O ex-ministro Geddel Vieira Lima e o coordenador da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Gustavo Pedreira Ferraz, foram presos, preventivamente, nesta manhã de sexta (8), dois dias após a apreensão de mais de R$ 51 milhões em um apartamento emprestado ao líder do PMDB na Bahia. Há pouco, o Ministério Público Federal emitiu nota na qual explica que “novos fatos” justificam a prisão de Geddel – e também do ocupante de cargo comissionado na Prefeitura de Salvador.
As digitais de Gustavo Ferraz foram encontradas, segundo o MPF, na superfície dos sacos plásticos usados para guardar a dinheirama de Geddel. A apreensão dos R$ 51 milhões ocorreu durante a Operação Tesouro Perdido, na terça (5). Além das prisões de Geddel e Gustavo, a Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão, sendo um deles na casa da mãe do ex-ministro, em Salvador.
As medidas cautelares, conforme o MPF e a Polícia Federal, buscam “preservar a ordem pública e impedir a destruição de provas, bem como a prática de novos crimes”. Geddel cumpre prisão domiciliar desde julho passado, após ser investigado, desde 2016, na Operação Cui Bono. O político baiano ocupou a vice-presidência de Pessoa Jurídica da CEF por dois anos (2011 a 2013), quando teria cometido série de crimes, de acordo com acusação do MPF.
A autorização para as prisões e demais medidas foi dada pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara, em Brasília. O objetivo dos investigadores é recolher novas provas da prática de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na petição enviada à Justiça, o MPF cita provas de que o político era o responsável pelo dinheiro apreendido há três dias.
Exames periciais confirmaram as digitais do político nas cédulas encontradas. Além disso, duas testemunhas – uma delas, o dono do imóvel – confirmaram à polícia que Geddel usava o apartamento emprestado, a pretexto de guardar pertences do pai que morreu no ano passado.
Outro ponto mencionado na petição é o fato de que a descoberta do dinheiro na Operação Tesouro Perdido reforça informações dadas em depoimento pelo doleiro Lúcio Funaro e pelo empresário Joesley Batista.
Os dois afirmaram que, assim como Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, Geddel Vieira solicitava vantagens indevidas de empresas que buscavam empréstimos junto à CEF. Disseram ainda que a propina era paga por meio das empresas de Lúcio Funaro, inclusive, em espécie. O próprio Funaro relatou pagamentos da ordem de R$ 20 milhões.
Ao defender a necessidade de que Geddel fique preso de forma preventiva, e não mais em regime domiciliar, o MPF reitera que se trata de um “criminoso habitual”, que continua praticando crimes, já que lavagem (ocultação) de dinheiro é delito permanente, e que, em casa, mesmo detido, ele poderia – como efetivamente o fez – manter contatos com outros envolvidos nos crimes.
Frisa ainda que, o primeiro pedido – analisado no início de julho pela Justiça Federal – teve como fundamento a constatação de que ele tentava obstruir as investigações. Na época, o objetivo de Geddel era evitar que o doleiro Lúcio Funaro firmasse acordo de colaboração com o MPF. Pelo fato, o ex-ministro já foi denunciado em ação penal ,em tramitação na 10ª Vara Federal, em Brasília.
Uma resposta
Seu Pimenta,assim nao da’. Agora as mulheres nao querem mais mala LOUIS VUITTON, querem mala GEDDEL!