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raimundo santanaRaimundo Santana | jrssantana13@gmail.com

 

A saída para esse momento difícil que a classe trabalhadora, desempregados e as pessoas humildes vivem passa pela compreensão desse cenário macabro, incompatível com o atual momento histórico.

A reforma trabalhista, aprovada no congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer em julho deste ano, foi elaborada para atender aos interesses da classe empresarial brasileira.

A nova legislação é desumana e perversa, pensada estrategicamente para tirar os direitos da classe trabalhadora e não dar a possibilidade de reação ou defesa.

Primeiro: fragilizou os trabalhadores nas relações de trabalho mudando 116 artigos da CLT em favor do patronato;

Segundo: dificultou e limitou o acesso dos trabalhadores à Justiça do Trabalho para assegurar a impunidade dos patrões infratores;

Terceiro: fragilizou a representação sindical, em todos os níveis, sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais, com o fim abrupto do imposto sindical, criando uma grave crise no financiamento dos serviços prestados por essas entidades em favor dos trabalhadores, diminuindo, portanto o poder de intervenção social dessas entidades; e

Por fim, cria a possibilidade de que o negociado prevaleça sobre o legislado. Isso quer dizer que as entidades sindicais, poderão pactuar nos seus instrumentos normativos redução de direitos assegurados em lei. Um absurdo!

A saída para esse momento difícil que a classe trabalhadora, desempregados e as pessoas humildes vivem passa pela compreensão desse cenário macabro, incompatível com o atual momento histórico. Esse quadro pode ser superado pelas entidades sindicais combativas que tem identidade com as lutas e os direitos dos trabalhadores.

O fortalecimento das entidades sindicais sempre dependeu da união e da consciência dos trabalhadores, hoje, mais do que em qualquer outra época, é fundamental essas preliminares para chegarmos ao mérito de uma classe trabalhadora unida e consciente. Vivemos uma disputa de classe (trabalhadores x patrões). Precisamos encarar e vencer essas batalhas para que evitemos ser semiescravos.

Raimundo Santana é dirigente do Sintesi.

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