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Evento de lançamento do parque e inauguração do CIC.
Evento de lançamento do parque e inauguração do CIC.

O Centro de Inovação do Cacau, inaugurado hoje (10) leva o sul da Bahia a assumir protagonismo na cadeia cacau-chocolate no mercado mundial, na opinião da reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Adélia Pinheiro. O centro está sendo inaugurado nesta tarde de sexta, no campus Soane Nazaré de Andrade, na Rodovia Ilhéus-Itabuna. O evento, na Uesc, reúne parceiros e autoridades como o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner.

– O Centro já está sendo um importante apoio para a cadeia produtiva do cacau, visando a sua qualificação, o desenvolvimento de produtos, processos, a inovação, de forma geral, na cadeia produtiva cacau e chocolate – disse ela.

A reitora da Uesc acredita que o protagonismo se dá com a possibilidade de inovação em produtos e na qualidade do chocolate e do cacau, “estabelecendo, certamente, formas diferentes de produção de cacau e de ocupação de nichos de produção como cadeia que se diferencia dentro da cadeia macro cacau-chocolate”.

TIRANDO O ATRASO

O reitor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Naomar Almeida Filho, enfatizou, durante o lançamento do Parque Científico e Tecnológico e da inauguração do CIC que os dois equipamentos “redinamizam a economia” regional, com eixos da sustentabilidade e tecnologia.

Naomar reforçou que o projeto sai do papel por meio de uma sintonia institucional, com Uesc, UFSB, IFBA, IF Baiano e a Ceplac, onde está o Parque Científico e Tecnológico. “[É a]Aplicação da tecnologia para aumento de produtividade. A região está atrasada. Deveríamos ter antecipado há muito tempo que o mundo ia mudar, que o sistema de tecnologia e sustentabilidade se tornaria eixo de desenvolvimento. Mas o tempo histórico é sempre assim. Na hora certa, as coisas acontecem”, disse.

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Corpo de Samarone é liberado mais de 30 horas depois de morte (Foto Reprodução).
Corpo de Samarone é liberado mais de 30 horas depois de morte (Foto Reprodução).

O corpo do professor Samarone Rodrigues somente foi liberado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itabuna, no final desta manhã de sexta (10), aumentando ainda mais a dor de familiares e amigos do servidor público municipal. O atraso se deve à falta de legista no DPT, segundo pessoas próximas à vítima.

A liberação do corpo correu mais de 30 horas após Samarone ser assassinado, no início da madrugada de ontem (9), por volta das 1h30min. O enterro do professor está previsto para as 16 horas, no Cemitério Campo Santo, em Itabuna. Samarone deixa uma filha de cinco anos.

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Itabuna também perde unidade da Farmácia Popular (Foto Pimenta).
Itabuna também perde unidade da Farmácia Popular (Foto Pimenta).

A unidade da Farmácia Popular  de Itabuna foi fechada pelo Ministério  da Saúde. Desde a quarta-feira (8), quem procura a farmácia, depara-se com portas cerradas. Um aviso apenas informa a não abertura naquele dia, o Dia da Mulher. A Farmácia Popular vende medicamentos com até 90% de desconto ou fornece gratuitamente.

Já no final de 2015, o Ministério da Saúde já havia tentado fechar a unidade de Itabuna. À época, alegou problemas estruturais. O estabelecimento federal ficou fechado, temporariamente.

Com a intervenção do então secretário de Saúde de Itabuna, Paulo Bicalho, a farmácia foi reaberta. Para garantir o seu funcionamento, o município promoveu reformas e quitou contas de serviços essenciais que seriam de competência do Governo Federal.

Itabuna foi um dos primeiros municípios do Brasil a contar com unidade da Farmácia Popular. O estabelecimento começou a funcionar em 2004, atraído pelo então prefeito Geraldo Simões e Paulo Bicalho, que comandava a Saúde também naquele período.

Pelo menos 20 unidades da Farmácia Popular foram fechadas na Bahia nos últimos dois anos. Agora, o Ministério da Saúde informa que a reabertura dependerá das prefeituras. O PIMENTA ligou para o secretário de Saúde de Itabuna, Vitor Lavinsky pela manhã. Ele informou que não poderia atender naquele momento. Não houve retorno da ligação.

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Criola e Xoxô agitam o Otambí de Verão amanhã.
Criola e Xoxô agitam o Otambí de Verão amanhã.

O Otambí de Verão deste sábado (11) é ainda mais especial, com a comemoração aos 83 anos de Mãe Ilza Mukalê, matriarca do Terreiro Matamba Tombenci Neto. Para agitar o sábado, o palco do Espaço Cultural Dilazenze recebe, a partir das 20 horas, Ronara Criola e Paulinho Xoxô.

O evento em Ilhéus é aberto ao público e faz parte da programação da IV Semana Mãe Ilza Mukalê, que contou com homenagens às mulheres, rodas de conversas e apresentações culturais, no Terreiro Matamba Tombenci Neto.

