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O Vitória goleou o Figueirense, por 4 a 0, hoje (20), e deu mais um passo para permanecer na Série A do Brasileiro de Futebol. A depender do resultado de Corinthians e Internacional, amanhã (21), o Rubro-negro pode garantir a sua continuidade na elite do Nacional. Para isso, precisará vencer o Coritiba, no dia 28, e secar os gaúchos em duas das três partidas. Ainda há o Sport Recife, que tem 43 pontos, um a mais que o time baiano e quatro à frente do Colorado (Foto Francisco Galvão/E.C. Vitória).

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Aplicativo poderá ser acessado pelo smartphone.
Aplicativo poderá ser acessado pelo smartphone.

A parceria entre o Poder Público e um grupo de programadores resultou em um aplicativo para celular que pode revolucionar a maneira como a sociedade acompanha e fiscaliza a aplicação dos recursos públicos. O aplicativo As Diferentonas, lançado esta semana, permite ao cidadão comparar a aplicação dos recursos destinados pelo governo federal a sua cidade com o montante repassado a outro município de perfil socioeconômico semelhante.

“O mote todo do aplicativo é o de ajudar o cidadão a comparar o uso da verba do município dele com a de outros parecidos. A pessoa digita o município que interessa e o aplicativo usa dados socioeconômicos para descobrir os mais parecidos e já mostra os resultados com as ‘diferentices’”, explicou o professor da Universidade Federal de Campina Grande Nazareno Andrade, um dos responsáveis pelo aplicativo.

Nazareno explicou à Agência Brasil que a ideia do aplicativo surgiu de um meme que viralizou nas redes sociais, a partir de uma brincadeira com o termo ‘diferentona’. “Queríamos pegar essa ideia do meme para quebrar a formalidade [dos dados] do governo federal, aproximar das pessoas e elas descobrirem se a cidade delas é a ‘diferentona’ das outras”.

COM HUMOR

Uma das formas de despertar o interesse das pessoas pelo aplicativo, e também pelos dados públicos, é o humor. Nazareno contou que um dos desenvolvedores do aplicativo nasceu na cidade de Emas, município de 13 mil habitantes do sertão da Paraíba. Em meio ao processo de criação, a equipe quis identificar em que a cidade poderia ser diferente.

“Descobrimos que Emas é a ‘diferentona’, porque ela recebeu R$ 1 milhão para convênio de esporte e lazer que nenhuma outra cidade do tamanho dela recebeu na Paraíba”, exemplificou Andrade.

A diretora adjunta da Secretaria de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça, Carolina Yumi de Souza, que coordenou o concurso para a escolha do aplicativo, disse que a ideia era conseguir desenvolver uma ferramenta que conseguisse “traduzir” os dados do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv), ferramenta oficial do governo para gerenciar transferências de recursos.

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Rui afirmou que continuará no PT durante encontro estadual do partido.
Rui afirmou que continuará no PT durante encontro estadual do partido.

Durante encontro estadual do Partido dos Trabalhadores na capital baiana, o governador Rui Costa negou ter a intenção de deixar o PT. Disse ele que continuará na legenda, “construindo novas estratégias em defesa de políticas públicas com ênfase social”.

Rui participou de encontro com as bancadas estadual e federal do seu partido e, ainda, com prefeitos e vices eleitos pelo PT, na quarta e na sexta, respectivamente. Rui avaliou, nestes encontros, o reforço à política de alianças nos pleitos de 2014 e deste ano, quando 284 candidatos da base foram eleitos prefeitos em toda a Bahia.

Ontem (19), o partido aprovou resolução, por unanimidade. No documento, o PT baiano avalia o resultado das últimas eleições e “reafirma o desafio em continuar sendo de massa, defensor da classe trabalhadora e da democracia no Brasil e na Bahia”.

O presidente do PT baiano, Everaldo Anunciação, que participou de todos os encontros, afirma que as resoluções reforçam o fortalecimento do congresso que será lançado em nível nacional no próximo dia 8. “Na Bahia, os encontros serão simultâneos nos diversos territórios, envolvendo. além dos dirigentes vereadores, prefeitos, sociedade civil organizada e simpatizantes para ouvir, debater e construir coletivamente”.

HEGEMONIA BAIANA

De acordo com Everaldo, o objetivo destes encontros é “realizar um congresso em abril que seja reflexo destes diálogos, fortalecer a unidade partidária e retomar uma estratégia capaz de colocar o PT na hegemonia da política baiana”.

O dirigente estadual do PT disse que há necessidade de avaliar o alto percentual de 40% de votos nulos, brancos e abstenções nas últimas eleições. “Temos que nos debruçarmos para avaliar e também fazer análises científicas para compreender melhor o que tem ocorrido com as mudanças nas políticas econômicas e sociais e o olhar da sociedade sobre estas questões”, ressalta.

