Tempo de leitura: 2 minutos
Caramujos africanos infestam bairros de Ubaitaba

A Coordenação da Atenção Básica da Secretaria de Saúde de Ubaitaba está catalogando áreas na zona urbana infestadas pelo caramujo-africano-gigante (Achatina fulica). Molusco nativo do Leste e do Nordeste da África, ele foi introduzido ilegalmente no país na década de 80.

Em Ubaitaba, foram encontrados focos nos bairros Maria Olímpia, Nova Olímpia e Telebahia. Após denúncias de moradores aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e diretamente na Secretaria da Saúde.De acordo com a coordenadora da Atenção Básica, Lindinalva Oliveira, desde quinta-feira (24) que os agentes estão confirmando os focos para que se adote estratégia de combate ao caramujo.

Com aproximadamente 20 cm de comprimento e pesando 200 gramas, o Achatina fulica se multiplicou de maneira rápida no Brasil, onde foi trazido com o intuito de substituir o escargot verdadeiro, considerando sua massa, alta capacidade reprodutiva e resistência. Como não teve a aceitação esperada neste mercado, muitos donos de criadouros acabaram liberando-os no meio ambiente.

PRAGA NAS PLANTAÇÕES

Os caramujos são hermafroditas e capazes de se autofecundar. Por isso, cada indivíduo pode liberar cerca de 200 ovos por ano, com capacidade para sobreviver aos períodos de seca e de frio e a diversos venenos. A espécie é praga de plantações, como abóbora, acerola, alface, café, banana, hibiscos e jambu e causa diversos prejuízos tanto aos grandes quanto aos pequenos produtores.

O molusco é hospedeiro de um verme, o Angiostrongylus cantonensis, agente etiológico da meningoencefalite eosinofílica, doença que provoca a inflamação das meninges – membranas que recobrem o cérebro – e pode ser confundida com a meningite por ter sintomas bem parecidos.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *