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Descoberta cedo ajuda no tratamento da doença

O perfil da aids revelado pelo novo Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, do Ministério da Saúde, demonstra que, nos últimos dez anos, há uma tendência de queda de casos em mulheres e aumento em homens. Em 2016, foram 22 casos de aids em homens para cada 10 casos em mulheres. Em relação à faixa etária, a taxa de detecção quase triplicou entre os homens de 15 a 19 anos, passando de 2,4 casos por 100 mil habitantes em 2006 para 6,7 casos em 2016.

Entre os com 20 a 24 anos passou de 16 casos de aids por 100 mil habitantes, em 2006, para 33,9 casos em 2016. Já nas mulheres, houve aumento da doença entre 15 a 19 anos – passou de 3,6 casos para 4,1. Também há crescimento em idosas acima dos 60 anos, passando de 5,6 para 6,4 casos por 100 mil habitantes.

Quanto à forma de transmissão, a doença cresce entre homens que fazem sexo com homens, mudando o perfil, nos últimos dez anos, quando a proporção maior de caso era de transmissão heterossexual. Na comparação a 2006, observa-se aumento de 33% nos casos de transmissão de homens que fazem sexo com homens.

EM QUEDA

Os casos de aids e a mortalidade provocada pela epidemia estão caindo no Brasil. O Boletim indica que em 2016 a taxa de detecção de casos de aids foi de 18,5 casos por 100 mil habitantes – uma redução de 5,2% em relação a 2015, quando era registrado 19,5 casos.

Com relação a mortalidade houve uma queda de 7,2%, a partir de 2014, quando foi ampliado o acesso ao tratamento para todos. Passando de 5,7 óbitos por 100 mil habitantes para 5,2 óbitos, em 2016.

O Ministério da Saúde informou que os números são resultados das ações públicas. O MS informou que ampliou o diagnóstico do HIV, diminuiu o tempo para iniciar o tratamento, o que resultou no aumento do número de pessoas recebendo a terapia antirretroviral. Dando positivo, a pessoa inicia o tratamento no máximo 41 dias após o diagnóstico. Em 2014, esse tempo era 101 dias.

Segundo dados do Boletim, registra-se queda em todos o país de 34% na taxa de detecção de HIV/aids em menores de 5 anos. Passando de 3,6 casos por 100 mil habitantes, em 2006, para 2,4 por 100 mil habitantes, em 2016. Já em gestantes, os casos de aids aumentam de 2,3 por 100 mil habitantes em 2006 para 2,6 em 2016. Isso pode estar associado a realização do pré-natal, que está detectando o HIV na gravidez.

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