Tempo de leitura: 2 minutos

Cláudio Rodrigues

 

Basta qualquer agente ir até os pontos de partida ou às sedes das empresas donas desses ônibus da morte e tomar as medidas necessárias para evitar que continuem operando irregularmente.

O dia de ontem (domingo, 12) foi marcado pela notícia do acidente com o ônibus da empresa RC Turismo que saiu de Itabuna com destino a São Paulo. O veículo tombou na BR-381, na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, matando sete passageiros e deixando outras 13 pessoas feridas, entre as vitimas fatais estavam passageiros de Itabuna e Ilhéus.

Uma funcionária da empresa afirmou ao G1 que a documentação do veículo estava em dia. Porém, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) disse que o ônibus não tinha autorização para realizar a viagem. Esse é um jogo de empurra que se repete a cada acidente com veículos que fazem transporte clandestino. Os órgãos de fiscalização fazem vistas grosas e quando acontece um acidente ficam buscando o culpado.

Na verdade, nada é feito para coibir esse tipo de ação de empresas e pessoas que exploram o transporte clandestino. Todos os sábado, dezenas de ônibus partem de Itabuna para o Sudeste do Brasil, os pontos de partida são ao lado da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) e do inicio da avenida José Soares Pinheiro. Será que nenhum dos órgãos de fiscalização sabe disso?

Qual o real papel da ANTT, Agerba, PRF e PRE em relação ao transporte clandestino? A verdade é que, se houvesse por parte dos órgãos responsáveis pela fiscalização um trabalho de prevenção, esse tipo de serviço não estaria sendo prestado. Basta qualquer agente ir até os pontos de partida ou às sedes das empresas donas desses ônibus da morte e tomar as medidas necessárias para evitar que continuem operando irregularmente.

Mas, como quem busca esse tipo de transporte são pessoas de baixa renda ou trabalhadores da informalidade, que, para garantir uma economia e um lucro melhor, colocam a própria vida em risco, tornam-se meras estatísticas para os responsáveis pela fiscalização. E a viagem para morte continua. No próximo final de semana, outros ônibus vão partir dos mesmos pontos.

Cláudio Rodrigues é consultor.

4 respostas

  1. Ô jovem,
    Vamos parar de hipocrisia. Já temos fiscais demais em nossas vidas. Ninguém coloca uma arma na cabeça desses passageiros e os obrigada a irem em certos veículos. Mas a morte esse ser inexorável, quando vem nos buscar nos leva não importa onde e como estejamos. Pare portanto com essa besteira e sigamos o rumo de nossas vidas enquanto ainda estivermos escolha.

  2. Essa situação se repete em todos os lugares, seja interior da Bahia, Minas ou de outros locais. Principalmente daqueles onde o monopólio do transporte é mais do que monopolizado. Pessoas arriscam a vida, pra pagar um valor menor.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *