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Empresas do setor de comércio lideram inadimplência

Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostram que a quantidade de empresas com o CNPJ inscrito nos cadastros de devedores cresceu 9,01% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2017, quando houve um avanço de 3,71%. Já em relação a outubro, o aumento foi de 2,17%.
A alta foi puxada, principalmente, pela região Sudeste, com crescimento de 16,76%. A região Sul, que teve a segunda maior variação, registrou um aumento de 4,00%. Em terceiro lugar, aparece o Nordeste, com 2,22%. Na sequência vem Centro-Oeste (1,84%) e Norte (0,49%).
Quanto ao número de empresas negativadas por setor, serviços foi o ramo em que a inadimplência mais cresceu em novembro de 2018, na comparação com o mesmo mês do ano passado, com um avanço de 13,20%. Este setor engloba os bancos e as financeiras. Agricultura vem logo em seguida, com 11,68%; enquanto comércio teve 6,33% e indústria 5,32%. Em termos de participação, a maior parte das empresas negativadas atua no comércio (39,97%, seguida dos setores de serviços (39,97%) e indústria (9,21%).

Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, o alto número de empresas negativadas ainda reflete os efeitos da crise. “Mas já há sinais de retomada da economia e da confiança dos empresários para o próximo ano. Acredita-se que, à medida que os negócios se recuperem, a capacidade de pagamento das empresas em dificuldade deva melhorar”, explica.
SERVIÇOS LIDERAM
O volume de dívidas em atraso no nome de pessoas jurídicas também acelerou em novembro, com alta de 6,84% na comparação com o mesmo mês do ano passado. A maior parte das dívidas tem como credor o setor de serviços (70,10%). Em seguida, aparecem as dívidas que têm como credores os ramos de Comércio (16,80%) e Indústria (12,24%). Na média, cada empresa inadimplente possui duas dividas registradas no banco de devedores.
Já o cenário da recuperação de crédito revela que o número de empresas que conseguiram sair da base de devedores cresceu 10,44% no acumulado de 12 meses. O aumento de inadimplentes, no entanto, mostra que as novas inclusões superaram as saídas de CNPJs.
O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, explica que “dados mais recentes mostram uma recuperação gradual do faturamento de empresas de alguns setores da economia, embora os resultados continuem aquém dos níveis observados antes da crise.  A expectativa é de que nos próximos meses se observe uma mudança positiva nesse quadro de inadimplência das empresas”.

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