Tempo de leitura: 3 minutosJaciara Santos | jaciarasantoscoach@gmail.com
Mas nem sempre foi assim. Já sonhei em ter sobrenomes mais complexos e incomuns. Entretanto, hoje amo essa simplicidade. E você, como se sente em relação às suas origens?
Qual seu nome? Você gosta de seu nome? Como gosta de ser chamado? São sobre esses questionamentos que falaremos hoje.
“Eu sei que há aspectos de quem eu sou que me confundem, e outros aspectos que eu nem conheço – mas na medida em que eu for amistoso e amoroso comigo mesmo, poderei, corajosa e esperançosamente, procurar soluções para as confusões e outras maneiras de me conhecer melhor. Assim, qualquer que seja a minha aparência ou jeito de falar, o que quer que eu diga ou faça e o que quer que eu pense ou sinta, em um dado momento no tempo, isto, autenticamente, SOU EU!” Virginia Satir
Na semana que passou, conheci uma pessoa por um apelido, mas instantaneamente perguntei o seu nome e ela, simplesmente, parou para refletir por alguns segundos. E só depois disso, lembrar-se, pois dizia não identificar-se pelo que estava escrito em seu registro. Por isso, por vezes, esquecia-se.
Depois deste relato, comecei a refletir sobre o significado de nosso nome para nossas vidas. Normalmente, quando nossos pais recebem a notícia da nossa geração, já ficam traçando hipóteses : -Como chamaremos o filho que está chegando?
Nosso nome é carregado de histórias…
Baseado nisso, fiz reflexões sobre o meu nome, por que sou Jaciara, qual a intenção de meus pais em me chamar assim? E quando minha mãe conta-me tal fato, sinto um orgulho enorme de ser Jaciara. E meu sobrenome??? Ah, esse é o que me dá mais orgulho, pois traz a verdadeira história de minha família… Alves, Souza e Santos, sobrenomes simples, mas que contêm a história de pessoas que tenho e tive muito orgulho nesta vida. Mas nem sempre foi assim. Já sonhei em ter sobrenomes mais complexos e incomuns. Entretanto, hoje amo essa simplicidade. E você, como se sente em relação às suas origens?
Em meio a enorme turbulência de pensamentos sobre o tema, tive uma linda surpresa, conheci outra Jaciara Santos. Isso me gerou uma enorme felicidade, pois me sinto honrada, em ter uma pessoa tão bela de coração e alma, com o mesmo nome que o meu.
Admito que fiquei por toda semana refletindo sobre o assunto, mas continuei meus dias de trabalho e atividades.
No final desta semana, fui ao salão de beleza e ao chegar encontrei minha cabeleireira sempre com sorriso largo e um carisma estonteante – e já com tantas indagações em mente. Com muita curiosidade e ainda buscando alicerçar minha nova pesquisa, interpelei: – Keu, qual seu verdadeiro nome? Ela, por um momento, parou com um ar de surpresa pela indagação e logo depois respondeu: – Creuzenildes! Reconheço que não se trata de um nome comum, mas reflete a imagem de uma mulher guerreira e batalhadora que és. Eu a admiro, admiro sua força de vontade e vontade de vencer, e ainda honro e respeito a sua história. Depois de falarmos sobre o tema, logo lhe fiz um pedido: – Posso chamá-la assim? Um nome forte, como ela…
Keu, Likuticho, Nino, San, Zó, Chuchu… apelidos que nos são dados ou impostos pela sociedade.
Aprendamos a amar o nosso nome, a nossa história, a história de nossa família.
Você é hoje, tudo aquilo que já viveu, passou e superou. Veja-se como um vencedor.
“Eu tenho as ferramentas para sobreviver, para estar perto dos outros, para ser produtivo e para entender e organizar o mundo das pessoas e coisas que estão fora de si. Eu me assumo e, portanto, eu posso me inventar e reinventar constantemente.” Virginia Satir
Honre e respeite a sua história. Pense nisso!
Jaciara Santos é master coach e coordenadora de RH.