De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 110 mil crianças são hospitalizadas por ano em decorrência de acidentes domésticos. Dentre as ocorrências mais comuns, estão os acidentes oculares, que quase sempre ocorrem porque os pequenos estão em fase de descobertas e querem tocar em tudo que encontram pela frente.
Segundo especialistas, a atenção aliada à informação correta e precisa são ferramentas muito úteis para prevenção de acidentes no lar; considerado, na maioria das vezes, como um local seguro.
O médico oftalmologista Antônio Nogueira dá dicas de como prevenir alguns acidentes domésticos. O médico explica que a organização dos ambientes deve ser bem pensada, com materiais de limpeza e medicamentos, por exemplo, sempre fora do alcance das crianças.
O especialista alerta que sabões, desinfetantes e outros produtos de limpeza podem causar queimaduras oculares se caírem diretamente nos olhos. Os adultos devem ficar atentos com aos brinquedos pontiagudos, quinas de mesas e pias, que causam muitos acidentes com criança.
ÁGUA CORRENTE
Antônio Nogueira destaca que, em casos de acidente, a melhor atitude é levar a criança imediatamente para um hospital, para que ela receba atendimento adequado. Nos casos de acidentes com ciscos, areia ou causados por animais, os olhos devem ser lavados com água corrente. Caso a limpeza com água corrente não resolva, o acidentado deve ser levado ao oftalmologista.
Outra dica de Nogueira é que nunca se deve retirar o corpo estranho manualmente, para não correr o risco de causar ou agravar uma lesão na córnea.
O médico também afirma que “sintomas como ardência, vermelhidão, dores e inchaço nos olhos causados por lesões, nem sempre aparecem logo após o acidente. Em alguns casos, eles demoram mais tempo para se manifestar. Por isso, é fundamental procurar um oftalmologista sempre que houver um acidente ocular, por mais simples que pareça”.
Nogueira ressalta que só este profissional poderá avaliar a gravidade do caso, diagnosticar com precisão os danos causados e indicar o tratamento adequado”, finaliza o médico, que é sócio-fundador do Cenoe Hospital de Olhos.
