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Prefeito Valete durante anúncio de criação da lei em homenagem à Ceplac
Prefeito Valete durante anúncio de criação da lei em homenagem à Ceplac
Jussari será o primeiro município brasileiro em região produtora de cacau nos biomas Mata Atlântica e Amazonas a declarar a Ceplac patrimônio científico imaterial pelo acervo de trabalhos técnicos, científicos e de pesquisa e de valorização dos saberes etnobotânicos desenvolvidos, ininterruptamente, ao longo de mais de 60 anos. Na tarde de quinta-feira, no auditório do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), na Superintendência da Ceplac na Bahia, o prefeito Antônio Valete anunciou a medida e assinou Mensagem que será enviada à Câmara de Vereadores deste município sulbaiano.

Para o presidente do Conselho de Entidades Representativa dos Servidores da Ceplac, José Bezerra da Rocha, o reconhecimento é manifestação de apoio importante à instituição que passa um dos momentos mais difíceis de sua história, com seu rebaixamento a departamento da Secretaria-Executiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Há um ano iniciamos uma luta para restabelecer o status da Ceplac. É luta difícil, muito difícil que exige dedicação e firmeza e, mais do que isso, o engajamento da sociedade que demanda seus serviços”, afirmou.

Segundo disse, “quem falar de cacau no país há de se referir à Ceplac”, pois sem as pesquisas científicas que a instituição desenvolve em favor da lavoura não teria sido possível elevar o patamar do produtor, que viveu momentos de ouro e agora inicia a retomada após a doença vassoura-de-bruxa que atacou plantações no sul da Bahia.

– A Ceplac incentivou a fruticultura, o cultivo de dendê e seringueira. Portanto, há muito o que se fazer para que não se perca o acervo do banco de germoplasma, as pesquisas científicas e o capital humano de reconhecida competência internacional – assinalou.

O prefeito de Jussari, Antônio Valete, destacou que a criação da lei também é reconhecimento ao desenvolvimento do seu município, já que a Ceplac atua para transformar as regiões produtoras de cacau, onde promove a inovação, transferência tecnológica, assistência técnica e extensão rural, fiscalização agropecuária, certificação e a organização territorial e socioprodutiva. “A preocupação dos cientistas e técnicos também se dá em relação ao homem, a conservação ambiental e a preservação de espécies arbóreas da floresta Amazônica e da Mata Atlântica, como Pau-brasil e Jacarandá da Bahia”, lembrou.

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