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Temer pode abandonar reforma
Temer pode abandonar reforma

Do Poder 360

Se dependesse do apoio conseguido na votação que enterrou a denúncia contra Michel Temer, o governo estaria longe de aprovar a reforma da Previdência. Na sessão desta 4ª feira (25.out.2017), o governo teve 251 votos a seu favor e suspendeu a continuidade das investigações contra o presidente.

O placar pró-Temer tem 12 votos a menos do que o obtido na análise da 1ª denúncia, em agosto, e 57 a menos do que o mínimo necessário para propostas que exigem o chamado quorum qualificado, de 308 votos, como é o caso da PEC (proposta de emenda à constituição) da reforma da Previdência.

Mesmo líderes governistas mais chegados ao Planalto mostram-se céticos quanto à capacidade de uma aprovação da proposta, mesmo com 1 texto desidratado. Dizem que a reforma já ganhou má-fama entre os aliados ao governo, independentemente do conteúdo que seria submetido à votação.

Além disso, os líderes citam a aproximação com o fim do ano e a preocupação com as eleições dde 2018 como fatores que desestimulam o apoio à proposta.

DEIXA PRA LÁ…

O líder do PR, José Rocha (BA), é 1 dos que defendem que o assunto seja deixado de lado. Segundo ele, apenas cerca de 10 dos 39 deputados da bancada votariam na reforma hoje.

A proposta também desagrada Marcos Montes, líder do PSD. A bancada também tem 39 deputados. Montes admite que ele mesmo tende a votar contra o projeto e defende que o governo terá de “reestruturar a base” antes de fazer qualquer movimento para tentar projetos mais polêmicos.

RELATOR EVITA FALAR SOBRE O TEXTO

O texto do deputado Arthur Maia (PPS-BA) foi aprovado em comissão especial em maio. Desde então, aguarda uma votação em plenário. O próprio relator se mostra desacreditado quanto à proposta e evita falar sobre o assunto.

Mesmo assim, Arthur Maia tem se reunido com a equipe econômica. O último encontro ocorreu ontem (4ª), poucas horas antes da votação da denúncia. Entre os presentes estavam o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e o secretário da Previdência do ministério da Fazenda, Marcelo Caetano. Eles têm discutido uma forma de reduzir o texto, deixando apenas o que consideram essencial e possível de aprovação. O presidente da Câmara afirma que o texto só passa se for enxugado.

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