A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados votou para livrar o presidente da República, Michel Temer, de ser investigado pelo crime de corrupção passiva. A votação encerrada há pouco terminou 40 a 25 contra o relatório que liberava a investigação contra o presidente. Houve uma abstenção.
A maioria rejeitou o parecer do relator, Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que defendeu a admissibilidade da acusação de corrupção passiva, feita pela Procuradoria-Geral da República. Se aceito pela Casa, autoriza o Supremo Tribunal Federal (STF) a dar prosseguimento ao processo que envolve Temer, os irmãos Batista (da JBS) e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, hoje preso.
Após a votação, alguns deputados se manifestaram em plenário. Maria do Rosário (PT-RS) disse que o resultado na CCJ foi comprado pelo presidente. Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) questionou a gravação feita por Joesley Batista em que Temer autoriza a compra de silêncio de Eduardo Cunha. “Qual a idoneidade dessa gravação clandestina?”.
Um outro parecer está sendo votado pela CCJ. O que for aprovado será apreciado pelo plenário da Casa, quando então a Câmara define se o presidente será ou não investigado.