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Procuradora da República pede a soltura de amigos de Michel Temer|| Foto Wilton Dias/Agência Brasil

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge pediu, na tarde deste sábado (31), ao ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), a revogação das prisões temporárias determinadas no âmbito do inquérito que apura possíveis irregularidades na edição do Decreto dos Portos.  No total, 13 pessoas tinham sido presas na denominada Operação Skala.
A procuradora-geral justificou o pedido de soltura explicando que as medidas cumpriram o objetivo legal. A PGR destacou que, no dia 29 de março, foram cumpridas as medidas de busca e apreensão de prisões autorizadas pelo relator do inquérito, com exceção de três pessoas que não tiveram os mandados de prisão executados por estarem no exterior, “mas dispostos a se apresentarem à autoridade policial tão logo retornem”.
Nos últimos dois dias, procuradores que atuam na Secretaria da Função Penal Originária no STF acompanharam os depoimentos das pessoas que foram alvo da operação. De acordo com a determinação do ministro Roberto Barroso, o prazo das prisões terminaria na segunda-feira (2). O inquérito dos portos foi instaurado em setembro de 2017, a partir de revelações e provas colhidas em acordos de colaboração premiada.  Entre os suspeitos de corrupção está o presidente Michel Temer.
A justiça decretou na quinta-feira a prisão de 13 pessoas. Entre os detidos estavam o ex-assessor de Michel Temer, José Yunes; o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da estatal Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) Wagner Rossi. A lista de figurões presos teve também o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco; a empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que também atua no ramo portuário; e o coronel João Batista Lima, amigo do presidente da República.

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Construção da ponte em Ilhéus tem ritmo contestado || Foto José Nazal/Arquivo

A OAS toca uma das principais obras do estado no sul da Bahia, a construção da ponte estaiada que ligará o centro à zona sul de Ilhéus, e venceu a disputa pela duplicação da Rodovia Ilhéus-Itabuna. Juntas, as duas obras demandam investimentos de pouco mais de R$ 200 milhões.
Não tem faltado dinheiro para a construção da ponte. O ritmo da obra é que não empolga. Durante uma vistoria em Ilhéus em janeiro, o governador Rui Costa cobrou celeridade da equipe de engenharia da OAS. A cobrança foi feita pelo governador enquanto um dos engenheiros falava das etapas da obra. Reportagem do PIMENTA presenciou a cobrança.
ATRASO DE SALÁRIO
Nos bastidores da empresa, dentre os assuntos mais comentados estava a falta de pontualidade no pagamento de salários. A construtora baiana atrasou o salário de fevereiro de parte dos funcionários. O atraso atingiu ocupantes de cargos de confiança. A empreiteira, que tem dívidas superiores a R$ 10 bilhões e trocou de presidente no último mês, disse que o atraso era pontual e devido a atraso no recebimento em obras pelo país. A situação da OAS foi retratada em reportagens em jornais brasileiros.

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Luiz Conceição | jornalistaluizconceicao2@gmail.com
 

O Conceição e o Vila Zara eram como se família única fosse. Pais e filhos se reconheciam no pertencimento. A farra do Judas do Seu Conrado era traço de união a todos. Que tempos memoráveis!

