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marco wense1Marco Wense

 

O caminho menos espinhoso, em decorrência do desgaste do PT e de um governo municipal com nota baixa, é o da oposição, em que pese a falta de credibilidade dos seus dois prefeituráveis.

 

O desejo-mor do governismo é o mesmo da oposição: um rompimento interno nas hostes do adversário. Ou seja, Fernando Gomes versus José Azevedo e Geraldo Simões versus Davidson Magalhães.

Oposicionistas e situacionistas concordam que a união é imprescindível para conquistar a cobiçada prefeitura de Itabuna, o mais populoso e importante município do sul da Bahia.

Já é consenso que o lado que dividir perde a eleição. O eleitorado de Fernando Gomes e José Azevedo, assim como o de Geraldo Simões e Davidson Magalhães, pertence a um mesmo campo.

O problema é que cada um se acha melhor do que o outro e nenhum quer ser companheiro de chapa. Geraldo Simões, por exemplo, chegou a dizer que é “velho demais para ser vice”.

O governador Rui Costa e o prefeito soteropolitano ACM Neto, ambos em plena campanha para o Palácio de Ondina – o petista querendo se reeleger e o democrata querendo seu lugar –, só esperam o momento certo para definir o candidato.

Disse aqui, na coluna da última sexta-feira de agosto, que o governador Rui Costa não vai aceitar dois candidatos da mesma base aliada. O mesmo raciocínio vale para ACM Neto.

A oposição tem outro nome, o deputado estadual Augusto Castro (PSDB). O tucano entraria no jogo em caso de inelegibilidade de José Azevedo e Fernando Gomes, que continuam “sujos” diante da Lei da Ficha Limpa.

O prefeito Claudevane Leite, que desistiu de disputar mais quatro anos de governo, vai apoiar o nome apontado pelo governador Rui Costa. O PRB, partido do alcaide, se não lançar candidatura própria, deve apoiar o candidato da coligação DEM, PSDB e PMDB.

O caminho menos espinhoso, em decorrência do desgaste do PT e de um governo municipal com nota baixa, é o da oposição, em que pese a falta de credibilidade dos seus dois prefeituráveis.

Não acredito em cisão e, muito menos, rebeldia. Talvez um passageiro calundu. Fernando Gomes, Capitão Azevedo, Geraldo Simões e Davidson Magalhães vão seguir a ordem do comando maior.

Concluo dizendo que os pré-candidatos serão obedientes aos seus chefes políticos. Rui Costa ainda tem um bom tempo no poder e ACM Neto é um fortíssimo candidato na sucessão de 2018.

Manda quem pode, obedece quem tem juízo. A ditadura das agremiações partidárias e o mandonismo dos senhores dirigentes são implacáveis. Eles se acham proprietários vitalícios de suas legendas. É assim que funciona.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

5 respostas

  1. Davidson é o único candidato com condições politicas de imprimir uma derrota á direita. Por outro lado, Geraldo terá imensa dificuldade de superar o desgaste do Pt e o seu próprio desgaste. A questão é simples, se o Governador quer ter o próximo prefeito, não resta outro caminho, o candidato é Davidson. Uma pergunta importante para ser feita. Se Geraldo tivesse nas condições politicas de Davidson, com mandato de deputado, dois vereadores, presidente da câmara de vereadores, vice prefeito e uma influencia destacada nos movimentos sociais, ele Geraldo abriria mão da candidatura para apoiar outro candidato? Pelo histórico de MINHA PEDINHA, sim, ele apoiaria a esposa, o filho, o cunhado, o neto…kkkkkkkkk…

  2. Davidson Deus nos livre disso. Volta Fernando Itabuna te espera de braços abertos e com brilho no olhar. Segunda opção vem o nosso Capetão.

  3. SE DAVIDSON SE CANDIDATAR ABRE ESPAÇO PARA AZEVEDO OU FERNANDO GOMES. ELE JÁ FEZ ISSO OUTRAS VEZES. É POSSÍVEL QUE FERNANDISTAS APOIEM A IDEIA PELA CERTEZA QUE ELE REPRESENTA.

  4. Acredito que a orientação de cima é mais sensata, seja no caso da esquerda ou da direita. Duas candidaturas: Davidson de um lado e GS de outro, perdem os dois. Difícil vai ser convencer os cururus de serem cabeça de chapa uma vez que PT está fragilizado e GS tb. Pior será fazer GS aceitar ser coadjuvante.
    Do outro lado, nada a comentar,,, apenas torcer contra, claro.
    Não sabia que VR não irá concorrer a reeleição. Muito sensato da parte dele. Seria uma derrota humilhante. VR foi uma aposta que não vingou. Uma terceira via que não aconteceu.

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