefeito, a TV Cabrália promoveu uma série de debates. Num deles, participaram os candidatos Aurélio Laborda, Dr. Zito, Jairo Muniz, Amilton Gomes e Fernando Gomes. Os dois últimos “em pé de guerra”.

Numa movimentação, o mediador Ramiro Aquino percebeu um revólver na cintura do médico Amilton Gomes. Esperou o intervalo e pediu que a arma lhe fosse entregue, discretamente, para ser guardada pelo segurança.

Cenas do debate histórico na TV Cabrália em 1988.
Cenas do debate histórico na TV Cabrália em 1988. Amilton, à direita, estava armado.

Joaci Góes, então Deputado Federal, quando brigou com o senador ACM, passou a portar uma arma. Ele conta que havia a expectativa de ser imobilizado pelos guarda-costas do senador para causar-lhe danos físico e moral. “Então, me preparei para matar ou morrer.”

O ex-presidente escritor José Sarney, quando presidia o PDS, foi com um “três oitão” ao congresso do partido, em 1984, discutir a candidatura de Maluf contra Tancredo.

Sarney articulava contra Maluf e quando chegou ao local poetizou: “estou armado e quem tentar me desmoralizar eu dou um tiro na cara.”

Ele confessou, anos depois, em entrevista ao programa Roda Viva e justificou que os malufistas “falaram que iam me tirar à tapa da presidência do partido, que iam arrancar meu bigode, cabelo por cabelo. Então, achei prudente que eu fosse armado. É chocante, mas é verdade. Não é do meu feitio”.

Outro destaque é o pastor Malafaia, admoestando ovelhas e carneiros a não denunciarem os ladrões: “Teu pastor é ladrão, é pilantra? Sai e vai pra outra igreja.” Encerra com duas frases, uma trágica: “Eu já vi gente morrer por causa disso”. Outra cômica: “Ungido do senhor é problema do senhor. Não é problema teu.”

Marival Guedes é jornalista e escreve crônicas aos domingos no Pimenta.

Uma resposta

  1. Argumentos, interação ou filosofar,nunca foi sinônimo de arma de fogo,muito antes da descoberta da pólvora a humanidade interagia,filosofava com robustos argumentos entre povos, gerações e culturas diferente.

    Com a descoberta da pólvora no século IX pelos chineses,dai por diante que surgiu as armas de fogos,as mesmas usadas para dominar e subjugar o oponente através da implantação do medo e terror.

    A arma de fogo é uma ferramenta pra defesa pessoal do indivíduo ou de outrem,uma vez que,alguém esteja ameaçado de uma agressão física ou ofensa pessoal,mas nunca de argumentos,interação ou filosofar no campo intelectual das ideias.

    Como exemplo citarei um fato que ocorreu aqui na nossa Terra; Em 19OO,quando ainda arraial de Taboca,o chefe político era o coronel,Henrique de Aguiar.

    O coronel,Domingos Adami, intendente de Ilhéus,veio visitar Taboquinha e se hospedou na casa do coronel,Basílio,hoje situa a Maçonaria de Itabuna.

    O chefe político de Taboca,coronel,Henrique Aguiar,ao saber da visita ilustre do
    coronel,Adami,antes de seguir pra fazenda,foi fazer uma visita de cortesia ao coronel,Adami.

    O mesmo já estava na rua apeado no cavalo e ambos se cumprimentaram e a caçamba
    do arreio toca no Coronel Adami e o Tenente Simões,chama o coronel,Henrique Aguiar de Tabaréu.

    O coronel,Adami,repreendeu o tenente,Simões e delegado de polícia de taboca,mas
    o mesmo,não se desculpara perante ao Coronel,Henrique Aguiar. Pag.55,56,57.

    Ai foi o maior fuá do lugar que envolveu Taboquinha,Taboca Grande e Taboca,foi tiroteio e ….leia o ocorrido.

    Mas o que gerou o atrito foi as ofensas de um tenente de polícia e delegado ofendendo a maior autoridade da então taboca,chamando de Tabaréu.

    O mesmo foi incapaz de se desculpar.

    Fonte. O jequitibá de Taboca.
    Autor.Professor. Oscar Ribeiro Gonçalves.
    Relatos. Manoel Fogueira,o imprescindível,

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