 
Entre os anos de 1960 a 1980, o Sábado Santo, que antecede o Domingo de Páscoa, era marcado pela queima da Judas. Crianças e adolescentes dos bairros Conceição e Vila Zara aguardavam com ansiedade o show pirotécnico comandado pelo Seo Zé Conrado, um coletor de impostos do Fisco em Itapé, que morava no bairro próximo da Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
Com engenhosidade, arte e humor, Conrado esticava fios de arame pelos postes da Praça dos Capuchinhos onde colocava um boneco simbolizando Judas Iscariotes, aquele personagem bíblico que entregou Jesus Cristo ao suplício para a redenção da Humanidade. Repleto de bombas e outros fogos de artifício, o boneco ficava ali o dia inteiro até ser queimado fixado em uma estaca de madeira sendo “insultado” por adultos em repulsa à sua conduta de entregar o Filho de Deus aos algozes.
Crianças e adolescentes não entendíamos muito, mas ficávamos ainda mais ansiosos pela hora da queima do boneco, findo os atos religiosos na igreja. Uma multidão ria à vontade com o “testamento” deixado pelo fajuto Iscariotes, mas era delicioso ver as pilhérias e o legado a pessoas conhecidas dos dois bairros e da cidade como um todo. Sim, políticos também eram vítimas das piadas do Seo Conrado e até gracejavam por reconhecer na brincadeira o humor ferino.
O Conceição e o Vila Zara eram como se família única fosse. Pais e filhos se reconheciam no pertencimento. A farra do Judas do Seu Conrado era traço de união a todos. Que tempos memoráveis! A felicidade enchia a todos pela suposta vingança de ver queimado, depois do rastilho de pólvora nos fios de arame, o boneco que representava o traidor, o falso apóstolo que com um beijo na face entregou Nosso Senhor ao suplício da cruz redentora e salvadora das pessoas que Nele acreditam.
Que a Páscoa, na aurora dominical, represente mais uma dessas passagens para um tempo novo em vez do desamor e do ódio, do ceticismo e descrença, da dor e sofrimento de cada um. É tempo de esperança, certeza e fé que um novo amanhã com amizades sinceras, harmonia e uma sociedade mais fraterna é possível. Que crianças e adolescentes fiquem longe da subjugação das drogas, maus tratos e da violência não só dos dois bairros, como de outros locais. E que renasça a crença de que o amor maior é aquele nascido da família, das boas amizades e da Cruz.
Feliz Páscoa!
Luiz Conceição é jornalista.

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Os estudantes que irão participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2018 e quiserem pedir isenção da taxa de inscrição devem ficar atentos. Neste ano, a solicitação de isenção será feita entre os dias 2 e 11 de abril, ou seja, antes do período de inscrição, que começa em maio. O pedido deve ser feito, exclusivamente, pelo endereço site do Enem.
Serão isentos os estudantes que estejam cursando a última série do ensino médio neste ano em escola da rede pública, ou que tenha cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e tenha renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio.
Também tem isenção o participante que declarar situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser membro de família de baixa renda e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Neste ano, também são isentos os participantes do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) do ano passado, que tenham atingido a nota mínima do exame.
O estudante Emanuel Noronha, que mora em Belém (PA), vai fazer o Enem pela segunda vez neste ano e vai pedir a isenção da taxa de inscrição por se enquadrar no critério de baixa renda. Segundo ele, se fosse para pagar, teria que fazer uma “vaquinha” na família para conseguir os R$ 82 da taxa de inscrição.
O candidato diz que já está preparado para pedir o benefício logo nos primeiros dias, para evitar transtornos. “Vou pedir o mais cedo possível, porque mesmo que muitos ainda não saibam dessa mudança, quero evitar problemas, como o site estar congestionado”, diz.
COMPROVAÇÃO
Para todos os casos de solicitação de isenção da taxa de inscrição, o participante deverá ter documentos que comprovem a condição declarada, sob pena de responder por crime contra a fé pública e de ser eliminado do Exame.
O participante que solicitar isenção da taxa de inscrição por estar incluído no CadÚnico deverá informar o seu Número de Identificação Social (NIS) válido. O Inep poderá consultar o órgão gestor do CadÚnico para verificar a conformidade da condição indicada pelo participante no sistema de isenção.
Se a solicitação de isenção for negada, ainda é possível recorrer da decisão, na Página do Participante, entre os dias 23 e 29 de abril.Leia Mais

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Felipe de Paula | felipedepaula81@gmail.com
 

No país que mais mata pessoas trans no mundo – 40% do total das mortes, a ação da UFSB, que reserva uma vaga supranumerária na Área Básica de Ingresso, ainda é muito pequena. Que as vagas se expandam para outros cursos, outras universidades e a instituição universitária possa ser equivalente à população que a sustenta e abriga: com gente de todas as raças, gêneros, identidades, credos, culturas, origens.

