O PSDB, portanto, não tem outro rumo, só o da aproximação com o governo Temer, a não ser que esteja só pensando na sucessão de 2022.
Não tem outro caminho para o PSDB que não seja de uma aliança com o governo Michel Temer e, por consequência, com o PMDB.
Se o tucanato tomar outra posição, corre o risco de ficar isolado na sucessão presidencial e com um tempo pequeno no horário eleitoral.
Se aproximando do governismo, o PSDB mantém viva a esperança de partidos como o PR, PP, PRB, PTB e o PSD apoiarem a candidatura de Geraldo Alckmin.
O DEM é uma incógnita, já que não pretende ser novamente coadjuvante no processo sucessório presidencial. Rodrigo Maia e ACM Neto são os nomes da legenda para uma eventual disputa.
Em relação ao prefeito de Salvador – também cotado para ser vice de Alckmin –, a possibilidade de aceitar uma candidatura ao Palácio do Planalto é remotíssima, quase que não existe.
Aliás, Neto está mais para uma disputa pelo Palácio de Ondina, enfrentando o petista Rui Costa (reeleição), do que para qualquer outro pleito. Se a eleição fosse hoje, enfrentaria o governador.
O presidente já avisou que só vai apoiar uma candidatura que defenda seu governo, o que pressupõe a defesa das reformas, mais especificamente a previdenciária.
Mas nem tudo são flores. Ou seja, se tem a perspectiva de uma boa coligação, dando um precioso tempo na telinha eletrônica, tem do outro lado a gigantesca impopularidade de Temer.
Se a aliança do PSDB com o governo Temer for concretizada, o bom desempenho de Alckmin fica condicionado a uma melhora na economia com uma diminuição significativa no índice de desemprego.
O PSDB, portanto, não tem outro rumo, só o da aproximação com o governo Temer, a não ser que esteja só pensando na sucessão de 2022.
Marco Wense é articulista político e editor d´O Busílis.