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Luislinda Valois pediu demissão|| Foto George Gionni

A ministra dos Direitos Humanos, a desembargadora aposentada Luislinda Valois, entregou o cargo nesta segunda-feira (19) ao presidente Michel Temer. A informação foi confirmada pelo Palácio do Planalto, que ainda não informou o motivo do pedido de demissão da baiana.
A assessoria do governo informou que o cargo será ocupado interinamente pelo subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que passará a acumular as duas funções. Ele foi advogado do deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ), e esteve envolvido no episódio que resultou nas demissões de Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, e de Marcelo Calero, de Cultura.
Calero acusou Geddel de pressioná-lo para liberar uma obra que seria irregular no centro histórico de Salvador. O ex-homem forte do MDB baiano é dono de um apartamento no prédio cuja obra foi embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que é subordinado ao Ministério da Cultura. Por causa do episódio, Calero entregou o cargo em novembro de 2016. Já Gustavo do Vale aparece em gravações entregues à Polícia Federal discutindo a situação do condomínio de Salvador com o então ministro da Cultura .

LUISLINDA VALOIS
Luislinda Valois estava no posto desde fevereiro de 2017, quando Temer editou uma medida provisória dando status de ministério à  secretária especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça. No ano passado, ela criou polêmica ao reivindicar o direito de receber acima do teto constitucional. Desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça da Bahia, Luislinda queria acumular a aposentadoria de R$ 30.400 e o salário de ministra, de R$ 30.934.
Na época, ela alegou que, ao receber o teto do funcionalismo público, de R$ 33.700 (aposentadoria + parte do salário de ministra), estava vivendo situação semelhante ao “trabalho escravo”.
Ela era o penúltimo nome do PSDB no governo Temer. Os ministro das Cidades, Bruno Araújo, e o da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, pediram exoneração no fim do ano passado. Com a saída da baiana, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, é o único tucano no governo.

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