A iniciativa da Organização Gongombira de Cultura e Cidadania conta com apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

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marco wense1Marco Wense

Ainda tem o deboche do PMDB, legenda de Michel Temer. Em postagem oficial atemoriza: “se a reforma não sair, tchau, Bolsa Família”. Esse tchau é de uma frieza, de uma insensibilidade absurda, inaceitável.

 

Já disse aqui que a Reforma da Previdência é importante e imprescindível, mas não pode ser feita dando chicotada nas costas dos mais fracos.

Por que não vão atrás dos “Tarzans” da economia que devem horrores ao sistema previdenciário? A reforma do governo ignora R$ 426 bilhões devidos por empresas ao INSS. Entre os maiores devedores, estão o Bradesco, CEF, Marfrig, JBS e a Vale.

Como essas empresas contribuem com as campanhas eleitorais, fica o dito pelo não dito. Quem tem que tapar o rombo deixado pelos ricos são os pobres.

Como não bastasse a diabólica ameaça de acabar com o Bolsa Família, vem o Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, e diz que “sem a Reforma da Previdência, a carga tributária vai aumentar”.

E mais: ainda tem o deboche do PMDB, legenda de Michel Temer. Em postagem oficial atemoriza: “se a reforma não sair, tchau, Bolsa Família”. Esse tchau é de uma frieza, de uma insensibilidade absurda, inaceitável.

Só falta agora uma ameaça, digamos, futebolística, de que a seleção brasileira, mesmo passando pelas eliminatórias, não vai disputar a próxima copa do mundo.

A sorte desse pessoal, desses governantes, incluindo aí governadores e prefeitos, desses parlamentares – senador, deputados federal e estadual e vereadores – é que o povo brasileiro, além de ser acomodado, é fácil de ser tapeado, enganado pela velha política do “pão e do circo”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Saque de conta inativa de FGTS começou para quem nasceu em janeiro ou fevereiro (Foto Fábio Pozzebom/ABr).
Saque de FGTS começou para nascidos em janeiro ou fevereiro (Foto Fábio Pozzebom/ABr).

Marcelo Brandão | Agência Brasil

A partir de hoje (10), começa o pagamento das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores nascidos nos meses de janeiro e fevereiro. Serão 4,8 milhões de pessoas aptas a sacar quase R$ 7 bilhões, o equivalente a 15,9% do total disponível. Cerca de 1,6 milhão de trabalhadores receberão automaticamente o crédito em suas contas na Caixa, no primeiro dia em que o dinheiro estará disponível. As agências do banco vão abrir neste sábado (11), das 9h às 15h.

Além disso, mais de 1,2 milhão de pessoas poderão sacar utilizando o Cartão Cidadão no autoatendimento, nas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui. Os demais trabalhadores deverão sacar seus recursos nas agências, que abrirão hoje (10), segunda (13) e terça-feira (14) com duas horas de antecedência para auxiliar no fluxo de atendimento. A relação das agências que funcionarão no sábado pode ser consultada na página da Caixa.

QUEM PODE SACAR

Pode fazer o saque quem teve contratos de trabalho encerrados até 31 de dezembro de 2015. O pagamento das 49,6 milhões de contas inativas seguirá um calendário específico, que leva em conta o mês de aniversário do trabalhador. No mês que vem, poderão fazer o saque os nascidos em março, abril e maio.

Valores até R$ 1,5 mil podem ser sacados no autoatendimento somente com a senha do Cidadão. Para valores até R$ 3 mil, o saque pode ser feito com o Cartão do Cidadão e a senha no autoatendimento, em lotéricas e correspondentes Caixa. Acima de R$ 3 mil, os saques devem ser feitos nas agências do banco. A transferência de recursos de contas inativas do FGTS da Caixa Econômica Federal para outros bancos poderá ser feita sem a cobrança de taxas, a pedido do trabalhador.

A Caixa recomenda que os trabalhadores tenham sempre em mãos o documento de identificação e a Carteira de Trabalho, ou outro documento que comprove a rescisão de contrato. Para valores acima de R$ 10 mil é obrigatória a apresentação desses documentos.

O trabalhador que ainda não sabe se tem dinheiro a receber pode acessar o site sobre as contas inativas. Lá, ele pode verificar o valor a receber, a data do saque e os canais disponíveis para pagamento. Na tarde de ontem, a Caixa publicou um vídeo, no qual o diretor do FGTS, Valter Nunes, tira dúvidas sobre o saque de contas inativas.

ESTADOS

São Paulo, o Rio de Janeiro e Minas Gerais concentram 53,7% dos trabalhadores com direito ao saque do FGTS e somam mais de 64% do valor total. São Paulo reúne 33,2% do total de beneficiários e cerca de 45% do valor disponível para todo o país. O Rio de Janeiro tem 9,46% do total de trabalhadores com direito a receber e 11,73% em valor. Em Minas, são 10,97% do total de trabalhadores habilitados e 7,49% do saldo total.

