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Mobilização impediu fechamento do São Lucas em 2017, mas agora negociações não avançaram

As negociações entre Secretaria de Saúde de Itabuna e Santa Casa de Misericórdia não avançaram e o risco de demissões de dezenas de trabalhadores é alto caso o Hospital São Lucas feche. A unidade médico-hospitalar é gerida pela Santa Casa. Desde o dia 31 de maio o São Lucas não recebia mais pacientes e os últimos internados já receberam alta.
À espera de uma definição por parte da Secretaria de Saúde de Itabuna, a Santa Casa decidiu dar férias coletivas para dezenas de funcionários que trabalhavam no São Lucas e redistribuir parte deles entre os hospitais Calixto Midlej Filho e Manoel Novaes. Uma reunião estava marcada entre a direção da Santa Casa e o secretário de Saúde de Itabuna, Deivis Guimarães, para a semana passada, mas não ocorreu.
O São Lucas estava operando como retaguarda da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA 24 Horas) do Monte Cristo e dispunha de 50 leitos para internações pelo contrato. Antes da crise, em 2017, o São Lucas funcionava com cerca de 170 funcionários. Após o contrato para atuar como unidade de retaguarda, o número de empregados no Hospital foi reduzido para cerca de 100, conforme números do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi).
A entidade acompanha todo o processo com preocupação diante dos sinais ainda mais evidentes que dezenas de trabalhadores serão demitidos da Santa Casa por falta de renovação do contrato, segundo o presidente do Sintesi, Raimundo Santana.
Como a Secretaria de Saúde de Itabuna não respondeu, formalmente, à proposta financeira da Santa Casa, o atendimento no São Lucas foi suspenso no dia 31 passado, data em que se encerrou o contrato. Numa entrevista ao PIMENTA, o diretor financeiro da Santa Casa, André Wermann, reclamou da falta de diálogo por parte do secretário para a renovação (relembre aqui), posição que foi confirmada, também, por meio de nota oficial da instituição.

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