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mp-baO Ministério Público da Bahia (MP-BA) defendeu o trabalho de Cleide Ramos em nota-resposta à matéria sobre as manifestações pela saída da promotora responsável pelo trabalho de controle externo das polícias em Itabuna. De acordo com a nota, o MP atua dentro da legalidade e “na investigação de organizações criminosas, no combate a grupos de execução, na fiscalização da atividade policial, no julgamento de criminosos, em inspeções nos estabelecimentos carcerários e em projetos de ressocialização de presos”.

Mais adiante, a nota do MP refuta eventual responsabilidade da promotora por eventual “retração” nas ações policiais em Itabuna.

– Não é verdadeira a informação de que a titular da 13ᵃ Promotoria de Justiça, promotora de Justiça Cleide Ramos, adotou medidas que inibem a atuação das Polícias no município. Ao contrário, a promotora vem buscando a elucidação de homicídios e a punição de seus autores, através da requisição de diligências em investigações policiais para produção de provas, e a conclusão de inquéritos em atraso, para que os crimes não fiquem impunes – informa a nota.

Ainda em nota, o MP-BA ressalta que “o problema da violência no município é antigo” e “deve ser enfrentado em todas as esferas de poder”. E completa: “O enfrentamento à violência e à criminalidade necessita do esforço de todos: poder público, Polícias, Ministério Público e Judiciário, com o apoio da sociedade”.

Atualizado às 20h45min.

Confira a íntegra da nota no “leia mais”, abaixo. Leia Mais

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fb_img_1479648428890Do Facebook do jornalista Bob Fernandes

A propósito do ex-ministro da Cultura, Geddel e demais, texto publicado em 14 de julho de 2015…

Triste Bahia! Oh! quão dessemelhante!

Como sabem os que conhecem e amam a cidade, Salvador foi estuprada pela vora-cidade imobiliária associada ao inconfessável, em especial nos tempos do Dananã espertalhão.

Não há quem não saiba, não sinta na pele, no cotidiano, os resultados do que foi a tal co(n)-gestão.

Em seguida ao desastre, com uma campanha competente e contra um candidato governista medíocre, elegeu-se prefeito o cidadão Antônio Carlos Magalhães Neto, conhecido até então como ACM Neto. Seus marqueteiros o venderam e o transformaram em “Neto”.

Os de boa alma, os ingênuos, os ansiosos por uma gestão “muderna” – e os espertalhões- de imediato assimilaram, “Neto”.

E não apenas. Têm os desavisados, os desatentos, os alheios porque ninguém está obrigado a tanto, mas tem também os que a ele se refiram como “Netinho” de maneira particularmente capachesca.

Explique-se a razão da abrupta transmutação: com o “Neto”, ou o “Netinho”, o prefeito carrega o que, para quem gostou e gosta, é um “legado”: a história, vida e obra de ACM, o avô.

Ao mesmo tempo, “Neto”, ou “Netinho”, esconde a história, vida e obra de ACM, o avô, para os que enxergam ou viveram tal legado com outros olhos. Assim, nessa transmutação, se opera um jogo de ganha-ganha.

Sempre que se lembra desse outro olhar e vivências sobre o “legado” ergue-se a fúria.

Fúria de muitos que de fato admiravam o velho ACM, o que até aí é normal e natural em relação a qualquer grande liderança, mas também a fúria dos que lavaram a jega naqueles tempos.

Ou a fúria dos que precisam mesmo é de um bom divã, ou tarja.

Nunca é demais lembrar que muitas das manchetes nacionais nesses turbulentos dias de hoje são resultantes daqueles tempos; uma espécie de laboratório empresarial para o que ganharia escala.

Em defesa do “legado” sempre se seguem murmúrios e vitupérios sobre o que o sucedeu e os que o sucederam. A resposta, simples, só pode ser uma: que se faça o que nunca foi feito enquanto se construía, se erguia o “legado”, seus braços e suas fortunas: abram processos, investigue-se e se puna quem deve ser punido.

Como nada disso se faz, nunca, na maravilhosa Terra dos dois FF de Gregório de Matos Guerra, o resultado começa a se re-ver na nova era, a “muderna”.

A Barra, da bela enseada do Porto, foi um dos laboratórios. Deram uma arrumada etcetera para o que, obviamente, viria a seguir. Não viu, ou fez que não via quem não quis: a vora-cidade imobiliária e seus “negócios”, que farão surgir as novas e aumentar as velhas fortunas. A qualquer preço e custo.

