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7,9% das famílias do Nordeste vivem em situação de extrema pobreza

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou pesquisa nesta sexta-feira (15) que mostra que 25,4% dos brasileiros viviam em situação de pobreza em 2016, de acordo com o critério adotado pelo Banco Mundial, que considera pobre quem ganha menos do que US$ 5,5 por dia nos países em desenvolvimento. Esse valor equivale a uma renda domiciliar per capita de R$ 387 por mês, ao considerar a conversão pela paridade de poder de compra.

A situação é mais grave entre os 7,4 milhões de moradores de domicílios onde vivem mulheres pretas ou pardas sem cônjuge com filhos até 14 anos. Desses, 64,0% estavam abaixo dessa faixa de renda. As informações foram divulgadas hoje pelo IBGE na Síntese de Indicadores Sociais (SIS 2017), que faz uma análise estrutural dos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).

Além do parâmetro definido pelo Banco Mundial, o estudo mostra outras formas de mensuração da pobreza, uma vez que o Brasil não adota uma linha oficial. De acordo com o pesquisador do IBGE, Leonardo Athias, há uma série de aspectos que motivam a criação de linhas de pobreza, como para a implementação e o acompanhamento de políticas públicas.

SEM MEDIDA OFICIAL

Leonardo Athias explica que “não existe uma medida oficial no país. O que há são critérios adotados para objetivos diferentes, como programas de transferência de renda. O Brasil Sem Miséria, por exemplo, adota a linha de até R$ 85 mensais per capita (pobreza extrema) e R$ 170 mensais per capita (pobreza)”.

De acordo com o IBGE, 7,9% da população nordestina sobrevivem com menos de R$ 85,00 mensais. No Norte do País a taxa dos que estavam em situação de extrema pobreza era de 6,2%. No Sudeste existia, no ano passado, um número menor de miseráveis:2,6% da população. A quantidade de pessoas muito pobres era de 2,2% no Centro Oeste. A região brasileira com menor número de moradores na situação de extrema pobreza era o Sul, com 1,2% dos habitantes.

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