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Aleluia ataca juízes e procuradores do Trabalho (Foto Divulgação).
Aleluia ataca juízes e procuradores do Trabalho (Foto Divulgação).

Deputados federais do DEM intensificaram artilharia contra os direitos trabalhistas. Durante audiência pública na Câmara Federal, nesta quinta (9), o deputado José Carlos Aleluia (DEM -BA) defendeu o fim da Justiça Trabalhista.

– A Justiça do Trabalho se tornou uma devoradora de empregos no Brasil – afirmou.

Diante de procuradores e desembargadores, o parlamentar baiano defendeu a unificação das justiças. Para ele, a Justiça do Trabalho é “um problema para o País”. Ainda conforme ele, juízes e procuradores do Trabalho desconhecem  o mundo real.

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Eduardo AthaydeEduardo Athayde | eduathayde@gmail.com

 

A Fazenda Futuro, localizada em Buerarema, base das pesquisas do WWI no final do século passado – e agora cliente do CIC -, está sendo usada por pesquisadores parceiros do WWI, da floresta urbana de Nova Iorque e do Smithsonian Institute como referência para um projeto piloto de fazenda do futuro, conectado com universidades e centros de pesquisas do mundo.

Quando o WWI-Worldwatch Institute, na virada do milênio, publicou internacionalmente estudo sobre a mata atlântica da região cacaueira da Bahia, batizando-a de “Floresta de Chocolate”, única no mundo, onde a matéria prima do chocolate é produzida com recordes de biodiversidade no planeta, registrado pelo Jardim Botânico de Nova Iorque, a prefeitura nova-iorquina iniciava o levantamento de cada uma das suas 683.113 árvores.

Hoje, os cidadãos de Nova Iorque conhecem o valor econômico individual das suas árvores, sabem que cada uma reduz a temperatura sob sua copa em cinco graus centígrados, joga no ar 150 mil litros de água por ano e produzem serviços anuais avaliados em US$111 bilhões [tree-map.nycgovparks.org]; um padrão que está sendo seguido por várias cidades do mundo que plantam florestas urbanas visando a melhoria do ar, do clima local e da qualidade de vida dos seus cidadãos.

Com a força das redes sociais, o mundo parece ter ficado pequeno e a biodiversa Mata Atlântica, antes pouco percebida (ainda não valorada), vem recebendo influência direta dessas inovações. O Centro de Inovação do Cacau (CIC), por exemplo, que será inaugurado [hoje] na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em Ilhéus, é a parte concreta do projeto do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia, idealizado conjuntamente pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Ceplac, Uesc, Secti, Instituto Arapiaú e outras instituições.

Focando a cadeia produtiva do cacau e a economia florestal, o CIC, formado por acadêmicos e empresários, analisará propriedades físico-químicas do cacau e do chocolate, a qualidade de sementes e mudas das biofábricas de essências da mata atlântica, fomentando a indústria do reflorestamento que, cobiçada por investidores, floresce impulsionada pelo robusto mercado financeiro internacional interessado em ativos florestais.

Na era da “eco-nomia”, oficializada pelo Acordo de Paris e já legalmente adotada pelo Brasil, a preservação, além de uma imperiosa necessidade, passou a ser analisada também por parâmetros econométricos da precificação e monetização (restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030 – bit.ly/2cHvxT8). Observando o senso de oportunidade, o CIC nasce como elo local desta inovadora rede global, posicionando-se, com linguagem nova, como uma espécie de “porta USB” de alta velocidade aberta a conexões de pesquisa, geração de conhecimento e econegócios.

Integrado a iniciativas como a Plataforma Brasileira sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (bpbes.net.br), que tem a missão de produzir conhecimento científico e saberes tradicionais sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos – onde o cacau se inclui -, o CIC nasce como parceiro natural do Programa Fapesp de Pesquisa em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA-FAPESP), apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e alinhado com a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que lançou a Campanha da Fraternidade 2017 com o tema “Biomas Brasileiros e a Defesa da Vida”.

A imaginação é mais importante que o conhecimento, afirmava Albert Einstein. Nesta linha, a Fazenda Futuro, localizada em Buerarema, base das pesquisas do WWI no final do século passado – e agora cliente do CIC -, está sendo usada por pesquisadores parceiros do WWI, da floresta urbana de Nova Iorque e do Smithsonian Institute como referência para um projeto piloto de fazenda do futuro, conectado com universidades e centros de pesquisas do mundo.

Com a quebra de fronteiras e os espaços abertos pelas redes sociais, a região cacaueira, imaginada como Floresta de Chocolate, vive um momento de mudanças intensas observadas na metáfora da crisálida, quando a lagarta não mais existe, e a borboleta ainda não nasceu.

Eduardo Athayde é diretor do WWI-Worldwatch Institute.