Pelo que relatam amigos, alguns deles arquitetos, urbanistas, a farra avança “di cum força” em vários pontos da cidade. Nada contra rearrumar a cidade. Tudo contra essa vora-cidade que enriquece meia dúzia enquanto arrebenta o resto.

E, claro, são todos, hipócritas e cínicos, contra a “córrupição”.

Cria-se uma cidade com gente amedrontada com tudo e por tudo, cidade com cada vez menos calçadas, menos áreas verdes públicas, menos humanos caminhando nas ruas e com shoppings abarrotados por gente assustada com tudo. Como se ruas esvaziadas ajudassem no combate a violência.

Como se, além da violência em si, do fracasso no não-combate às causas e consequências da violência, a brutalidade e violência replicadora dos programas de rádio e Tv sobre violência e brutalidade nada tivessem a ver com esse clima de pânico permanente.

Como se a brutalidade policial, sempre seguida da argumentação cúmplice e lamentável das autoridades de plantão, não fosse produto do meio, fruto de uma sociedade por 350 anos aferrada à cultura de sinhôzinhos e seus escravos.

O belíssimo acidente geográfico da cidade, a encosta que empresta identidade a Salvador e à Bahia, estuprado a cada turno de poder tem sido a jóia da coroa nos últimos 40, 50 anos.

É dessa urbanofagia que devora também áreas verdes e mangues, é desse banquete para poucos que nasceram e nascem boa parte das grandes fortunas e poderes. E, em bom baianês, que se lasque o resto.

E se lascam, se lascaram mesmo, como mais uma vez mostrou a última temporada de chuvas, com novos córregos e rios de ocasião espalhando-se pela cidade e dezenas de deserdados pelos poderes públicos sendo soterrados e mortos nas pirambeiras.

Uma amiga manda texto sobre os derradeiros anúncios de intervenções e termina com o resumo da ópera. Cita uma empresa de consultoria que não nomino, por ora, por ainda não ter apurado os meandros; não sei do que mais se trata além do fato de ser a habitual cobertura para nova onda de vora-cidade.

O resumo: “O receituário é o mesmo aplicado em outras metrópoles onde a empresa prestou o serviço: identifica espaços de grande potencial, cria a infraestrutura e atiça o mercado. A Barra é o laboratório do projeto. O resto da cidade que se cuide”.

Ou, que se lasque.

Isso tudo vem, ou volta, a propósito de notícia que chega. No exíguo terreno onde funcionava um antiquário, no pé da Ladeira da Barra, à esquerda de quem desce e vizinho ao antigo hotel Praiamar, erguerão uma torre com algo como 30 andares. “Qui lindro”, dirão adeptos du “mudernu, e “qui progresso”.

Pergunte-se: mas a cidade não está toda trancada, mais engarrafada do que São Paulo, na média? Qual o projeto maior onde isso se insere? Quem autorizou, quem foi ouvido, cadê os laudos, o plano urbanístico, quem será o responsável SE e quando o Ministério Público decidir-se por atuar?

A resposta é a de sempre: alguéns sempre autorizam e, depois, um joga para o outro e vice versa. E não dá em nada.

Informam que agora, parece, Movimentos Populares se movimentam em relação ao estupro em outras áreas da cidade. Sempre é tempo…Já que tantos se moveram por amor ao glorioso Bahêa, e de lá expulsaram um bando, por que não fazê-lo por amor à cidade e à Bahia?

Prédio de alto luxo La Vue, onde Geddel comprou apartamento.
Prédio de alto luxo La Vue, onde Geddel comprou apartamento.
Em relação a mais esse belo monstrengo, o do Porto da Barra, dizem que se chamará “La Vue”. Sim, “ A Vista” para quem nele morar, e a perda da vista, do vento, da luz, para os que viverem atrás de “La Vue”. Como foi, é, tem sido em tantas porções dessa vora-cidade.

Uma última observação: é imperdoável, mas até entende-se a vora-cidade dos que ganham diretamente com isso. Essa é, tem sido a regra desse triste jogo, essa é a mentalidade empresarial, a do “vou ganhar o meu e quem tem essas frescuras urbanísticas e de meio ambiente que se lasque”.

O que não se pode aceitar sem duras e continuadas cobranças e luta pela responsabilização legal, é a cara de pau, a cara dura, dos gestores públicos que liberam mais essa aberração. Estes são ainda mais responsáveis por isso e tudo mais.

Inaceitável também é imaginarem que ninguém percebe como isso se dá, se deu. Saibam que sabemos, e saberemos.

Há algumas semanas desci a Ladeira da Barra e tudo ainda estava de pé. Mas notei que na baixada, naqueles bueiros, pululavam sariguês e ratazanas.