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Lídice: limite reajustes de preços controlados || Foto Tácio Moreira/Metropress

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) apresentou esta semana um novo projeto de lei para limitar o reajuste de preços ao consumidor de bens e serviços controlados pelo governo ou suas agências reguladoras, a exemplo de combustíveis, medicamentos e energia elétrica, entre outros.
A iniciativa prevê que nenhum serviço controlado pelo governo tenha reajuste anual maior do que a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), acumulado nos doze meses que antecedem ao reajuste. Numa eventual ausência do IPCA, poderá ser utilizado o índice que vier a sucedê-lo.
A parlamentar baiana se diz preocupada com o aumento de preços de diversos produtos e serviços essenciais à população brasileira e que hoje seguem parâmetros distintos de reajuste. Como exemplo, Lídice da Mata lembra que enquanto o próprio IPCA, que serve de parâmetro para a política monetária do Banco Central, acumulou alta de 2,95% em 2017, alguns preços administrados somaram 7,99% de reajuste no mesmo período.
Somente este ano, no acumulado de janeiro a maio, enquanto o IPCA variou 1,33%, alguns preços foram reajustados em 2,98%. A inflação geral, por sua vez, considerando os doze meses até maio deste ano, registrou índice de 2,86% enquanto preços administrados chegaram a reajuste de 8,14%. “Precisamos coibir essa distorção”, disse a senadora.
Para Lídice, esta é uma regra simples e que, ao ser aprovada, deverá ser eficaz para garantir que as autoridades públicas favoreçam apenas aos interesses da maioria da população.
Relatório Focus divulgado na segunda-feira (11/06) aponta elevação na previsão de preços administrados este ano: a média saltou de 5,60% para 6,00%. Para 2019, a mediana está projetada com elevação de 4,50%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,20% para os preços administrados neste ano e elevação de 4,44% no próximo ano. Esses dados atestam a importância da medida proposta pela senadora. Segundo o Banco Central, a projeção para os preços administrados indicam elevações de 5,7% em 2018 e 4,2% em 2019, conforme porcentuais atualizados na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Serviços e bens com valores reajustados acima do IPCA impactam diretamente a economia. A inflação medida pelo IPCA em maio fechou com alta de 0,40%, o dobro de abril (0,22%), pressionada pela alta dos combustíveis, principalmente gasolina, e da energia elétrica).

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