 
Coloquei meus pés numa universidade pela primeira vez há pouco mais de 18 anos e nunca mais saí. Entrei na UESC em fevereiro de 2000 para fazer minha matrícula como estudante de graduação. Depois disso fui servidor técnico e estudante de mestrado na mesma instituição e, posteriormente, professor da Universidade Federal de Alagoas por quatro anos antes da minha redistribuição para a UFSB. Ao longo desses anos tenho notado uma mudança de composição das comunidades acadêmicas.
Do tempo em que frequentei minha graduação, lembro-me de uma universidade predominantemente branca e de classe média. Conto nos dedos de uma mão os colegas originários de escolas públicas. Negros também eram poucos – em alguns cursos, praticamente inexistentes. Isso me incomodava muito.
Ao longo dos anos, percebi a mudança com o desenvolvimento de uma política de ações afirmativas. Vi uma universidade para poucos se transformar em uma instituição um pouco mais plural, mais completa. Vi estudantes terem suas vidas mudadas pela simples oportunidade de frequentar uma universidade.
Minha instituição de trabalho, a UFSB, notabilizou-se nacionalmente nas últimas semanas em razão da implementação de vagas reservadas a pessoas trans. A universidade sul baiana é a primeira do país a garantir essa reserva na graduação.
Entre os dias 22 e 26 de março, a UFSB oferece vagas de acesso à Área Básica de Ingresso de suas graduações, através de seus Colégios Universitários. Em cada um desses Colégios estão garantidas vagas supranumerárias para indígenas, quilombolas e pessoas trans que tenham cursado ensino médio em escolas públicas.
Lendo alguns comentários nas redes sociais, encontrei muita revolta com a decisão e constatei o evidente: a extrema necessidade desta ação.
Vale ressaltar: a questão não é declarar inabilidade desse grupo e sim de compreender as cruéis condições sociais historicamente constituídas que afastam essas pessoas da oportunidade de estudar e mudar a sua realidade. Não é apenas abrir uma “cota” para pessoas trans e sim de garantir uma política de ação afirmativa que reverta um pequeno aspecto do ambiente negativo a que este grupo é submetido cotidianamente na sociedade, impossibilitando acesso à educação e, consequentemente, emprego.
Estudos apontam que 73% dos estudantes que não se declaram heterossexuais já foram agredidos verbalmente em ambientes educacionais, 25% já foram agredidos fisicamente e 55% afirmam já ter ouvido comentários depreciativos especificamente sobre pessoas trans.
No país que mais mata pessoas trans no mundo – 40% do total das mortes, a ação da UFSB, que reserva uma vaga supranumerária na Área Básica de Ingresso, ainda é muito pequena. Que as vagas se expandam para outros cursos, outras universidades e a instituição universitária possa ser equivalente à população que a sustenta e abriga: com gente de todas as raças, gêneros, identidades, credos, culturas, origens.
Que possamos transformar a realidade através da educação.
Felipe de Paula é professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

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Jovem morre afogado em praia de Ilhéus

O feriadão da Páscoa está sendo marcado por uma tragédia na família de Aldione Cunha Gomes. O jovem, que viajou em uma excursão do município de Barra do Choça, no sudoeste da Bahia,  morreu afogado na sexta-feira (30), quando tomava banho com parentes e amigos na praia do Jóia do Atlântico, na zona norte de Ilhéus.
De acordo com testemunhas, o rapaz estava na praia com os amigos, quando mergulhou e não mais retornou. O corpo de Aldione da Cunha foi encontrado quase uma hora depois. Ele passaria três dias no município do sul da Bahia. O corpo do jovem foi levado para o Departamento de Polícia  Técnica de Ilhéus (DPT).

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Inscrições se encerram na segunda

As inscrições para a 14ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) serão encerradas  na segunda-feira (2). A competição é promovida pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), unidade de ensino e pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e ao Ministério da Educação.
Para garantir presença na Obmep, as instituições de ensino interessadas devem fazer as inscrições na página eletrônica da olimpíada. O procedimento é simples: basta preencher a ficha de inscrição disponível exclusivamente na página, conferindo todos os dados exigidos e salvando o arquivo de confirmação.
Após o final das inscrições, os estudantes serão submetidos às provas em duas etapas: nos dias 5 de junho (primeira fase) e 15 de setembro (segunda fase). Os exames, como informou o órgão, consistem na resolução de problemas complexos nas várias áreas da matemática. A divulgação dos vencedores será feita no dia 21 de novembro.
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