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Jorjão e Gilka: denunciados.
Jorjão e Gilka: denunciados.

O Ministério Público Estadual (MPE) propôs, na quarta-feira (16), ação de improbidade administrativa praticada pela prefeita Gilka Badaró e o vice-prefeito de Itajuípe, Antônio Jorge Rodrigue (Jorjão), “em face de atraso no pagamento de salários de servidores da Educação”. A promotora de Justiça substituta daquela comarca, Cinthia Portela Lopes, requereu o bloqueio de verbas para atender à necessidade imediata dos servidores. “Infelizmente, o magistrado, embora reconhecendo o caráter alimentar da obrigação, indeferiu a liminar”, explicou a representante do MPE.

Em seu pedido de bloqueio das verbas, a promotora argumenta que a APLB – Sindicato dos Trabalhadores em Educação representou contra a prefeita Gilka, informando sobre violação da Lei n. 9.424/96 e do disposto no artigo 7º da Constituição Federal.

De acordo com a APLB, os servidores somente recebem seus salários com dez, quinze e até vinte dias de atraso. Funcionários da Educação também procuraram a Promotoria, relatando o sofrimento porque têm passado, devido ao atraso e à falta de pagamento de seus salários.

CONTRA A ORDEM JURÍDICA

A promotora Cinthia Portela Lopes entendeu que o comportamento do poder público municipal de Itajuípe “afronta a ordem jurídica instituída, comprometendo a regularidade do andamento da coisa pública, além do direito individual indisponível dos servidores lesados”. Em sua petição, ela destaca que a “a atitude dos réus atinge não somente os servidores, mas também suas famílias”, e que (o pagamento de novembro ainda não foi feito!) prejudica toda a economia de Itajuípe, pois, é público e notório que o comércio local gravita em torno do funcionalismo.

O juiz de Direito Frederico Augusto de Oliveira considerou, em seu indeferimento, que “a natureza alimentar demanda particular atenção”, mas entendeu que há “supremacia do interesse público sobre o privado” e que, vista assim a questão, bloquear verbas para pagamento de salários “irá causar prejuízo maior ao município e, assim, à população como um todo”.

A promotora Cinthia Portela Lopes afirmou que vai recorrer da decisão judicial, por entender que a ação do MPE “legal, moral, oportuna e humana e de efeito positivo amplo para toda a comunidade itajuipense”.

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