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ailson-batataAilson Oliveira | ailsonoliveira@hotmail.com

Acredito que é por essas e outras que o poeta José Delmo gosta sempre de dizer: “se não vigiarmos a vida, eles escreverão a história e o futuro poderá neles acreditar”.

É com muita tristeza que recebo a notícia sobre a desocupação do prédio Lúcia Oliveira repercutida por um dos meios de divulgação mais utilizados por leitores da Região Cacaueira. Sinto que é uma parte da história de Itabuna que perde a sua existência, embora sua essência continue, pois da sua existência veio a sua consolidação (essência) como marco relevante da educação de Itabuna. Esse legado permanece.

Por ter clareza de que não sou um historiador ou estudioso no assunto, expresso a relevância do Lúcia Oliveira em uma simples operação matemática para facilitar o entendimento. Para tanto, fiz a seguinte subtração: De 1910, referente ao ano do nascimento de Itabuna, subtraídos (diminuídos) dos atuais 2017, restam 107 anos. Esta será a idade da “Terra Grapiúna” no mês de julho.

Por uma simples operação matemática, podemos constatar que se trata de um filho com raízes profundas em solo grapiúna prestes a ser descartado como se fosse algo fruto de obra do acaso. Então, pode-se lamentar uma grande perda de um patrimônio cultural que contribuiu na formação de muitos “filhos desta terra”.

Diante da falta de apreço por este relevante patrimônio cultural do município de Itabuna, sinto tomado pela emoção, que possíveis justificativas para a aniquilação do Lúcia Oliveira, não raro, são apenas subterfúgios para reeditar a velha filosofia personalista representada por quem conta com o apoio de parcela da sociedade itabunense conservadora.

Acredito que é por essas e outras que o poeta José Delmo gosta sempre de dizer: “se não vigiarmos a vida, eles escreverão a história e o futuro poderá neles acreditar”. Então, vigilante diante da situação instalada, recorro a Marx e Engels para parafraseá-los dizendo agora: itabunenses de todo o município, uni-vos.

Fica para mim, uma convicção: O patrimônio “Lúcia Oliveira” – à noite era o meu Colégio Comercial de Itabuna, que tive o prazer de ser aluno do curso Técnico em Contabilidade e depois professor de Sociologia do Trabalho – permanece como essência.

Ailson Oliveira é professor de Filosofia da UNEB.

0 resposta

  1. COMUNGO COM O PENSAMENTO DO NOBRE PROFESSOR!REITERANDO O MEU DESEJO (COMO DA SOCIEDADE ITABUNENSE)DO RETORNO DESSE IMPORTANTE E HISTÓRICO PATRIMÔNIO, AO POVO GRAPIÚNA.

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