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A redução de recursos devido ao contingeciamento orçamentário está levando as Forças Armadas a uma “situação crítica”, disse hoje (14) o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. De acordo com o general, a falta de verbas está comprometendo ações de segurança nas fronteiras e o desenvolvimento de ações sociais por parte dos militares.

“[A segurança das fronteiras] fica comprometida, bem comprometida. As operações de fronteira já estão sendo reduzidas. Porque na medida que falta combustível e outros insumos necessários, se torna impossível prosseguir no mesmo ritmo que estava antes”, disse Villas Bôas, após a cerimônia de apresentação dos oficiais-generais promovidos, no Palácio do Planalto.

Segundo o general, as restrições orçamentárias já estão prejudicando as “capacidades essenciais” das tropas.  “Também a nossa capacidade de desenvolver ações sociais, por exemplo, a entrega de água no Nordeste. São 4 milhões de pessoas [atendidas]. Nos preocupa muito que a nossa capacidade de atender essas demandas seja comprometida”.

O general descartou o fechamento de unidades militares, mas afirmou que poderá haver redução de expediente em algumas bases.  “Unidades não serão fechadas, pelo menos por enquanto. É muito perigoso criarmos vazios. Mas pode haver redução de expediente, o que é extremamente desconfortável. Vamos tentar evitar isso”, disse Villas Bôas.

O governo anunciou no fim de julho um novo bloqueio orçamentário de R$ 5,9 bi, que afetou diversas áreas. O corte foi necessário para repor a queda na expectativa total de arrecadação e o equilíbrio das contas para que o governo possa cumprir a meta fiscal prevista para 2017.

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