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Condições da cozinha do imóvel onde trabalhador foi resgatado
Uma operação realizada pelo Ministério do Trabalho, com o apoio da Polícia Federal, resgatou nesta quinta-feira (16) à tarde um trabalhador em condições análogas à escravidão em uma garagem de ônibus pertencente à empresa Campo Verde, localizada dentro de uma propriedade rural, na rodovia entre os municípios de Ilhéus e Itabuna. A garagem da empresa fica licalizada a poucos metros do antigo posto rodoviário do Banco da Vitória, em Ilhéus.
A partir de uma denúncia registrada na Gerência do Trabalho, em Ilhéus, auditores fiscais realizaram a inspeção no local e constataram que o trabalhador estava alojado em uma casa, ao lado da garagem, sem condições de habitação.
Não havia água para consumo ou higiene pessoal. O trabalhador tinha que drenar a água da chuva por meio de uma calha no telhado da casa. Quando não era suficiente, ele buscava no rio que passa pela propriedade.
Em depoimento, o homem informou que trabalhava para a empresa havia 18 anos sem carteira assinada. Relatou, também, que o documento foi retido pelo dono da empresa. Além de vigiar a garagem que abrigava alguns ônibus, o trabalhador também realizava a limpeza e manutenção do local, controlava a abertura e o fechamento dos portões e a retirada dos ônibus pelos motoristas a qualquer hora do dia ou da noite, sempre que houvesse demanda.
A Campo Verde foi notificada pelos auditores ficais a comparecer à Gerência do Trabalho, em Ilhéus, na próxima terça-feira (21) para o cálculo e pagamento das verbas rescisórias. Relatórios sobre o resgate serão encaminhados para a Polícia Federal, que vai abrir inquérito, e para o Ministério Público do Trabalho, que prepara uma ação civil pública contra a empresa.

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